29 de abr. de 2006

Como gatos: não é briga, é sexo para perpetuar a espécie

O PT é um conjunto de estilhaços, faz muito barulho, mas não há uma mísera gota de pensamento crítico. O importante é sobreviver agarrado a Lula, apesar de os petistas saberem que só a derrota do mesmo Lula servirá para tirar o partido da irrelevância histórica a que está condenado. Até agora, os que se apresentaram como “refundadores”, tal qual Tarso Genro, não passaram de gatos barulhentos.

Por Rui Nogueira, no Primeira Leitura. Clique aqui para ler a íntegra.

NOVOS CONFLITOS - por Denis Lerrer Rosenfield

De boas intenções , o inferno está pavimentado. O projeto de lei do Estatuto da Igualdade Racial, tramitando no Congresso Nacional, é um desses projetos que, sob o manto de resolver um problema histórico do Brasil, termina por gerar novos conflitos que o país poderia muito bem se poupar.A desigualdade deveria ser resolvida por meio da criação de políticas ativas de igualdade de oportunidades, que criem condições para que os indivíduos possam exercer efetivamente sua capacidade de livre escolha...

Clique aqui para ler a íntegra no Diego Casagrande

Ritmo da campanha de Alckmin preocupa aliados - Veja

Mais Veja: "A pré-campanha de Geraldo Alckmin à Presidência completa um mês nesta semana sob críticas de correligionários e aliados. Estacionado nas pesquisas, o ex-governador de São Paulo não conseguiu montar palanques regionais, continua sem um vice e insiste em imprimir à campanha um ritmo mais lento do que gostariam os engajados na sua candidatura. Na última terça-feira, Alckmin – convocado para uma reunião no gabinete do senador Tasso Jereissati, presidente do PSDB, com a presença do senador Jorge Bornhausen, presidente do PFL – foi instado a tomar as rédeas de sua campanha. Tarefa emergencial: resolver a questão das alianças dos tucanos com os pefelistas nos estados – em especial a Bahia, considerada o nó górdio das negociações. Alckmin prometeu arregaçar as mangas. (...) Alckmin ainda não conseguiu montar um núcleo capaz de imprimir comando e personalidade à campanha. 'O coordenador da campanha, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), não tem lastro político, experiência nem currículo para essa tarefa', diz Cesar Maia, prefeito do Rio de Janeiro, que vinha sendo o porta-voz das insatisfações do PFL. Desde a semana passada, Maia vem diminuindo o tom das críticas. (...) Entre os coordenadores da campanha, a expectativa é que ele cresça mais 5 pontos até agosto e Lula baixe um pouco seu porcentual (hoje, o placar está em 20% contra 40%). Alckmin insiste em dizer que sua campanha irá 'dar um salto' com o início do programa eleitoral. Publicitários, porém, afirmam que o telespectador não presta atenção nas propostas de candidatos que não conhece. 'Alckmin tem uma taxa muito alta de desconhecimento. Se quiser mesmo dar um salto, precisa resolver esse problema logo', diz o publicitário Lucas Pacheco, que já fez doze campanhas majoritárias."
Do Blog:

Estou torcendo (inclusive pedindo aos deuses) para que a mesma vá pro BREJO.

José Serra está aí.

28 de abr. de 2006

A intrigante autofagia tucana - por Paulo Moura, cientista político

Não deixa de intrigar essa estranha vocação de setores do tucanato para solapar a decolagem de Alckmin, alimentando intrigas subterrâneas. Não descarto a hipótese de que, se Alckmin não decolar, possa ser substituído por Serra no futuro. Mas, daí a criar problemas artificiais para solapar sua candidatura, vai uma distância quilométrica...

Clique aqui pra ler a íntegra no Diego Casagrande

Do Blog:
Caro Paulo Moura

Sonho com tal possibilidade. A prova maior disso é que ainda não tirei a careca de José Serra da página do Blog.

O que eu tenho a ver com a falência da Varig?

