13 de abr. de 2007

DESORDEM, AGITAÇÃO E ESTÍMULO À LUTA DE CLASSES - por Aluízio Amorim

Se mais de 60 por cento dos brasileiros apóiam o governo de Lula e seus sequazes, não tem cabimento a onda de protestos e invasões da propriedade privada que vem sendo articulada pelos denominados “movimentos sociais”. Afinal, não estão apoiando o governo? Não está bom? Ou estão apoiando justamente por essa incrível liberalidade que garante a instalação da desordem e da violência impune?

Trata-se, evidentemente, da execução do plano petista de criar uma situação de caos. Um bando de agitadores financiados pelo governo açula as massas estimulando-as a invadir propriedades urbanas.

Há injustiça social? Há sim. Aqui no Brasil e em qualquer lugar do mundo. Ocorre que esse problema jamais será equacionado com ações que levam à desordem, à violência e à intimidação.

A diminuição das desigualdades sociais só acontecerá no dia em que o Brasil crescer economicamente. Não existe nenhuma fórmula milagrosa capaz de mitigar as injustiças sociais que não seja através do desenvolvimento. E isto o Brasil não está vendo acontecer, enquanto todas as nações emergentes registram taxas de avanço apreciáveis exibindo recordes históricos de crescimento em função da tranqüilidade da economia internacional.

Menos o Brasil. Vamos para o quinto ano do governo petista e nada acontece. Até agora não houve uma obra de infra-estrutura digna de nota. O crescimento da economia é pífio. A única coisa que cresce no Brasil são os bancos, de um lado e, de outro, episódios de corrupção, desordem, apagões aéreos, sanguessugas, dossiê fajuto, mensalão, dólar na cueca e violência numa proporção alarmante.

Com esse ambiente jamais será possível diminuir as desigualdades. E não será turbinando a desordem e insuflando as pessoas pobres contra o direito de propriedade consagrado na Constituição; espalhando a confusão, o terror e a insegurança que se vai encontrar o caminho adequado para a solução dos graves problemas que afetam a Nação.

O governo tem o dever constitucional de restabelecer a ordem e o respeito à lei e à segurança jurídica. Trata-se de uma insanidade insuflar a luta de classes e culpar a classe média pelo descalabro da gestão do Estado.

Se Lula e seus sequazes desejam resolver o problema fundiário e prover os “sem teto” que vão bater na porta dos banqueiros e dos mega empresários que os apoiaram nas últimas eleições. Ou pensam que as pessoas conscientes, honestas e trabalhadoras que compõe a combalida classe média não sabem das reuniões que a verdadeira elite manteve com Lula no período eleitoral?

Lula e seu governo, mais as elites compostas pelos grandes empresários e banqueiros, são irresponsáveis. Sobretudo quando estimulam ou toleram a guerrilha urbana e rural; ou ainda permitem o motim de controladores de vôo e atribuem à classe média a responsabilidade por esse turbilhão de insanidades!

Pensem bem sobre tudo o que está acontecendo dia após dia, sem que haja uma autoridade sequer, um deputado ou um senador que se levante em defesa do país, vilipendiado de forma vil e debochada.

A verdadeira elite, os endinheirados, estão em suas casamatas, com seus exércitos particulares, com seus aviões e pouco estão se lixando para a população submetida diariamente ao terror do banditismo e, agora, à intranqüilidade promovida pelos tais movimentos sociais, os aparelhos de agitação do PT e, por extensão, do próprio governo.



