24 de ago. de 2006

Dois Pilantras: sinta-se à vontade pra escolher... o preferido

Conselho acaba com cheiro de pizza



Leia na Tribuna da Imprensa


Pro FHC, Tasso, o prepotente Alckmin e o Pilantra Aécio

ATAQUES E FATOS - por Denis Rosenfield, filósofo

Lula armou a armadilha e Alckmin caiu nela. Em nome de um suposto debate de alto nível, que não seria marcado por ataques, o Presidente da República está pautando o Denis Rosenfieldprocesso eleitoral. O seu truque foi simples. Por “ataque”, ele entende que não se deva falar da corrupção estabelecida em seu governo e em seu partido. Produziu-se uma devastação que praticamente guilhotinou as cúpulas governamental e partidária, "tendo ele próprio se mantido, a duras penas, em sua posição. E nada é dito! Alckmin, por sua vez, seguindo o conselho de seus marqueteiros, optou por “não atacar”, como se atacar fosse mostrar os fatos que caracterizaram a gestão petista de governar. Os responsáveis da campanha do PT não esperavam tanta benevolência!

Lula se sentiu perfeitamente à vontade para apresentar os “feitos” do seu governo, verdadeiros ou falsos, não se importando com isto, pois contava, de antemão, com o beneplácito de seu oponente, que não o desmentiria. A mentira tem pautado boa parte dessa campanha, sem que ninguém diga diretamente que “o rei está nu”. Mostrar a mentira, para alguns, significa “atacar”. De quebra, a corrupção e o desvio de recursos públicos, com responsáveis provados por CPIs e, inclusive, denunciados pelo Procurador-Geral da República, desaparecem da propaganda eleitoral ... ... ... ... ... ... ...

Leia a íntegra Diego Casagrande

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...Os Iluminados e/ou Pilantras, e o também prepotente, deixaram o Brasil pro Babalorixá de Banânia.
..Sacanearam com José Serra, com o país, com o povo e com a Democracia.

Sessão Bandalheira Que Não Acaba Mais

ONG de amigo do presidente Lula recebe R$ 7,4 milhões do Programa Primeiro Emprego

O Programa Primeiro Emprego, uma das meninas dos olhos do atual governo, abriu as portas da União para a organização não-governamental Oxigênio. A ONG, que tem Francisco Dias Barbosa, companheiro de Lula na época de sindicato, como secretário de finanças, já recebeu mais de R$ 7,4 milhões do Estado. Barbosa também consta como responsável pela instituição nos contratos celebrados com o governo federal. Para ver o espelho do convênio da Oxigênio assinado por Francisco Dias Barbosa, clique aqui.

Desde dezembro de 2004, a organização mantém convênios com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O valor transferido a ela até agora a coloca como terceira colocada na lista das entidades privadas sem fins lucrativos que mais receberam verbas federais entre 2004 e 2006 pelo programa Primeiro Emprego. Clique aqui para ver todas as ONGs que receberam recursos do Primeiro Emprego de 2004 a 2006.

Estão na frente da Oxigênio o Instituto do Grêmio Politécnico para Desenvolvimento da Educação e o Centro de Defesa da Vida Herbert Viana de Sousa. A primeira entidade atende jovens da capital paulista e recebeu R$ 12 milhões nos últimos dois anos e meio. Para a segunda ONG, responsável por jovens do Ceará, já foram repassados mais de R$ 9,5 milhões, no mesmo período. Do início de 2004 a 21 de agosto de 2006, O Primeiro Emprego já havia repassado cerca de R$ 122,6 milhões a entidades privadas sem fins lucrativos.

Criada em 1988, a Oxigênio só passou a firmar convênios com a União em 2004. Entre 2004 e 2006, foram firmadas duas parcerias como o MTE e uma com o Ministério do Planejamento. Ao todo, foram comprometidos R$ 7,9 milhões em convênios com a organização.