Salvem o Brasil, não a Varig - por Paulo C. Barreto

Ah, se eu tivesse recebido da Justiça um tratamento de Varig! Se a Justiça não tivesse obstruído o devido cumprimento dos contratos, a Varig já teria perdido várias aeronaves aos credores. Quando nada mais der certo, há que se acreditar que as outras companhias, o governo, o Papa, o Dalai Lama, a corrente de energias positivas etc etc ajudarão a Varig e seus clientes...

Clique aqui pra ler a íntegra no Diego Casagrande

......
Do blog:
Uma "empresinha" conhecida mundialmente como PAN AMERICAN, primeira empresa de aviação comercial do mundo e, por décadas, a maior... faliu, quebrou... e o American way of life continuou... e ponto final!
Estamos com as Instiuições Pilares de um Estado Democrático de Direito quebradas, falidas e PODRES.


Afinal de contas, o que funciona bem neste país?

CAMINHANDO RUMO AO ATRASO

Maria Lucia Victor Barbosa, socióloga

Enquanto gritamos em coro antiamericanista junto com Hugo Chávez, Fidel Castro, Evo Morales, Ollanta Humala, nossos sonhados parceiros, China, Rússia e Índia cuidam de seus próprios interesses e negociam com os Estados Unidos sem clamar contra a globalização ou o liberalismo. Estes países não levam em conta a ideologia de um certo marxismo embalsamado e, assim, vão prosperando nos negócios. Enquanto isso, nós nos fechamos num tribalismo esquerdista obtuso. Somos fiéis seguidores do comandante Chávez e rumamos alegremente para o atraso. Tudo indica que fomos contaminados pelos ideais das revoluções megalomaníacas dos caudilhos ambiciosos, que na América Latina sempre condenaram seus povos ao fracasso e a miséria...

Clique aqui pra ler a íntegra no Diego Casagrande

27 de abr. de 2006

O FATOR EXÓGENO - por Rodrigo Constantino

Defensores do governo petista – e eles ainda existem – têm focado bastante em números da economia, comparando a era FHC com a era Lula. Creio que o foco míope na árvore os impede de enxergar a floresta. Na verdade, a melhora em alguns indicadores econômicos vem quase toda de fora. O país surfa na onda de liquidez e crescimento mundial. No governo Lula, temos coisas boas e coisas novas. Entretanto, as boas não são novas, e as novas não são boas. O que permitiu o aproveitamento do vento externo foi justamente o PT ter ignorado tudo que sempre pregou na macroeconomia. Sem ousar neste campo, esquecendo o que sempre defendeu, ao menos não prejudicou tanto as vantagens provenientes de fora.

A acusação mais injusta que fazem a FHC é a de “neoliberal”. Maldade com os liberais! FHC combateu a inflação, mas não através do corte abrupto de gastos públicos, receita liberal, mas sim com o aumento do endividamento estatal e da carga tributária. Mas justiça seja feita, seu governo enfrentou graves crises internacionais, como a da Ásia, Rússia, LTCM, Y2K, Argentina e Nasdaq. Que tal compararmos esse ambiente hostil com o contexto mundial em que Lula “governou”?

O mundo nunca passou por uma fase tão próspera assim. São várias as causas, como a entrada da China e Índia no mercado globalizado, liquidez abundante no Japão, revolução tecnológica etc. O resultado é um crescimento econômico mundial acima de 4% ao ano por vários anos seguidos, sem pressão inflacionária. Os países emergentes apresentam números ainda melhores, crescendo cerca de 6% por ano. O promissor BRIC, que junta Brasil, Rússia, Índia e China, vai ainda melhor, com o Brasil na lanterna. A China cresce perto de 10% ao ano. O Brasil tem que melhorar para ficar medíocre. Consegue ganhar do Haiti, e olhe lá! Mas ainda tem petista que comemora isso.

A balança comercial brasileira virou, apresentando elevado superávit. Novamente, nenhum mérito de Lula. Não foram as suas viagens para o Gabão ou Cuba que possibilitaram tal virada, mas sim a elevação dos preços das principais commodities que exportamos, como o minério-de-ferro. O CRB, índice de uma cesta de diferentes commidities, saiu de 200 pontos em 2002 para mais de 350 atualmente, uma alta de 75%. A China merece grande mérito por isso. O governo Lula, nenhum. Pelo contrário: seu governo contribuiu bastante para o aumento de invasões dos criminosos do MST, gerando instabilidade no agronegócio.

