12 de out. de 2006

Os Defensores do Atraso - por Rodrigo Constantino

Dois Pilantrões

“Meu problema com a privatização é de conceito.” (Lula)

Poucos acreditavam num segundo turno, entretanto, cá estamos. E o desespero que bateu no candidato Lula foi tamanho que o PT logo se mobilizou para fazer um terrorismo patético, que engana somente os desavisados. Lula agora martela na questão das privatizações, afirmando que Alckmin venderia vários ativos estatais, como se isso fosse terrível para o país. O simples fato de que privatização é usada para atacar um candidato, que tem que vir negar tais “acusações”, mostra como o Brasil está distante do progresso capitalista, onde o Estado não é visto como um empresário. O pior é que ainda culpam o “neoliberalismo” pelos nossos males, aquele que passou mais distante do Brasil que Plutão da Terra.

Lula declarou que não teria vendido as teles nem a Vale do Rio Doce. Pelo visto, se ele fosse nosso presidente antes, ainda teríamos que esperar meses na fila para conseguir um telefone analógico, se tivéssemos sorte. A Vale não seria o ícone de empresa eficiente que é hoje. Simplesmente não existem argumentos lógicos para combater as privatizações. O setor privado sempre será mais eficiente que o governo para gerir empresas. Estado empresário é corrupção certa, além de tudo. O “argumento” de setor estratégico é ainda pior, posto que por ser estratégico é que deveria ficar longe da gestão estatal mesmo. Nos Estados Unidos, existem mais de 30 empresas privadas competindo no setor de petróleo. Na ex-URSS, acharam que o Estado deveria cuidar do setor de alimentos, o mais estratégico de todos, e milhões morreram de fome. Somente um nacionalismo tolo, um estatismo patológico, justificam alguém ainda ser contrário às privatizações. No entanto, Lula usa o tema para fazer terrorismo de Alckmin, que sequer defende a desejável privatização do Banco do Brasil ou da Petrobrás.

Para alguém mais esclarecido, é estarrecedor ver como o debate político no Brasil está distante do bom senso. Aqui ainda se debate se a Terra é quadrada ou arredondada, no análogo da economia. E o pior é que vence a versão do planeta quadrado! Parte da explicação encontra-se na recente pesquisa do Datafolha. Por escolaridade, 53% dos eleitores com nível superior pretendem votar em Alckmin, o que nega ser um “privatista” mas ao menos não acha isso um pecado suficiente para usar como ataque ao adversário. Lula fica com 37% dos votos entre os com ensino superior. O que é espantoso, por sinal. Gostaria de saber quais foram as universidades que esses 37% freqüentaram, para jamais mandar minha filha para elas! Na divisão por renda a coisa se repete, e Alckmin receberia 62% dos votos dos eleitores que ganham mais de 10 salários mínimos. Lula teria 31% dos votos dessa turma. Devem ser funcionários públicos privilegiados tentando manter seus privilégios, empresários corruptos que dependem do Estado para vencer, artistas que vivem às custas do financiamento estatal, políticos do “mensalão” etc. Dos que ganham até 2 salários mínimos, 59% estão com Lula. Nesse caso é mais fácil compreender, já que o presidente usa e abusa da máquina estatal para comprar votos com esmolas, fazendo ainda terrorismo de que Alckmin iria cancelar tais esmolas.

Como fica claro, o país está dividido, segregado. De um lado, os menos educados, os mais pobres, os privilegiados e os defensores do atraso. Do outro, ainda que sem um candidato mais adequado, os com maior escolaridade, mais renda, e defensores de um modelo mais moderno, onde o Estado seja reduzido, em vez de ser a locomotiva do crescimento econômico, algo que é impossível sem que um elevado preço seja cobrado depois. De um lado, os que ignoram por completo a questão ética. Do outro, quem fica ainda indignado com tanto escândalo de corrupção, enquanto o presidente se limita a repetir que nada sabe.

O problema do presidente Lula com a privatização é conceitual, como ele mesmo diz. Pois bem, o meu problema com os defensores do atraso é não só de conceito, como prático também, posto que suas jurássicas idéias afundam o país na miséria, seguindo na contramão do progresso. E os defensores do atraso, pelo visto ainda maioria nesse atrasado país, podem conseguir mais quatro anos de poder. Se assim for, não corremos o menor risco de dar certo. É mesmo lamentável...