Extra! Extra! - do Claudio Humberto

Pesquisa: Supremo jamais condenou políticos
Pesquisa do procurador federal Celso Três, lotado em Tubarão (SC), revela que o Supremo Tribunal Federal não condenou nenhum congressista até hoje. "Desde sempre, roubaram bilhões. Mas um acusado de furtar uma bicicleta avaliada em R$ 80,00 seguirá respondendo à ação penal, com negativa de habeas corpus, segundo deliberou há dias o Superior Tribunal de Justiça para quem o valor do bem furtado não é determinante para a aplicação ou não do princípio da insignificância". A crítica do procurador apareceu na síntese diária que o Tribunal de Justiça de Santa Catarina publica na Internet. A crítica de Celso Três prossegue forte: "A propósito de tantas ´insignificâncias´, o site do STJ - a segunda maior instância jurídica do país - lista julgamentos recentes de casos de condenados por furtar um tubo de xampu, R$ 0,15, carregador e capa de celular, seis frangos, três pares de sapato, um boné, duas sandálias de borracha e frascos de desodorante de R$ 2,49, dentre outros". Constatação do procurador: "No cumprimento de toda essa trajetória, simplesmente não há registro de condenações". Celso Três anotou casos de denúncia com absolvição, declinação à primeira instância etc. A pesquisa não foi sistematizada. "Mas busquei as mais diversas fontes, entre elas, o testemunho de membros do MPF que atuam ou atuaram de longa data perante o STF"- conclui Três.

Para que serve essa Suprema Porcaria? Nos Estados Unidos, os 7 componentes da Suprema Corte são venerados. O último ocupante de nossa Suprema Porcaria era empregado do Apedeuta.

De Belíndia à Belganda - do Instituto Millenium

O Globo, 4 de agosto de 2006

Em visita recente à Rocinha, um dos promotores da infância e adolescência do Rio deparou-se, no posto de saúde, com o novo perfil da família pobre das áreas metropolitanas brasileiras: uma avó de 44 anos carregava seu bebê (sexto filho), de olho na neta de um ano (sexto neto), enquanto a filha de 17 anos (dois filhos) era amparada pela bisavó de 60 anos (oito filhos vivos). Famílias chefiadas por mulheres, de gerações distintas, gerando filhos nascidos no mesmo ano.

No Rio, essa realidade já tem contorno endêmico. Parte do drama, devastador nas áreas carentes, é explicada pela falência do programa de planejamento familiar, que raramente é notícia e não comove os defensores dos direitos difusos a ponto de levá-los a exigir na Justiça a entrega dos contraceptivos. Dos dois milhões de mulheres em idade reprodutiva na capital fluminense nem 10% estavam ativas no programa em 2005. Excluídas da estatística, meninas de 10 a 14 anos, algumas em segunda gestação. Saímos do ensino médio e descemos ao ensino fundamental.

No entanto, planejamento familiar e educação sexual nas escolas ainda são temas polêmicos. Excetuando-se a questão religiosa, porque fé não se discute, a polêmica se sustenta em mitos, meias verdades ou mentiras estatísticas. Alguns deles: 1- A taxa de fecundidade no Brasil já se aproxima da de países desenvolvidos; 2- Planejamento familiar é política de discriminação contra o pobre; 3- Não há relação entre pobreza e criminalidade; 4- Só com a educação formal o indivíduo é capaz de fazer opções racionais; 5- Gravidez é caso de hospital e não de escola.

O primeiro ponto é a clássica mentira estatística. A média esconde o que acontece nas extremidades. E o problema do Brasil está nas extremidades, que indicam as desigualdades. Observando-se os 10% mais pobres na distribuição de renda, constata-se uma pirâmide populacional semelhante aos países com renda per capita equivalente à da África sub-saariana. Diferentemente, os 10% mais ricos formam uma pirâmide populacional próxima à da Bélgica.