Falam da queda nos juros internacionais pagos pelo governo brasileiro também. Agora escutamos até petistas falando no tal “risco país”, antes tratado como um bicho estranho usado por engravatados de Wall Street para criticar as propostas heterodoxas do então candidato a presidente pelo PT. De fato, o risco país despencou. Os títulos do Brasil negociam perto de 220 pontos base acima dos títulos do governo americano. Uma beleza, ainda mais se comparado aos 2.000 pontos que atingimos em 2002. Na verdade, era mais para perto dos 1.000 pontos no final do governo FHC, mas o próprio risco Lula fez o risco disparar. Depois voltou a cair, quando viram que Lula não seria na verdade o Lula que sempre havia sido. E iniciou uma forte trajetória descendente. Mérito de Lula? Complicado defender tal tese quando vemos que o risco da Turquia, que também chegou aos 1.000 pontos em 2002, está hoje abaixo dos 200 pontos. A média dos mercados emergentes, que chegou a bater nos 900 pontos em 2002, está abaixo dos 180 pontos atualmente. O spread dos títulos de high yield, de empresas americanas mais arriscadas, desabaram de 1.100 pontos base em 2002 para perto de 300 pontos hoje. Enfim, se Lula é a causa da drástica redução do risco país, ele merece o lugar de santo, não de presidente. Afinal, trata-se de um milagre ele ter feito o risco do mundo inteiro cair tanto!

Poderíamos continuar ad nauseam aqui refutando cada falso argumento que os petistas usam para enaltecer o governo Lula. Isso para não falar do fator ética, totalmente ignorado mesmo com o “mensalão” comprovado. Como os petistas não têm mais como se agarrar nessa bandeira, totalmente esgarçada pelas traças do poder, partem para o “rouba mas faz”, focando nos avanços econômicos. Acontece que esses avanços, muito aquém do potencial, não são mérito algum desse governo. Suas causas podem ser encontradas em fatores exógenos.

Os petistas terão que martelar apenas no quesito economia nas próximas eleições. Seria útil que os eleitores tivessem, portanto, maior conhecimento sobre o que ocorreu de fato. A esperança dos petistas é a ignorância popular - além da compra de votos com o assistencialismo populista, claro. Os fatos jogam contra o PT, e por isso os petistas fogem tanto deles. Nosso presidente já está no mundo da lua, considerando a saúde brasileira perto da perfeição. Veremos nas eleições o quanto alienado encontra-se o povo brasileiro.
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Com autorização do autor

26 de abr. de 2006

ALGUMAS PRECAUÇÕES QUE PODERÃO VIABILIZAR SUA CHEGADA AO AEROPORTO OU À FRONTEIRA

por Ralph J. Hofmann (*)

“Mantenham seus currículos e passaportes permanentemente atualizados”

Filho de pessoas que saíram da Alemanha nos anos trinta bem antes das fronteiras estarem completamente fechadas, sul-africano por nascença, amigo de pessoas que tiveram de sair da Rhodesia/Zimbabwe, Angola, Moçambique, Indonésia nos anos 50, Tchecoeslováquia nos anos sessenta, húngaros nos anos cinqüenta, etc. tenho anos de reflexões dirigidas ao assunto da sobrevivência.

Considerando que você é jovem e não pretende passar os melhores e mais produtivos anos de sua vida numa sociedade que não reconhece mérito, apenas adesão ao Partido.

Considerando que você está na meia idade e não tem saco para agüentar um bosta que nunca trabalhou na vida como seu chefe.

Considerando que você está velho e já está ranheta demais para agüentar essa turma aí que passou estes últimos quatro anos lhe saqueando com correções fictícias de sua pensão.

Considerando que é melhor lavar o chão ou estacionar carros em Miami do que ser médico em Cuba.

A partir de hoje mesmo passe a juntar:

- Aquele passaporte italiano ou alemão ou espanhol que a D. Marisa (vulgo Alemoa) também tem;

- Aquelas jóias da família que sempre estavam no cofre e que tem bastante valor pelo peso em ouro;

- Seus diplomas e certificados.