Ainda quero estar vivo quando a ciência comprovar, pelo aprofundamento nas teorias do grande Darwin, que no processo de evolução pode haver degeneração na formação de cérebros de humanos. Também que ter a satisfação de ver o mapeamento que a ciência haverá de fazer listando o Brasil como o agrupamento humano no qual se encontra o maior número de cérebros degenerados. Já pensei até em imigrar para o Paraguai...hehehe...garanto que é melhor. Isto aqui é o LIXO OCIDENTAL. É UMA GRANDE CLOACA. BRASILEIROS SÃO EM ESMAGADORA MAIORIA, SERES ABJETOS. QUALQUER CHIMPANZÉ DE ZOOLÓGICO É MELHOR DO QUE ESSES BOTOCUDOS QUE CONSEGUEM CAMINHAR COM SÓ COM DUAS PATAS. (anônimo)

Do Apreço ao Novel Ministro da Justiça - Janer Cristaldo

Interrogado sobre quais pensadores mais admira, em entrevista para as Páginas Amarelas de Veja desta semana, o ministro da Justiça, Tarso Genro, respondeu: "Até meus 30 ou 35 anos, eu era admirador de Lenin, que conseguiu introduzir, num país atrasado, princípios políticos e organização política moderna, que, mais tarde, se revelaram como uma Revolução Francesa tardia. Reconheço que, do modelo stalinista, resultou o stalinismo, mas também resultou a formação de um Estado democrático de direito originário das dores desse parto".

Como se o leninismo ou o stalinismo tivessem parido qualquer Estado democrático de direito. A infeliz Rússia, que do tzarismo caiu no comunismo, até hoje nem tem idéia do que seja um Estado democrático. Desmoronado o regime marxista, a Rússia luta hoje não para chegar ao século XXI, mas pelo menos ao XX. E ninguém em sã consciência vai pretender que o regime autocrático de Putin seja uma democracia.

Comunismo, onde quer que tenha ocorrido, significou ditadura, prisão, tortura, matança de milhões, miséria. De lá para cá decorreram 70 anos após as primeiras purgas de Stalin, 58 anos após a affaire Kravchenko, 51 anos após as denúncias de Kruschov no XX Congresso do PCUs, 18 anos após a queda do Muro de Berlim, 16 anos após o desmantelamento da União Soviética. E este senhor ainda ousa afirmar que do modelo stalinista resultou algo positivo! Estamos mal servidos de ministro da Justiça.

O ministro parece estar com sérios problemas de memória. Seus trinta anos ocorreram em 77. Seus 35, em 82. Ora, tenho em mãos uma ode a Lênin de sua lavra, em parceria com seu irmão, Adelmo Genro Filho, intitulada Lenin: coração e mente, datada de 2003, publicada pela Editora Expressão Popular, de São Paulo. (Curioso observar que os irmãos marxistas se apropriam de uma expressão de Nixon a propósito da Guerra do Vietnã para titular seu livro). Nesta ode, em prefácio redigido pelos próprios autores, podemos ler:

"De qualquer forma, os autores convergem num ponto essencial: a vida e a obra de Lênin são imprescindíveis para a compreensão da grande revolução do Século XX e o seu legado é irrenunciável para a formação de um verdadeiro partido revolucionário do proletariado, livre da burocracia e do dogmatismo, que desconfiam da inteligência e condenam a iniciativa; livre do esquematismo e das 'verdades absolutas' que impedem o desenvolvimento revolucionário do marxismo".

Ora, já em 77 há muito se sabia dos métodos terroristas postulados por Lenin. Já em 1905, mais precisamente no dia 11 de abril, em um congresso para a unificação do partido, Lenin pregava o terror em massa e a expropriação de terras dos camponeses. Eram também conhecidas suas ordens de execuções sumárias. Em 1918, ordenou enforcar 100 kulaks e confiscar seus grãos. Ordenou também o massacre da família dos Romanoff, a matança e banimento para a Sibéria de camponeses. Lenin sempre louvou o terror e sempre teve a violência e a ditadura como fixações, a ponto de os mencheviques terem-no declarado como um autêntico renegado do marxismo. Tais fatos não podiam ser ignorados por dois pesquisadores que se debruçaram sobre a vida e obra do terrorista russo.