Ao argumento bizantino de que planejamento familiar é usado para acabar com a pobreza acabando com os pobres (!!!), ou seja, para controlar a população, basta indagar se as classes média e alta usam contraceptivos. Controle da natalidade é vedado pela Constituição ao Estado, mas não ao indivíduo. E quando o Estado não fornece os meios para que o cidadão possa exercer com autonomia seu direito, está, sim, promovendo o controle populacional às avessas, interferindo na decisão racional do indivíduo.

Outro mito é o de que pobreza nada tem a ver com criminalidade. É na pobreza que o crime organizado do asfalto busca mão de obra barata, desestruturada e, principalmente, sem perspectiva de futuro. O fato é que o Estado tutela o pobre impondo-lhe uma via cru xis na busca do contraceptivo; alega que a falta do diploma leva o indivíduo a tomar decisões de que pode se arrepender – ligadura de trompas é o exemplo clássico; mas não hesita em jogar na cadeia o mesmo pobre deseducado a quem negou creche, escola pública de qualidade e planejamento familiar.

Com a mesma passividade, assiste como avestruz ao número crescente de crianças grávidas nas escolas. Sequer registra quantas são, onde estão-pelo menos é o caso da Secretaria de Educação do Rio. Sexo não é assunto da escola.

Estudo publicado em janeiro último pelo professor Samuel Pessoa, da Fundação Getúlio Vargas, alertou para o risco de o Brasil interromper a tendência de melhoria na desigualdade de renda registrada nos últimos anos, exatamente pela alta concentração de nascimentos nas faixas de renda mais baixas. Buscando referência na Belíndia do professor Edmar Bacha, que mesclou Bélgica e Índia para desmistificar o discurso ufanista da década de 70 sobre crescimento e distribuição de renda (de novo a mentira estatística), o professor Samuel Pessoa juntou Bélgica à Uganda para transformar o Brasil na Belganda demográfica. Um coquetel que concentra nas faixas de renda mais baixas ingredientes explosivos a médio e longo prazo: taxa de fertilidade, gravidez de risco de meninas e de mulheres em idade avançada, precariedade do ensino público frente ao privado, conseqüente má qualificação profissional para um mercado de trabalho exigente e competitivo. Mistura capaz de neutralizar no futuro os avanços na redução da desigualdade de renda conquistadas com o fim da inflação e programas sociais.

O que se fala na teoria é que o que vê na prática. Promotores, conselheiros tutelares, Ongs, enfim, cidadãos das metrópoles brasileiras envolvidos em questões sociais percebem-se enxugando gelo. Os especialistas estão aí, demonstrando com estudos sofisticados e complexos que o futuro do país está, sim, ligado à efetiva implementação do direito ao planejamento familiar conquistado em 1988.

Na campanha já iniciada, deputados, governadores e candidatos à presidência devem quebrar o tabu e se comprometer, nos programas de TV, a garantir ao pobre o direito de decidir quantos filhos quer ter. Vão ganhar muitos votos.

Por Andréa Gouvêa Vieira
Vereadora-PSDB-RJ

Simbiose Artística - por Rodrigo Constantino

Eu me sinto eufórico com os resultados do governo Lula; costumo dizer que estou indignado com os indignados.” (Wagner Tiso)

O presidente do “mensalão” participou nessa segunda-feira de um encontro com artistas na casa do ministro Gilberto Gil, em São Conrado. O apoio de boa parte da classe artística ao presidente Lula parece incondicional – ao menos no que diz respeito aos aspectos éticos. Provavelmente, tamanho apoio, mesmo depois de tantos escândalos, está condicionado somente às polpudas verbas que o governo vive despejando para esses artistas. O cão não costuma morder a mão que o alimenta...