- Obtenha documentação que comprove que você é perseguido politicamente pelo PT. ( Uma boa propina às autoridades policiais poderá gerar documentação federal provando que seus dias estão contados). Servirá para obter asilo político.

- Vistos de entrada para o maior número de países possíveis no seu passaporte brasileiro. Passagem aberta de avião para qualquer um deles.

- Se tiver obtido seu passaporte europeu uma passagem sem data para o país de seus antepassados.

- Uma mochila com o mínimo de coisas necessárias caso precise caminhar até uma fronteira.

Mantenha um kit desses para cada membro da família. Em caso de desastre não adianta o pacote estar consigo e seu filho estar a 400 km de distância na universidade.

Não posso aconselhar o momento exato de usar essa parafernália, mas o dia que virem José Rainha ou João Pedro Stédile falar ao povo na televisão em cadeia nacional é uma boa dica.

E não se surpreenda se, quando estiver cruzando o rio Paraná no meio da noite, esperando os guardas de fronteira se afastarem, a senhora à espreita na moita ao lado da sua for a “Alemoa” supracitada.

As revoluções marxistas costumam engolir e cuspir fora os que facilitaram sua ascensão.

“In memoriam de Jan Masaryk, ministro tcheco defenestrado em 1948.”

(*) - Com autorização do autor

25 de abr. de 2006

O zen-nadismo - por Liliana Pinheiro

“Lulinha paz e amor” fazia sentido. Era preciso apagar o estigma de homem hostil do ex-metalúrgico. Mas para que serve “Alckmin zen”?

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Não sei se estamos mais ferrados com os Petistas ou com os Pessedebistas.

Deixando a esperança do lado de fora - por Reinaldo Azevedo

A eventual reeleição de Lula e a possível eleição de membros da “quadrilha” apontada pelo procurador-geral põem o Brasil num patamar inferior aos tempos da ditadura. Naquele caso, até os ditadores sabiam que se vivia um período de exceção. O PT quer que seu modo de fazer política seja a regra. Nós, os brasileiros, por ora, aceitamos. Então é porque merecemos.

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O JOGO ESTÁ COMEÇANDO! – por Adriana Vandoni

Na década de 70 iniciou no Brasil um movimento que se opunha aos latifúndios. Naquele período de fato existiam latifúndios “improdutivos” no país, o que dava legitimidade ao movimento. Era composto por agricultores que se juntaram ao norte do RS. Essa foi a largada para a criação do MST, que ocorreu por volta de 1985, após a fundação do PT, que apoiou o movimento. De lá pra cá, além de contar com o indispensável apoio e orientação da Pastoral da Terra, o movimento recebeu recursos do exterior e inclusive do governo brasileiro. Hoje possui mais de 1.800 escolas onde são doutrinados mais de 160.000 alunos. Aderiu à globalização e se tornou uma multinacional. Aliou-se à La Vía Campesina, um movimento que coordena ações de invasão a propriedades rurais e agora a empresas privadas ligadas ao agronegócio, em 56 países. Ou seja, é uma globalizada multinacional.

O MST serviu de modelo para o projeto de reforma agrária da Venezuela e estreitou consideravelmente suas relações com Hugo Chávez que, através de uma parceria com o MST e a Frente Nacional Campesino Ezequiel Zamora (FNCEZ), criou em dezembro de 2004, a Escola de Formação Campesina Terra e Homens Livres, na Venezuela, com o objetivo de "fortalecer a organização do movimento campesino através da formação dos seus líderes".

A partir disso o movimento tem mudado sua concepção e seu modus operandi. Aliás, essa aproximação faz parte dos planos de Chávez, como bem escreveu Fernando Moraes em 2004 sobre a vitória chavista no referendo: “Com esse resultado, a revolução bolivariana comandada por Chávez entra em uma nova fase”. O delirante escritor paquistanês Tariq Ali disse que a oitava vitória de Chávez deveria servir de “lição para Lula e Kirchner”. Quem é Tariq Ali? É um “pensador” de idéias antidemocráticas que prega a radicalização como forma de independência e acha que o Brasil precisa ser salvo do capitalismo e do neoliberalismo maléficos. Para isso, segundo Ali, o Brasil precisa aprender com a Venezuela.

