15 de nov. de 2013

Lulândia, o reino da avacalhação - por Maria Lúcia Victor Barbosa

Bastou o intervalo das festas de fim de ano, das férias nas praias ou no exterior quando ninguém pensa em dívidas, contas a pagar, despesas que virão para que Lula da Silva ressurgisse do conveniente mutismo e retomasse os preparativos para sua “treeleição”.

De fato o ex-presidente nunca deixou de exercer o poder. Recorde-se que tentou impedir o julgamento do mensalão chantageando o ministro Gilmar Mendes para que esse adiasse o julgamento. Como isto não funcionou ordenou ao Congresso que realizasse a CPI do Cachoeira, uma espécie de cortina de fumaça para desviar a atenção sobre as condenações dos quadrilheiros do PT que poderiam atrapalhar as eleições municipais de 2012. A CPI acabou condenando apenas o senador Demóstenes Torres e prendendo o contraventor sem que nada acontecesse a Delta e a grande rede nacional de políticos envolvidos na trama. Deste modo a farsa se converteu em um dos maiores espetáculos de degradação já apresentados pelo Congresso Nacional.

Consta também que a presidente Rousseff, gerente dos apagões e pibinhos, não dá um passo sem consultar seu chefe e inventor que assim demonstra quem é o verdadeiro presidente da República.

Contudo, após as acusações de Marcos Valério que indicaram Lula da Silva como chefe e beneficiário do “mensalão”, este se calou. Especialmente depois da eclosão do fragoroso escândalo no qual ficou demonstrado que a amante, Rosemary Nóvoa de Noronha, não só desfrutava de maravilhosas viagens presidenciais pagas por nós, os contribuintes, mas nomeava através do “tio Lula” uma quadrilha de trambiqueiros, falsificadores, fraudadores de pareceres, o ex-presidente deu em fugir da imprensa. Fato grotesco ocorreu em Barcelona quando o poderoso Lula bateu em veloz retirada através da lavanderia do hotel em que se encontrava hospedado e escapuliu dos repórteres pela porta dos fundos.

Agora, enquanto o povo em férias se entretém com os preparativos do carnaval, Lula da Silva emerge anunciando futuras caravanas pelo Brasil. Ao mesmo tempo, faz saber que assumirá as negociações com a base aliada. Portanto, após ter nomeado o ministério de Rousseff na prática está demitindo a fiel Ideli de suas funções de ministra das Relações Institucionais, ou seja, do ministério do balcão de negócios, posto muito conveniente para quem é candidato.

Além do mais, para mostrar quem manda de verdade Lula da Silva se reuniu com seu outro poste, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad e secretariado para dar as ordens e ministrar lições de populismo.

Em países de instituições sólidas, Poderes independentes e igualmente fortes, de oposição para valer tal avacalhação seria impensável. Mesmo no Brasil nenhum ex-presidente chegaria a tanta desfaçatez e lambança. Mas, na Lulândia tudo é permitido porque o povo elegeu e continua aplaudir o grão senhor Lula. Algo que faz parte de nossa cultura da avacalhação desde os tempos coloniais. Além do mais, como não existe oposição, exceto uma ou outra voz solitária, Genoino, um dos condenados petista do mensalão tomou posse como deputado federal decretando o fim da ficha limpa. Se isto foi legal, como dizem seus defensores, foi imoral e abjeto.

Em outra manifestação típica da Lulândia membros do PT, inclusive, a juventude petista organizaram um jantar com o objetivo de arrecadar fundos para pagar as multas dos companheiros criminosos. Alguns militantes acreditam ou fingem acreditar que os companheiros quadrilheiros, coitadinhos, foram injustiçados, condenados sem provas, vítimas da imprensa maldosa e da oposição que não existe. Por sua vez a CUT, braço sindical do PT, fez ato para anular sentenças do STF. Hilariante piada de salão como diria Delúbio Soares.

Enquanto segue a politicagem, por mais que ministro Mantega distorça dados da economia e faça mágicas para adulterar resultados, a inflação acelera, progride a inadimplência, aumenta a devolução de cheques sem fundo.

Com a projeção do endividamento da Petrobras virá o aumento dos combustíveis tantas vezes adiado politicamente e com ele mais inflação, apesar de que os reajustes previstos apenas amenizarão a piora do endividamento.

Acrescente-se que as previsões da economia para 2013 não são das melhores. Segundo, por exemplo, Flávio Castelo Branco, gerente executivo do Núcleo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI): “Se a economia seguir um padrão fraco como o de 2012, a desaceleração alcança o mercado de serviços e aí podemos ter uma contaminação do mercado de trabalho”.

Rousseff está em campanha e fez comício em cadeia nacional de rádio e TV para anunciar redução de tarifas de energia. Entretanto, no cenário sombrio que se desenha para a economia de 2013, a quem o povo recorrerá como salvador da pátria? É fácil adivinhar. Que o digam os invasores do Instituto Lula que não perderam tempo indo à Brasília.
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(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

A influência e o poder de Margaret Thatcher - por Maria Lúcia Victor Barbosa

Na Inglaterra, onde se originaram fenômenos políticos, econômicos, sociais e culturais capazes de influenciar o mundo, a rainha Elizabeth I, a rainha Vitória e Margaret Thatcher foram mulheres notáveis que frente ao poder dele souberam se desincumbir com rara maestria.

