29 de ago. de 2006

Que os deuses nos dêem um Katrina

Que os deuses nos dêem Um Katrina, 10% do Terremotos que atingem o Japão anualmente; Tsunamis; as temporadas anuais de Ciclones e Tornados que varrem o golfo do México e dão um rolé sobre os Estados Unidos. Queremos também os Incêndios Florestais. De preferência os Americanos, porque geram renda, aumentam a atividade econômica; mas podem ser australianos, enfim, todas as pragas naturais.

Mas, livrem-nos das Pragas da Corrupção Deslavada e do Petralhismo.

O Petralhismo não é obra só dos Clepto Stalinistas. É fruto de todo um conjunto "cultural" que tem crescido no país há decadas, mais visível na Lei de Gérson e no Jeitinho Brasileiro.

Jader Barbalho, Quércia, Newtão, Sarney e outras centenas de milhares, eram do PT quando começaram a assaltar o país?

Ervas daninhas florescem melhor em terrreno já adubado.

O Katrina, todos sabem... O Povo e o País estão saindo dele, de cabeça erguida.

O Mensalão veio à tona em junho de 2005... De lá pra cá, no que deu?

Artigo na Rolling Stone sobre o 1º aniversário do Katrina.

Teve Fraudes. O FBI criou uma Task Force somente pra investigar e levar pra cadeia os Pilantras.

Faz parte do senso comum nos vangloriarmos por não sofrermos de desastres da Natureza. Somos quase Héxia(RA); bonitos por Natureza.
Abençoados por Deus e toda espécie de babaquice.

O Katrina passou e a Grande Nação Americana está pronta para receber outro.
Com Estado de Direito!
Ao invés de um Katrina, etc. ...temos um monte de Bestas Humanas a acabarem com o país e com os sonhos de milhões de cidadãos.
Bestas que roubam desde Merenda Escolar, Remédios para os de nenhuma renda, etc. etc. Roubam de tudo!

Roubam Nossos Sonhos!

Intelectuais contra o país e o povo, contra a Democracia? Gosto dessa raça não.

OS SERVO-INTELECTUAIS - por Profº Denis L. Rosenfield, filósofo

É propriamente surpreendente o manifesto de 213 intelectuais de apoio a Lula, não fosse o fato de serem reincidentes no apoio indiscriminado ao PT. Trata-se, na verdade, de intelectuais a serviço da “causa” socialista, encobrindo qualquer “erro”, “falta”, “deslize”, “corrupção” ou “crime” em nome da máxima: “os fins justificam os meios”. O que caracteriza a sua ação não é o que deveria ser a função primeira dos intelectuais, a busca da verdade, mas a justificativa de qualquer ação de seu partido ou de seu líder. A moralidade é, assim, relativizada em proveito daquilo que a direção partidária e o seu líder maior consideram como sendo o “bem”, no caso, a corrupção leninista como sendo esse “bem maior”. São os traidores da verdade.

O PT e seus intelectuais, antanho, em época que hoje parece remota embora seja próxima temporalmente, se diziam “puros”, os autênticos representantes da ética na política. Graças a esse produto que conseguiram vender para a população brasileira, conquistaram a sua simpatia, capturaram progressivamente mais votos e chegaram à presidência da república. E digo bem vender a idéia como se vende um produto qualquer, com a especificidade que os vendedores não acreditavam minimamente em seu produto, na verdade, uma mercadoria política usada simplesmente para a conquista do poder.

Acontece que a mercadoria em questão foi comprada por seu valor de face, pois toda a sociedade passou a acreditar em que a sua validade seria perene. À sua luz, outros partidos foram julgados – e condenados -, pois a sua ação não se inscrevia naquilo que os puros consideravam como sendo o bem. Uma parte considerável da intelectualidade brasileira começou a navegar nessas águas, tendo como piloto um partido que encarnava o que deveria ser uma sociedade perfeita. Começaram, ao mesmo tempo, a perder a sua capacidade de julgar, a independência do pensamento, tornando-se meros servos desses novos senhores. O stalinismo era objeto de crítica quase unânime, mas nem essa crítica era verdadeira, pois somente velava um comportamento dogmático, também ele baseado no marxismo vulgar, o mesmo que continua orientando a manifestação dos artistas e, agora, esse manifesto de servo-intelectuais.