Pois sim! Um mundo melhor é possível, mas entre morar na "socialista" Caracas ou na "capitalista" Londres, adivinhe onde ele mora? Porque esse “pensador” não muda então para a Coréia do Norte? Lá viveria na prática seu ideal de sociedade.

Chávez tem urgência em consolidar a integração latino-americana para desencadear sua sui generis revolução bolivariana contra os norte-americanos. Aliás, para isso ele comprou cem mil rifles russos para armar seu povo contra uma delirante invasão americana. Armar seu povo !? Deve ter sido essa urgência que levou João Paulo Rodrigues (líder do MST em SP) a anunciar, logo após a vinda de Chávez ao Brasil, que o próximo passo do MST será articular ocupações urbanas. A intenção é unir as organizações do campo e das cidades e assim “fazer uma revolução no país”. É a urgência de Hugo. Seu mandato vai até janeiro de 2007 quando terão novas eleições na Venezuela. Hugo, que pode até ser louco, mas não é bobo, tem consciência de que precisa do Brasil para implantar seu projeto de integração. Do Brasil e de Lula. Mesmo não concordando com a política econômica adotada por seu amigo, como declarou, sabe que com Lula fora do governo ele e seu braço brasileiro não terão a mobilidade para agirem que só este governo frouxo permite. Qual outro governo seria tão complacente com ações ilegais e violentas como as cometidas pelo MST e a Via Campesina?

Aliás, não é só Chávez que vê Lula como útil. João Felício, presidente da CUT, disse em entrevista a Folha de SP que diante da ameaça de impeachment: “Não vamos [CUT, MST e UNE] aceitar isso pacificamente. Não seremos meros expectadores de ações golpistas, udenistas ou qualquer nome que se queira dar”. Apesar de serem contra a política econômica, João Felício (em nome das organizações) declarou: “Somos contra, por exemplo, o superávit fiscal do governo Lula. Mas achamos que, para chegar aonde a gente quer, o Lula é o mais adequado”...”O Lula, para o que a gente quer, é melhor do que o FHC ou o (Geraldo) Alckmin”.

Parece que a sina de Lula é servir a interesses que ele nem consegue entender quais são. Foi dessa forma, forjando a verdade, que ele foi transformado de líder sindical a presidente do PT, depois a Presidente do Brasil e dessa forma poderá permanecer. Nino, editor do blog Minuto Político classificou José Dirceu de “El Cagón Falsário”. Baseada nessa definição, digo então que Lula é “El cagón maquinado por el cagón falsário”.

Com autorização da Adrina Vandoni Curvo. Visitem o Argumento & Prosa
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Verena disse...
E você já decidiu se apoiará uma ditadura vermelha ou uma ditadura militar???
E ainda há elementos para atacar a ditadura militar. Se os militares realmente tivessem sido DUROS, hoje estas quadrilhas polítiqueiras e 'sociais' criminosas não existiriam. Parece que não fizeram um servico bem feito, que pena... Agora, resta-nos resar para que deus os convenca a reagirem outra vez quando a hora chegar porque é só questão de tempo, pode ser alguns meses, alguns anos, mas com certeza esta quadrilha não parará por aí ainda mais agora que até já tem o braco armado e forte do MST. E o MST já anunciou a revolucão no campo e na CIDADE para 2007 e Chavez já declarou q Stédile é seu homem forte no Brasil!!!
O Estado Democrático de Direito está em estado terminal, meus caros, e não há volta e o único caminho será a luta armada outra vez para por ordem na casa com os militares ou a Nacão ser exterminada pelos vermelhos, com um agravante, os vermelhos hoje estão mais armados e contam com o apoio dos 'politicamente corretos', destas famigeradas ong's de 'direitos humanos' esquerdistas internacionais e de Chaves, Fidel, FARC e toda uma raca de criminosos.
Estão subestimando estas quadrilhas e suas intencões. Realmente, o problema é o que escondem...

