7 de mai. de 2016

A CORAGEM DE DIZER “NÃO”

Como Rosa Parks levou às multidões a luta pela igualdade racial.

Em 1º de dezembro de 1955, a costureira negra Rosa Parks chegou ao seu limite. Mais num desabafo espontâneo do que por cálculo, ela se recusou a ceder seu assento num ônibus da cidade de Montgomery, no Alabama, a um homem branco. Rosa – que morreu no último dia 24, aos 92 anos de idade – foi presa, fichada, pagou multa de 14 dólares e mudou a história americana. Seu protesto solitário pôs fogo no Sul dos Estados Unidos, onde a segregação social era regra. Com ele, Rosa tirou a luta pelos direitos civis da esfera das vanguardas políticas e intelectuais, levando-as às multidões.Medalha Presidencial pela Liberdade e, 1999, a Medalha de Ouro do Congressoa mais alta honraria civil americana. Mas seus últimos anos foram melancólicos. Sem dinheiro para o aluguel, ela contava apenas com a ajuda de uma igreja local para sobreviver.
Por causa dela, um pastor de 26 anos, Martin Luther King Jr., organizou os negros sulistas num boicote ao transporte público que durou 381 dias e fez de King o grande líder do movimento pela igualdade dos negros – este, por sua vez, a mais profunda convulsão social dos Estados Unidos no período, culminando, em 1964, com a lei que baniu a discriminação racial em todos os estabelecimentos públicos. Em 1957, Rosa e sua família trocaram Montgomery por Detroit, em razão das ameaças de morte que recebiam, da dificuldade em conseguir emprego e também por causa de seus desentendimentos com King e outros líderes, secretamente ciumentos da forma como a costureira arrancara uma bandeira de suas mãos ao protagonizar um dos gestos mais corajosos e politicamente eficientes da história contemporânea. Rosa recebeu, em 1996, a

Besteiras

Há um mínimo de dignidade que não se pode negociar

Besteiras

“Os homens pensam que a epilepsia é divina meramente porque não a compreendem. Se eles denominassem divina qualquer coisa que não compreendem, não haveria fim para as coisas divinas.” Hipócrates