O seu exemplo mais acabado é a dita filósofa Marilena Chauí, a que não cansa de repetir que Lula seria meramente objeto de “preconceitos de classe” ou, em outras manifestações, de uma armação da “direita” ou das “elites”. O silêncio dos intelectuais se torna o silêncio diante da corrupção e dos crimes que têm caracterizado esses quatros anos de governo Lula e de hegemonia petista. A cúpula do governo foi dizimada, os auxiliares mais diretos do Presidente foram obrigados a renunciar pelo acúmulo de denúncias contra eles, sendo o caso paradigmático o do ex-Ministro Chefe da Casa Civil, José Dirceu, que teve seu mandato cassado e foi denunciado pelo Procurador-Geral da República como o chefe de uma “sofisticada quadrilha”. O que diz a intelectual petista? Nada. O silêncio mais vergonhoso. A cúpula petista renúncia na maior crise partidária, decorrente do desvio de recursos públicos, da formação de quadrilha, de assalto ao Estado, numa espantosa sucessão de fatos, que deixaria qualquer um, pelo menos, corado. O que diz a intelectual petista? Nada. O silêncio mais sepulcral. Se algo é dito, a culpa, evidentemente, é do “capitalismo”! Um monstro tão assombroso que conseguiu inclusive devorar as belas almas desses militantes partidários e desses servo-intelectuais.

Jamais a república tinha visto tal sucessão de fatos escabrosos a serviço de um partido que não hesita diante de nenhum meio. Não se trata, evidentemente, de dizer que a corrupção não existia antes, o que seria um completo contra-senso. Trata-se, somente, de ressaltar o caráter específico dessa nova forma de corrupção, a serviço de um projeto partidário, que considera o Estado algo a ser apropriado por eles. Um Estado aparelhado e posto a serviço de uma ideologia autoritária, senão, no extremo, totalitária. Se antes os ladrões e corruptos, pegos, tinham vergonha ou aparentavam tê-la pelo uso privado que faziam dos recursos públicos, o caso, agora, muda de figura, pois os corruptos crêem que bem fizeram, visto que seguiram os cânones partidários. E para que esses corruptos-militantes não fiquem sós, na solidão de uma culpa que poderia eventualmente aparecer, os seus companheiros-intelectuais surgem em seu auxílio: crimes não são crimes, mas atos que servem à causa. Os críticos, os que defendem a moralidade pública, são representantes de uma direita que unicamente age segundo “preconceitos de classe”. Viva o dogma, viva a servidão!

Reproduzido do Diego Casagrande

Leia ainda:

A Verborragia dos Intelectuais, do Rodrigo Constantino

Verborragia Imbecil, do Duplipensar.Net


Descoberta, afinal, a utilidade dos intelectuais
29.08, 14h35
Blog do Josias de Souza

Descobriu-se, finalmente, para que servem os intelectuais: eles são as lavadeiras da República, os faxineiros da realpolitik. Dedicam-se a limpar a biografia de governantes que, no dizer casual-escatológico de Paulo Betti, viram-se forçados a “botar a mão na merda”.

No encontro que manteve com a intelectualidade simpática ao petismo, Lula disse que fez “o jogo real da política”. Deu a entender que não teve alternativas: "Política a gente faz com quem a gente tem, não com quem a gente a gente quer".

Revelou-se um adepto da linha Wagner Tiso. “O PT fez o que tinha que fazer para governar”, regera o maestro na semana passada. Lula seguiu os movimentos da batuta: "Esse é o jogo real da política e precisou ser feito por quatro anos para que nós pudéssemos chegar hoje numa situação altamente confortável do ponto de vista econômico, político e social".