Um período de chafurdo Lulapetista - por José Luiz Sávio Costa

Resumo: O lulapetismo é um caso peculiar que por sua natureza chula, jactanciosa, mentirosa e dissimulada merece os quadrilheiros que o acompanham.

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De maio de 2005 aos nossos dias, o Brasil viveu um período de crise institucional que já se vislumbrava desde 1989 nas tramóias petistas no caso Lubeca e nas aulas de malandragem nas administrações das prefeituras petistas em Porto Alegre, RS e nas situadas no interior de São Paulo, áreas de treinamento para o saque dos cofres públicos em nível nacional.

O ciclo de patifarias culminou com o chamado episódio dos “Dossiês” e os tombos em matéria legal, o que não se deve estranhar, dos antigos fora-da-lei, atuais chafurdados na lama petista - Marco Aurélio Garcia e Tarso Genro. Ao que tudo indica a sem-vergonhice não vai parar por aqui, pois além de ideológica é congênita e impulsiona por biosmose os militantes “estrelas e borboletas”, assim intitulados pelo autor petista Cláudio Gurgel.

A venalidade é retoque imprescindível à imagem do lulapetismo [*] que emoldura o sindical-socialismo adotado por estes militantes fajutas, que ainda se acotovelam ao lado do Apedeuta venal Luis Inácio Lula da Silva, que Hélio Bicudo, Cezar Queiroz Benjamin, Paulo de Tarso Venceslau e outros tantos, como o Leonardo Boff com sua ideologização mambembe - quem diria! -, agüentaram.

O lulapetismo é um caso peculiar que por sua natureza chula, jactanciosa, mentirosa e dissimulada merece os quadrilheiros que o acompanham. Afirmam-se sem pejo, acima de Cristo, sem pecados e isentos de mácula, não poupando Tiradentes e todos os ex- Presidentes, escondendo seus deslizes e crimes com acusações sem eira nem beira, como as apresentadas por Tarso Genro e Ciro Gomes; ou argüindo supostas ilicitudes jurídicas logo negadas pelo TSE, no caso das fotografias do dinheiro apreendidas pelo “lépido” DPF que estariam ao abrigo de um inexistente segredo de justiça como o fizeram o mesmo Tarso Genro e o Marco Aurélio Garcia, dois cínicos petralhas da direção petista.

Só um caráter típico dos citados pode explicar a logorréia que os domina, insensível aos padrões da decência e do decoro – são imorais e arrogantes, tal qual o “nada sei que tudo sabe” que os lidera.

A arrogância do imoral iletrado é o abrigo do hipócrita analfa que afirmava: “Nunca falei que ia ganhar no primeiro turno por modéstia, por respeito. Mas agora falo: nós vamos ganhar essas eleições domingo, e se alguém achar que vai para o segundo turno, pode esperar para concorrer em 2010. Porque essa, nós já matamos ela (sic) no 1º turno”. “Dia 1º de outubro é dia da onça beber água e essa oncinha está com sede. Vão ter que se curvar à maioria do povo brasileiro”.

Colaborando com o seu debate, só para começar, esclareça os pontos nebulosos dos casos das CMPI dos Correios e do Mensalão; do empréstimo do Okamoto; do milagre do crescimento da empresa de seu filho; das contribuições para certas ONGs; do dinheiro da mala preta para compra do “dossiê”, manipulado pelos seus larápios petistas aloprados; e explique, claramente, as contribuições nebulosas recebidas da Petrowax Indústria e Comércio de Lubrificantes Ltda., de Iperó (a 128 km de São Paulo) e, finalmente, responda aos questionamentos dos ex-militantes do PT que hoje o acusam.

Não use besteiras dos assessores do Geraldo e olhe o seu rabo: Jader Barbalho; José Sarney; Orestes Quércia; Marta Suplicy; Paulo Maluf; Newton Cardoso; e muitos mais...

Vai dar para chegar ao dia do 2º turno? O que nunca viria? Sem auxílio do Márcio Thomaz Basto e sua facção de polícia secreta, estou entre os duvidantes.

[*] Lulapetismoideologia da sem-vergonhice, usada por um bando de quadrilheiros, assaltantes do erário público nacional e de todos os brasileiros auto-enganados.