Agosto rima com desgosto. E a rima, pobre mas fatal, paira por sobre os cumpanheiros do PT já lá se vão quase 2 anos. O desgosto irá se acentuar com o andar da carruagem do horário eleitoral, das novas pesquisas de intenção de voto e, é claro, das bobagens reiteradas que escoam em grande quantidade pela boca frouxa do candidato petista.
Tenho absoluta certeza de que o assassinato cruel, frio e encomendado de Celso Daniel será uma bomba de efeito retardado na campanha presidencial. Os detalhes sórdidos, as condições brutais em que se deu, a impressionante seqüência de mortes de personagens envolvidas, o indiscreto trabalho desenvolvido pelo Planalto e a direção petista para embolar as investigações e proteger Gilberto Carvalho e José Dirceu, dentre outros, enfim, a complexidade da trama e a obviedade do crime de mando, apresentados no horário eleitoral irão indignar os brasileiros e piorar, ainda mais, a precariedade que já se vislumbra na candidatura do apedeuta à reeleição.
O Editorial El Ateneo, de Buenos Aires, lançou “Asesinatos políticos en América Latina”, excelente obra do conhecido jornalista argentino Julio A. Sierra, onde, com competência narratória e apurado estilo, historia da morte do presidente equatoriano Eloy Alfaro, em 1912, até as de Somoza, Chico Mendes, Trujillo, João Pessoa e outros próceres de nossa sofrida América. Celso Daniel merece destaque em 17 interessantes páginas.
Embora não atribua ao PT a responsabilidade pela execução do prefeito de Santo André, o respeitado jornalista argentino trata da questão, dedica um bom espaço a Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra, e ao esquema de corrupção organizado por ele e seus comparsas petistas na milionária prefeitura do ABC. Sierra, inclusive, tacha o bando como “una organización”.
Bom livro, escrito com apuro e, embora rápido, está longe de ser superficial. Tem o mérito de ter levado a todos os seus milhares de leitores (já tirou várias edições) em todo o mundo de língua hispânica uma das páginas mais lamentáveis da história política brasileira, fruto podre de um partido podre em época que jamais iremos olvidar.
Do Ruy Nogueira
Tenho absoluta certeza de que o assassinato cruel, frio e encomendado de Celso Daniel será uma bomba de efeito retardado na campanha presidencial. Os detalhes sórdidos, as condições brutais em que se deu, a impressionante seqüência de mortes de personagens envolvidas, o indiscreto trabalho desenvolvido pelo Planalto e a direção petista para embolar as investigações e proteger Gilberto Carvalho e José Dirceu, dentre outros, enfim, a complexidade da trama e a obviedade do crime de mando, apresentados no horário eleitoral irão indignar os brasileiros e piorar, ainda mais, a precariedade que já se vislumbra na candidatura do apedeuta à reeleição.
O Editorial El Ateneo, de Buenos Aires, lançou “Asesinatos políticos en América Latina”, excelente obra do conhecido jornalista argentino Julio A. Sierra, onde, com competência narratória e apurado estilo, historia da morte do presidente equatoriano Eloy Alfaro, em 1912, até as de Somoza, Chico Mendes, Trujillo, João Pessoa e outros próceres de nossa sofrida América. Celso Daniel merece destaque em 17 interessantes páginas.
Embora não atribua ao PT a responsabilidade pela execução do prefeito de Santo André, o respeitado jornalista argentino trata da questão, dedica um bom espaço a Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra, e ao esquema de corrupção organizado por ele e seus comparsas petistas na milionária prefeitura do ABC. Sierra, inclusive, tacha o bando como “una organización”.
Bom livro, escrito com apuro e, embora rápido, está longe de ser superficial. Tem o mérito de ter levado a todos os seus milhares de leitores (já tirou várias edições) em todo o mundo de língua hispânica uma das páginas mais lamentáveis da história política brasileira, fruto podre de um partido podre em época que jamais iremos olvidar.