O fato é que, a despeito do cocô, das más companhias e do jogo bruto, os intelectuais limparam toda réstia de nódoa que ainda pudesse haver no prontuário da era Lula. Lavaram, engomaram e passaram a ferro os escândalos. De quebra, emitiram certificado de garantia à ética petista válido por pelo menos mais quatro anos. Num manifesto no qual se penduraram 213 assinaturas, a intelectualidade reclama apoio a Lula.

O texto faz menção a "recentes escândalos”. Faz uma concessão às “perplexidades" que despertaram. Mas driblam o mal-estar elogiando a PF e a CGU. De resto, apelam ao povo ignaro: "As próximas eleições, que não se reduzem ao nível federal, poderão, através do voto, afastar políticos corruptos, tarefa difícil, porém indispensável", diz o texto.

Lula, evidentemente, não tem nada a ver com coisa nenhuma. Antes, não tomara conhecimento do mensalão. Agora, suspeita até que tudo não tenha passado de uma lenda. É uma petulância imaginar que o presidente poderia ter sido ao menos omisso. Para a protopetista Marilena Chuaí, críticas a Lula soam a "preconceito de classe". O PT, diz ela, "sabe o que ética na política. Por isso pode enfrentar de cabeça erguida as acusações de corrupção".

Mudam os faxineiros, mas o sabão é sempre o mesmo. Nos dias que correm, recorre-se à beira do tanque metafórico da intelectualidade ao mesmo tipo de sabão usado há bem pouco, por exemplo, por José Arthur Giannotti. Também ele justificou, sob espuma retórica, as incursões do amigo FHC pelo universo da amoralidade.

fonte: Diego Casagrande

O Aperto - por Ralph J. Hofmann

Ha poucos dias emergi de 45-60 dias de trabalho intenso frente a um computador. Passei esse tempo sem suficiente exercício, sem tomar suficiente sol, alguns dias sob frio intenso no meu pequeno apartamento de Porto Alegre.

Ao emergir dessa etapa de trabalho mais do que intenso estou entrando em mais um dia de tensão. Tensão que ocorre por cortesia de atitudes irracionais que se estendem por vários governos.

Hoje um de meus filhos, voa para a Europa. Faz parte de uma equipe conjunta Italo-Brasileira que fornecerá apoio científico a um aspecto de um projeto numa universidade. Está partindo com uma semana de antecedência. Esperamos que esse tempo seja o suficiente para que possa passar de Florianópolis a Guarulhos a Schiphol a Roma e a Ancona. Sua passagem custou quase o dobro do que custaria, em Euros, doze meses atrás. E, no que diz respeito ao lado brasileiro nosso outrora eficaz, até pioneiro sistema de reservas e transportes virou uma terra de ninguém com minas terrestres por explodir.

A minha paranóia está a mil. Primeiro o governo Sarney congelou em Merrecas (não me lembro qual a moeda em 1986) o preço das passagens em aviões cujas peças, combustíveis, arrendamentos e outros componentes de custo eram em dólares. Por favor lembrem-se que o Sarney hoje é comensal à mesa do PT.
Surgiram imensos rombos nas finanças aéreas. Alguma s já tinham problemas, mas esse rombo em particular é daqueles que classifico como uma MP negando a "Lei da Gravidade".

Governos posteriores foram processados para a recuperação do rombo. As companhias aéreas ganharam mas não levaram. O governo brasileiro nunca se detém para considerar se está fazendo um bem ou um mal ao contestar uma condenação de ressarcimento a uma empresa. Deve ser o maior empregador de advogados do planeta. O justo que se dane. No Brasil as repartições públicas abrigam cigarras, nunca formigas. Àquelas repartições geridas e operadas por formigas meus pedidos de excursas.

Mas passamos os últimos anos sendo bombardeados com informações sobre o mérito comparativo das empresas novas do mercado aeroviário. Soubemos de sua competência que lhes permitiria cobrar menos que a Varig. Beleza! Macanudo!

Mas finalmente a Varig está reduzida a uma escala muito menor. Os aviões dela fora do ar os assentos estão fazendo falta. A autoridade encarregada da aviação civil e outras autoridades governamentais não se permitiram fazer projeções das conseqüências.