O compositor Wagner Tiso reclamou que ninguém falou do caixa dois da reeleição do Fernando Henrique. Disse não estar preocupado com esses “detalhes” éticos, mas sim com o jogo do poder. Justificou ainda as alianças espúrias do PT, que englobam até mesmo José Sarney e Jader Barbalho. Não obstante o fato de que o PT de Lula não praticou “apenas” caixa dois, mas sim foi o arquiteto do mais nefasto esquema de corrupção visto no Brasil, parece que a mentalidade do artista é do tipo que divide os ladrões entre os que “me roubam” e os que “roubam para mim”. Até então, qualquer vestígio de corrupção era motivo para execrar os governantes – com razão. Mas de repente, quando o candidato deles chegou lá, a balança que julga passou a ter dois pesos, e duas medidas. Lula pode roubar à vontade. Os artistas não condenam. Basta soltar a verba para a “cultura nacional”.

O ator Paulo Betti afirmou que “política não existe sem mãos sujas”. Parece que quando a oposição suja as mãos, é a podridão da “direita reacionária”, mas quando é o Lula “deles”, uma luva impermeável evita que qualquer sujeira grude nas mãos. Não tem problema para os artistas que a grana para a “cultura” venha suja de bosta – contanto que não deixe de vir. Enquanto a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal forem os grandes financiadores dos artistas, Lula pode declarar amor ao ditador Fidel Castro que não tem problema algum. Pelo contrário: mais um filme enaltecendo alguma figura pitoresca como Che Guevara será produzido, enquanto a crítica irá “descer a lenha” no filme de Andy Garcia, que mostra um pouco da realidade cubana. Viva Olga! Afinal, a espiã da KGB lutava pela nossa “democracia”, a mesma que vem “elegendo” Fidel Castro por 47 anos seguidos...

O ator Zé de Abreu merece o troféu de mais patético da noite. Fez um brinde aos “Zés”, incluindo o Zé Dirceu e Zé Genoíno. Lula, ao ser questionado sobre a possível inconveniência do brinde, rebateu que não tinha problema, pois não devemos abandonar os amigos. Fica claro então que, quando Lula diz que foi traído, não trata-se dos que montaram o esquema de corrupção, mas sim dos que denunciaram o esquema. Esse é o presidente que será reeleito, ao que tudo indica, pelo povo brasileiro. Com a ajuda da classe artística, evidentemente.

Zeca Pagodinho teria dito que Lula tem a “palavra do povão”, e que é seu fã por ele falar a língua do povo. Lula, por sua vez, teria prometido ir tomar uma cachaça em Xerém depois das eleições com o cantor. Falar a língua do povo não qualifica ninguém para presidir uma nação complexa como o Brasil. Talvez ambos devessem ficar então apenas bebendo cachaça – e falando no dialeto que desejarem. Mas governar um país é coisa mais séria que isso!

A grande ausência da noite foi Chico Buarque, aquele que admira Cuba à distância, de sua milionária casa. Lula conta com o apoio de muitos “intelectuais” também, como a doutora Marilena Chauí. Os motivos são semelhantes: quando não é por ideologia dogmática, fruto de intensa lavagem cerebral na juventude, é apenas pela simbiose entre ambos, “intelectuais” dependentes da mão estatal e governantes que controlam o Estado. Entre a massa de apoio, encontramos muitos inocentes úteis, os que seguem cegamente o líder por motivos ideológicos. São como o burro na Revolução dos Bichos, de Orwell. Mas os artistas e intelectuais não. Eles sabem mais um pouco. Eles estão mais para os porcos da revolução. Seus motivadores são mesquinhos mesmo. Fazem qualquer coisa para manter o poder e as verbas estatais. Até mesmo tolerar o mais corrupto governo das últimas décadas!

Diferente de Wagner Tiso, e dispensando qualquer verba estatal para poder manter tanto minha liberdade como consciência, ainda fico indignado com os que se dizem indignados com os indignados. Uma quadrilha foi montada, e os artistas aplaudem. Figuras assim mancham o próprio conceito de arte!

Com autorização do Rodrigo Constantino