UM DIA... - por Glauco Fonseca

...Vieram e quebraram o sigilo bancário de um vizinho caseiro. Como eu moro em apartamento, não sou caseiro e nem tampouco tenho um caseiro não me importei. Ninguém foi demitido do banco onde o crime foi cometido, mas não me importei. Afinal de contas, nem conta eu tenho lá.

Outro dia, um presidente boliviano levou a minha estatal que estava lá no país dele. Eu não dei bola, porque afinal de contas meu carro é a álcool.

No outro dia, veio um presidente venezuelano num estado vizinho ao meu tramar, nas minhas barbas, a tomada do poder com um dirigente de um movimento dos sem terra. Eu, que não sou fazendeiro e não planto nem bananeira, não dei importância e nada fiz a respeito.

Aí um dia veio o presidente do meu país tentar subjugar os jornalistas que eu leio, os articulistas da revista que eu assino e os caras que escrevem nos blogs , portais e sites que eu visito, através de uma “entidade”. Eu novamente achei que o problema não era comigo, pois nem jornalista eu sou.

Dia desses, tentaram levar o revólver do meu vizinho da frente. Eu, que tenho pavor mesmo é de bandido, mesmo assim, me restringi a votar “não”, correndo o risco de ficar totalmente à mercê de todos os tipos de bandidos, quadrilhas e bandos que hoje se proliferam no Brasil.

Aí apareceram uns sujeitos com cara e sobrenome oriental. Um deles participou de prejuízos ao fundo de pensão de meu vizinho próximo. O outro, é presidente de uma entidade que recolhe dinheiro compulsório de um outro vizinho. Um dos “japas” foi indiciado e o outro é alvo de investigações que ainda nem começaram direito. Como eu não tenho dinheiro investido em fundo de pensão nem tampouco sou microempresário, deixei pra lá e nada fiz.

Assim, mês a mês, sucessivamente, vizinhos meus foram levados no bico, um a um. Num sábado, apareceram várias pessoas com bandeiras vermelhas com estrelas amarelas, pedindo votos. Desta vez, nenhum vizinho foi levado no papo. Nenhum vizinho colocou a bandeira na janela, nenhum vizinho colou o adesivo, vestiu a camiseta e o boné. Novamente, achei que o assunto não era comigo, pois jamais votei no partido dos trabalhadores.

Aí eles acharam que o eleitor era amnésico, que roubar era comum, que cassar estava fora de moda, que o que era público era mais deles do que meu. Aí eu fiquei preocupado.

Eu escrevo todo dia, eu discuto todo dia, eu informo a todos, sempre que posso, sobre o que está acontecendo no Brasil. Hoje eu descobri que o problema é, sim, todo meu.

Eu e meus vizinhos não levamos mais desaforo pra casa.

20 de abr. de 2006

“Rouba, mas distribui renda”

Esse parece ser o novo mote de certo jornalismo, que antes censurava acerbamente o “rouba, mas faz”. Reparem que, nesse caso, haveria certa inflexão ideológica. E falo também do cotó do mindinho de Lula metido na otorréia (santo Deus!).

Clique aqui para ler esse e outros. Excelentes"

ATROCIDADES JURÍDICAS - por Adriana Vandoni

Este governo há de entrar para a história como o período onde mais atrocidades jurídicas foram cometidas. O sistêmico desrespeito à Constituição Federal nos faz questionar quais razões levam o Brasil a manter um Ministério da Justiça. Nem me refiro mais ao esquema de corrupção montado pelo governo, mas à séria e preocupante complacência que o Poder Público vem demonstrando diante de aberrações que podem nos levar a uma guerra civil, a uma luta de classes. O Poder Público e os Ministros fantoches deste governo delinqüente estão tratando com descaso a formação e consolidação de um movimento armado, treinado, para o qual não existem fronteiras. Estou me referindo ao nascituro de uma guerrilha rural que já está atuando no interior do Brasil...