E as novas empresas aéreas de repente elevaram os preços. Hummm??!!! O CADE vai fazer alguma coisa? a Defesa ao Consumidor? Há perfume de "Fleur de Maracutaiah" no ar? Primeiro se reduz os preços. O concorrente fica pelo caminho. Depois se aumenta os preços.

E as multidões esperando no saguão do aeroporto continuam crescendo.

Um brinde à Itapemirim, Penha, Pluma e outras empresas de ônibus com sua linda frota de ônibus novos!

Com autorização do Ralph J. Hofmann

O sistema político brasileiro está esgotado - por Nilson Borges Filho (*)

Pode até ser uma afirmação sem base científica, mas alguns especialistas apostam que, aproximadamente, 20% dos eleitores não irão às urnas nesta eleição. A confirmar-se tal premonição teremos os maiores índices de abstenção da história. Outro dado que também carece cientificamente de sustentação, mas com possibilidades de se tornar verdade, é o percentual de 60% de renovação da Câmara dos Deputados. Tudo isso por conta dos deputados mensaleiros e prevaricadores do dinheiro público que não repetirão a performance alcançada em 2002, quando alcançaram densa margem de votos. Por um lado, é uma boa notícia, pois haverá uma substancial renovação; por outro, nem tanto, considerando que 40% dos deputados envolvidos nas falcatruas eram parlamentares de primeiro mandato. Portanto, o fato do postulante ser neófito não o credencia como honesto.

Ocorre que, de todas as especulações, a que mais incide de forma preocupante sobre o sistema político e a democracia brasileira é a de que Lula da Silva, num eventual segundo mandato, não obterá maioria parlamentar, já que os partidos da base governista serão os mais prejudicados com a falta de votos. A insistência em contar com o apoio do PMDB viciado e se aliar a gente do tipo de um Jader Barbalho, de um Newton Cardoso, de um Sarney e de um Calheiros dá uma idéia do que poderá poderá vir a ser um próximo governo Lula. E o pior de toda essa história: o PT ético, o que restou de decente do partido, vai ter que conviver com os prepostos dos caciques peemedebistas.

Lula sabe que da voracidade do PMDB por cargos, principalmente dos ministérios com bons orçamentos. Sabe, ainda que, se contrariado nas suas pretensões em aparelhar o Estado, não contará a fidelidade peemedebista. O ex-presidente Fernando Henrique conseguiu esse “toque de fidelidade” do PMDB de Jader Barbalho em algumas votações de interesse do governo. Daí a explicação para a busca de um governo de convergência, proposto pelo presidente e pelos que estão de olho 2010. O governador de Minas Aécio Neves seria um nome forte e conta com boas credenciais: tem perfil para o cargo, não é hostilizado pelo petismo e tem a simpatia do próprio Lula. Cai como uma luva para os petistas, os quais carecem de nome com densidade eleitoral e, de quebra, o paulistério estaria fora do poder central.

A aliança com esses setores do PSDB traria uma certa governabilidade ao eventual segundo mandato de Lula, já que sua antiga base parlamentar está esfacelada e o PMDB, que poderia ser o fiel da balança, não é confiável. O presidencialismo de coalizão que temos hoje no Brasil é mais por falta de um sistema partidário forte do que propriamente pela falta de capacidade do governo em repor as forças políticas no governo.

Vencendo sem conseguir base governista sólida, virá o pior: um governo lulista sustentado por movimentos sociais autoritários e intolerantes com a segurança institucional de base democrática. Lula inauguraria o bonapartismo sem partido. Aliás, tem exemplos bem próximos, Chávez na Venezuela e Morales na Bolívia. Os dois países vivem seus momentos bonapartistas ao largo do sistema partidário.
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(*) Nilson Borges Filho, cientista político, é mestre, doutor e pós-doutor em Direito do Estado, professor e articulista colaborador deste blog. Atua profissionalmente em Belo Horizonte e Juiz de Fora (MG).

Reproduzido do "O Que Pensa Aluízio"