Margaret Thatcher faleceu dia 8 deste abril, aos 87 anos, deixando um legado extraordinário. Sua firmeza, coragem e competência lhe acarretaram o ódio da esquerda e dos sindicatos que ela colocou de joelhos, mas a única mulher que se tornou primeira-ministra da Inglaterra e governou seu país por mais de 11 anos, nunca esmoreceu diante dos desafios e dificuldades. Como ela disse certa vez: “Eu não sou uma política de consenso”. “Eu sou uma política de convicções”.

Diferente da nobreza por sua origem plebeia, Thatcher proveio de um ambiente modesto. Saiu da lower middle class, sendo filha de um merceeiro e de uma costureira. Estudou em escola pública, o que não a impediu de conseguir uma bolsa de estudos que lhe permitiu fazer brilhantes estudos de química em Oxford antes de se encaminhar para o Direito, tornando-se depois especialista em questões fiscais.

Em 1959, depois de duas derrotas, foi eleita para a Câmara dos Comuns. Dois anos depois se tornou subsecretária de Estado para Questões Sociais. Em 1970 assumiu a pasta da Educação. Em 1975 se tornou líder do Partido Conservador, eleita pelos 276 deputados conservadores da Câmara dos Comuns. E a partir de1979 até o final de 1990, governou a Inglaterra como primeira-ministra tendo ganhado três eleições com ampla maioria.

Quando assumiu o comando da Inglaterra, Thatcher enfrentou um cenário economicamente muito difícil. O PT da Inglaterra, Partido trabalhista, seguindo a tradição socialista elevava os gastos públicos, recorria ao aumento dos salários, incrementava a estatização. Isto em meio a uma inflação de 25%, um crescimento pífio da economia e um milhão de desempregados, o que acarretava ondas de greves no setor público, deixava os políticos imobilizados e paralisava ainda mais a economia do país que sucumbia ao esquerdismo dos sociais-democratas e desenvolvimentistas.

Como analisou Gustavo Patu (Folha de S. Paulo – 09/04/2013): “A escalada dos gastos públicos elevava a inflação, a carga tributária e enfraquecia as empresas”. “A debilidade era enfrentada com proteção à Indústria e aos salários, demandando mais gastos e criando um ciclo vicioso”.

Thatcher partiu para o ideário liberal e pôs a casa em ordem. Enfrentou os sindicatos, privatizou e só deixou sobreviver setores produtivos que fossem lucrativos. Além disso, criou agências reguladoras fortes e independentes, priorizou a Educação e a Saúde.

A revolução liberal de Tatcher não só obrigou o Partido Trabalhista a se render a dogmas liberais, o que foi chamado de New Labour, como influenciou a transformação da esquerda em todo mundo. Inclui-se o governo tucano de FHC e, atualmente o governo petista com suas canhestras tentativas de privatizações apelidadas de concessões, sendo que o PT faz lembrar a letra de uma música de Alceu Valença: “nós somos cópias mal feitas”.

Ainda no plano externo Thatcher teve papel decisivo na derrocada da URSS e na queda do Muro de Berlim ao influenciar Mikhail Gorbatchov. Foi, portanto, peça fundamental numa parceria com o presidente norte-americano, Ronald Reagan, na importante vitória ocidental da guerra fria.

Outro episódio que demonstrou sua coragem e determinação ocorreu na guerra das Ilhas Falklands, promovida pela Argentina de modo grotesco e trágico. O Exército argentino se rendeu quase sem luta e quando o conflito terminou a frustração popular se voltou contra o governo Galtieri. De forma oposta, na Inglaterra o governo de Margaret Tatcher recebeu estrondosa vitória eleitoral. Que Cristina Kirchner pense duas vezes antes de prosseguir com sua patacoada com relação às Falklands.

Afirma, contudo, Roberto Simon (O Estado de S. Paulo, 09/04/2013), que Margaret Thatcher, “em sua autobiografia, ao se questionar sobre o principal feito de sua vida, não menciona a guerra das Falklands ou a mudança das bases da economia britânica, mas uma garota judia, Edith Muhlbauer, que ela ajudou salvar da brutal perseguição aos judeus e levar para a Grã-Bretanha quando Hitler anexou a Áustria, em 1938”. Posteriormente Edith veio para o Brasil e constituiu família. Diz sua filha, Betina Nokleby, que a família Thatcher salvou a vida de sua mãe.

No Brasil, com mais de 10 anos no Poder, o PT institucionalizou a corrupção e agravou a meritofobia. A primeira mulher presidente do país tornou-se não a mãe do PAC, mas a mãe da inflação e dos pibinhos. Isso significa que não basta ser mulher para automaticamente brilhar no poder. Tanto mulheres quanto homens, para governar têm que ser competentes, honestos e ter visão de bem comum. Isto Lady Thatcher tinha de sobra.
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(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

O Rato na Coca-Cola era um Petista Honesto

Sim, amigos, o PT é um partido de ratazanas, mas o rato da coca-cola era um petista honesto, isto é, inexistente: Justiça vê fraude e nega indenização por suposto rato em Coca-Cola.
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