O ensaio tem pretensões catequéticas, no melhor estilo católico apostólico romano: "Este livro tem um endereço: visa principalmente subsidiar os operários avançados, os estudantes e intelectuais comprometidos com a transformação do mundo e todas aquelas pessoas que lutam por uma sociedade sem classes e sem opressão, a única formada por homens verdadeiramente livres".

Como se uma biografia de Lenin pudesse servir de auxílio a quem quer que queira formar uma sociedade sem classes e sem opressão, formada por homens livres. Nos anos 60, em minha cidadezinha, conheci operários semi-alfabetizados que, iludidos pelas fotos idílicas de revistas como China e Unión Soviética, julgavam que o regime comunista havia construído uma sociedade ideal onde imperavam a igualdade e a justiça. Estes operários acreditavam piamente na causa marxista e por ela lutavam. Eram honestos, mas desinformados. Sem falar que viviam nos 60, quando televisão era luxo e nenhum jornal de porte chegava até Dom Pedrito. (A bem da verdade, mesmo hoje ainda não chegam). Já não é fácil conferir honestidade a um advogado cosmopolita e bem informado, autor de vários livros, quando este senhor pretende que o leninismo possa construir uma sociedade sem classes e sem opressão.

Como o livro foi escrito a quatro mãos e Adelmo Genro morreu em 88, é de supor-se que os textos sejam todos anteriores a essa época. Mas se Tarso os publica em 2003, é porque os considera válidos em 2003. Ou seja, o novel ministro da Justiça, em pleno século XXI, faz a apologia de um dos mais brutais tiranos de inícios do século passado. Em 2003, Tarso tem 56 anos, e não os 30 ou 35 que alega na entrevista de Veja, como idade-limite para cultuar o terror. O ministro da Justiça, há apenas quatro anos, tinha como guru o responsável primeiro pelas grandes matanças do século passado. Pois hoje se sabe que Stalin não foi um desvio do leninismo, mas sua seqüência lógica. Lenin só não matou mais porque teve vida curta no poder. Sobreviveu apenas sete anos à Revolução.

Sempre que ouço relatos de madalenas arrependidas, costumo perguntar quando as madalenas se arrependeram. A primeira denúncia do comunismo surge em 1929, com o livro de viagens Vers l?autre flamme, do escritor romeno de expressão francesa Panaïti Istrati. Viajou com Nikos Kazantzakis, escritor cretense apaixonado pelo comunismo, pela Rússia e demais repúblicas socialistas. Enquanto Kazantzakis só via maravilhas, Istrati só via miséria. "Não se faz omelete sem quebrar ovos", dizia Kazantzakis. "Estou vendo apenas ovos quebrados e nenhuma omelete", objetava Istrati. Após publicar seu livro, Panaïti foi excluído do mundo dos vivos.

Alertas não faltaram ao longo das décadas. Nos anos 30, tivemos as denúncias de André Gide, Albert Camus, Ernesto Sábato, Arthur Koestler, George Orwell, Ignazio Silone e tantos outros que foram crucificados por seus contemporâneos. Em 1949, após a affaire Kravchenko, desfechado pela publicação de Eu escolhi a liberdade, não mais era possível a um homem honesto optar pelo marxismo.

Certo, Tarso nasceu em 47. Mas Tarso é homem que lê. Impossível que não tenha tido notícia destas bibliografias em seus anos de jovem ou de adulto. Eu também nasci em 47. Desde muito cedo, li filosofia marxista. Considerei-a uma resposta por demais rude a meu intelecto. Quando me falavam das maravilhas do paraíso soviético, eu tinha apenas uma singela pergunta: mas se o regime é tão lindo, por que é proibido viajar ao exterior?

Não é possível entender que um homem culto e bem informado preste culto, hoje, a Vladimir Ilitch Ulianov. A menos que não seja culto nem informado. Ou que ainda alimente sonhos de um totalitarismo que pertence ao passado. Qualquer das hipóteses não o recomenda como ministro da Justiça.