Leiam o texto completo no Diego Casagrande

Visitem o Blog da Adrina Vandoni Curvo, o Argumento

Os Parasitas e a Decadência Moral - por Rodrigo Constantino

“Se alguns homens têm por direito os produtos do trabalho de outros, isso significa que esses outros estão desprovidos de direitos e condenados ao trabalho escravo.” (Ayn Rand)

Mataram a meritocracia. Assassinaram o individualismo. Vivemos em tempos de grave corrosão moral da sociedade. São anos e anos de pregação coletivista, colocando o vago “bem comum” acima das realizações individuais. A lavagem cerebral faz com que condenem o sucesso alheio, a obra de indivíduos realmente capazes, que possibilitam um mundo melhor para a humanidade. Os empresários, os inventores, os empreendedores - todos esses passam a ser vistos como “egoístas” gananciosos, enquanto políticos e burocratas posam de nobres altruístas. Sempre com o esforço alheio, claro. Vivemos uma completa inversão de valores.

Tamanha poluição moral faz com que os benefícios da trajetória política compensem, enquanto que os riscos da iniciativa privada acabam inibindo o espírito empreendedor. Tantos privilégios, tantas regalias pavimentam uma estrada podre, onde a via política é mais atraente que a via econômica, das trocas voluntárias no livre mercado. Os agentes do setor privado são transformados em escravos, hospedeiros que entregam quase metade do que ganham para o governo e ainda são reféns da poderosa burocracia. Ser parasita rende bons frutos aqui. Muitos passam a desejar o carimbo do poder, o controle sobre os que realmente produzem e criam riquezas.

Quais os exemplos de heróis da juventude? Seria um Michael Dell, sujeito que do nada construiu um império por ter oferecido valor aos seus consumidores? Seria Sam Walton, que veio da miséria para criar a maior varejista do mundo, que emprega mais de um milhão de pessoas? Ou seria Che Guevara, um guerrilheiro assassino que só fez destruir coisas em sua vida?

Quando penso nesse desvirtuamento total, me vem à cabeça a figura de um Lindberg Farias. Não é nada pessoal. Ele apenas representa um símbolo dessa completa decadência moral. A trajetória do atual prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, demonstra bem o que quero dizer. Cursou direito em Brasília e na PUC carioca, faculdade para poucos do ponto de vista financeiro. Não completou nenhum dos dois cursos. Diferente de Dell, entretanto, não saiu para empreender e criar algo de valor para os consumidores, mas sim para incitar greves e pregar bravatas. Foi presidente da UNE, movimento formado basicamente por estudantes baderneiros, muitos admiradores do regime assassino comunista. Virou líder popular ao comandar os ‘cara-pintadas’ no processo de impeachment de Collor. Depois foi eleito deputado federal, transitando entre partidos como o PCdoB, PSTU e PT. Algo que vai do sonho soviético até o “mensalão”. Finalmente, chegou à prefeitura de Nova Iguaçu pelo PT, recebendo um bom salário e desfrutando de todas as vantagens que os políticos costumam se auto-conceder. Vive no conforto, pregando contra o conforto dos outros.

Qual a mensagem que sua história passa para os mais jovens? Defronte a duas opções, entre trabalhar duro, estudar muito, assumir riscos e disputar vagas no mercado competitivo, ou pintar a cara, gritar chavões sensacionalistas, distribuir panfletos comunistas, incitar greves e jogar pedras em engravatados, os jovens acabam tendo como exemplo de sucesso o segundo caminho. A própria sociedade enaltece a figura do jovem político que luta pela “justiça social”, enquanto chama o empresário de explorador. Mesmo que no combate contra a “desigualdade” este político aumente ainda mais a desigualdade, com seus elevados salários extraídos na marra dos pagadores de impostos, enquanto que os empresários ganham apenas quando satisfazem seus consumidores. Brasília tem, de longe, a maior renda per capita do país. Graças ao combate dos políticos contra a desigualdade.

Essa depravação de valores se alastra para todos os setores. Em vez de trabalhar duro, tentar aprender novas técnicas e aumentar sua produtividade, o “lavrador” se associa ao criminoso MST, invade algumas terras produtivas, acaba com um laboratório de pesquisas e ainda recebe infindáveis verbas do próprio governo, que deveria prender tais bandidos. O crime compensa. A baderna rende frutos no país sem lei e deturpado moralmente.

