25 de mar. de 2006

O sujo e o mal lavado

"Documentos obtidos pelo jornal “Folha de S. Paulo” mostram que o governo Geraldo Alckmin (PSDB) interferiu para beneficiar aliados com anúncios ou patrocínios. Os recursos sairiam da Nossa Caixa e favoreciam jornais, revistas, programas de rádio e televisão indicados por deputados."
A princípio pensávamos que LuLLa e Alckinácio eram parecidos somente na arrogância, no modo que sem se preocupar com o Brasil atropelavam pessoas, instituições, intenções de votos dos eleitores dos quais 40% não significaram nada para o senhor Alckimin, que querendo ser candidato não se importou com isso. Agora descobrimos que têm outra coisa em comum, gostam de beneficiar os amigos mais chegados, se sairmos do PT de LuLLa e cairmos nas mãos de Alckinácio não iremos sentir muito a diferença, são farinha do mesmo saco.

TROGLODITAS, COM ORGULHO

por Paulo Leite, de Washington, DC - no Diego Casagrande

Em todo o mundo, se há algo de que os esquerdistas se orgulham, é sua capacidade para as artes. Segundo a turma festiva, conservadores não são bons artistas porque carecem de condições essenciais para tal, como sensibilidade, compaixão e discernimento.

Quer dizer, conservadores são primitivos, brutos, trogloditas. Não faz muito tempo, o esquerdíssimo senador Ted Kennedy chamou os juízes indicados por George W. Bush para a Corte Suprema de "neandertais".

Comparações entre conservadores e os homens das cavernas são lugar-comum nos blogs da esquerda, onde elogios aos conservadores são mais raros que desodorante nos acampamentos do Fórum Social. A julgar pelos comentários nesses blogs, conservadores não têm senso de humor.

Só pra contrariar essa gente, o editor-executivo da revista conservadora The American Spectator, Quin Hillyer, publicou outro dia uma análise "científica" dessas comparações entre conservadores e homens das cavernas. Divertidíssima.

Para Hillyer, a comparação é elogiosa. Ele explica:"Consideremos que antes de atingir o exaltado estado de homens das cavernas, os pré-hominídios presumivelmente vagavam pelas florestas ou savanas, comendo o que encontravam à mão. Foram os homens das cavernas que trouxeram um grau de especialização a suas comunidades – foram os homens das cavernas que aprenderam a usar o fogo, a criar ferramentas, fazer cestos e até mesmo arte. Todas essas criações eram decididamente modernas".

Quin Hillyer pondera que os homens das cavernas desenvolveram a economia capitalista moderna. Eles, afinal, demarcavam território, realizavam trocas, desenvolviam habilidades individuais, e assim por diante. O que pode existir de mais moderno que trocar bens de um tipo por bens de outro? Hillyer nota, ainda, que esses bens não eram exclusivamente produtos palpáveis, mas bens intelectuais também, já que os contadores de histórias e os artistas das cavernas eram certamente pessoas de respeito na comunidade.

Depois de lembrar que ainda existem outros hominídios por aí, Quin lembra de outra diferença fundamental entre os homens das cavernas e seus primos distantes: os homens das cavernas inventaram a pedra fundamental da civilização, o relacionamento monogâmico. Todos os estudos realizados com macacos de todos os tipos mostram que os símios são, em sua maioria, "extravagantemente promíscuos".

Os esquerdistas gostam de equiparar liberação sexual com progresso, diz Hillyer, mas curiosamente "nenhum símio avançou o suficiente para escrever o Kama Sutra, muito menos os trabalhos de Shakespeare".

Quin Hillyer cita outro autor conservador, William Tucker, que escreveu:"Uma vez que foi estabelecida, a monogamia se mostrou muito vantajosa. Nossos ancestrais eram menores, mais fracos e mais lentos que qualquer das espécies com as quais conviviam. Sua única vantagem era a habilidade de trabalhar em conjunto. Graças ao contrato social da monogamia, os homens das cavernas puderam não apenas sobreviver como migrar para quase todos os cantos da terra e quase todas as condições climáticas. Um resultado fenomenal para um ajuste social tão pequeno."

Hoje em dia, nota Hillyer, "são os conservadores que defendem os ideais da monogamia. A esquerda festiva é que promoveu o amor livre e todo tipo de esbórnias que culminaram com as atividades de Bill Clinton nos hotéis do Arkansas e no Salão Oval da Casa Branca, e de Ted Kennedy em todos os tipos de esconderijos".

Quin não resiste notar que gorillas e chimpanzés são quase inteiramente vegetarianos, outro fetiche da esquerda. Quando macacos caçam e comem carne, no entanto, os estudos mostram que o responsável pela caçada controla o banquete, enquanto os outros chimpanzés imploram por um naco. "Será essa a origem do estado de bem-estar social?", indaga.

A conclusão pode ser uma só, conclui o artigo de Hillyer: "os conservadores devem sentir orgulho de serem homens das cavernas. A alternativa é ser esquerdista, e eles não passam de macacos."

"Capitão Diego" - Veja

Num texto intitulado “Marcelo Netto, Marcelo Netto”, escreve o colunista Diogo Mainardi: “Os jornais passaram a semana inteira tentando descobrir quem violou o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Está certo. Precisamos de uma resposta urgente. Os mandantes do crime – todos eles – devem ser exemplarmente punidos. Com demissão. Com cadeia. Com tomatadas e ovadas no cocuruto. É uma questão fundamental para o país. Pena que eu não seja a pessoa mais indicada para tratar de questões fundamentais. Pelo contrário. Meu negócio são as questões menores. E, no caso, há uma questão menor que, por dias e dias, os jornais preferiram escamotear: o nome de quem passou à imprensa o extrato bancário do caseiro.