As coisas começarão a melhorar quando as pessoas entenderem que o indivíduo é um fim em si, não algo sacrificável pelo “bem coletivo”. Quando aceitarem que indivíduos que criam riqueza no livre mercado merecem respeito e admiração, não o seqüestro de seus bens em nome da “igualdade”. Quando os heróis da juventude forem pessoas como Dell ou Sam Walton, não Che Guevara ou Lindberg Farias. Somente assim os indivíduos empreendedores estarão livres para criar riquezas, gerar prosperidade, sem o peso excessivo de tantos parasitas, cuja existência é possível pela enorme decadência moral da sociedade.

Com autorização do autor
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19 de abr. de 2006

ESTADO DE DIREITO? – por Plínio Zabeu

Provavelmente o próximo ministro a ser demitido será o da Agricultura, Roberto Rodrigues que teve a “petulância” de, em pleno governo petista, condenar as terríveis ações do grupo criminoso conhecido por MST. Ele usou a definição de “ação de vândalos” para as invasões, saques depredações, destruição de plantações, quebra-quebra geral. E ele disse tudo isso na abertura do 3º. Congresso Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável para a Indústria de Base Florestal e de geração de Energia (Ufa!!, parecia não terminar nunca...). Nome pomposo para mais uma daquelas reuniões sem nenhum resultado. E o tal “movimento social” – que de há muito não é nada disso – se declarou com direito de destruir tudo, causando prejuízos enormes porque quer comemorar os mortos de Eldorado de Carajás. E o pior de tudo é que o governo, a partir do presidente, dá todo apoio a tais vândalos. Por que eles são impunes? Um deles, condenado a prisão por porte ilegal de arma e outros crimes, atua livremente, na cara de todo mundo. Querem mais alguns mortos, provavelmente. Como eles adorariam um cadáver produzido por tais atos criminosos... Esperamos algo com ética e moral, melhora das condições de vida. Entretanto faz-se necessário, acima de tudo, que vivamos um Estado de Direito, que não temos no governo atual. E se acontecer a reeleição? Aí nunca mais. Os “absolvidos” voltarão aos mesmos postos.

Estado de Direito pressupõe direitos iguais para todos os brasileiros. Poderes independentes para fortalecer a Democracia. Cumprimento de leis, condenação de culpados – particularmente aqueles que se apropriam ou desviam para companheiros dinheiro público – claramente sem deixar nenhuma dúvida. Isso não temos, o leitor deve saber muito bem, desde que bem informado.

O novo ministro do STF – ora empossado, Deus o conserve – acaba de fazer sua primeira declaração pública: “Juiz não pode julgar temas partidários”. Capacidade, conhecimento experiência não lhe faltam. Enrique Ricardo Lewandowski (não confundir, como uma alta autoridade bastante conhecida por suas gafes concluiu que o homem “É bom porque está sempre levando uísque”), entende que o Poder Judiciário vem sendo usado pelo Governo para bloquear investigações, livrar culpados, via hábeas corpus preventivo etc...

De modo que, se o novel ministro conseguir passar aos demais tal assertiva, quem sabe agora teremos a real independência entre poderes. Alguma coisa já poderia melhorar.

No Blog Argumento & Prosa, da Adrina Vandoni

18 de abr. de 2006

O VÔO DE GALINHA DO TUCANO ALCKMIN - por Paulo Moura, cientista político

Com a definição de Alckmin como candidato do PSDB à Presidência da República, criou-se a expectativa de que sua candidatura receberia um impulso inicial que apareceria nas pesquisas publicadas em seguida. Essa expectativa não vem se confirmando conforme o esperado, ainda que não se cultivasse a ilusão de que o peessedebista pudesse alcançar rapidamente os índices que Serra ostentava quando era cogitado como presidenciável. Alckmin cresceu, mas ainda não decolou. Sequer conseguiu atrair para si, parcela expressiva das manifestações de intenção de voto do eleitor que estava com Serra, e que, portanto, não deve votar em Lula.

Leia o texto completo no Diego Casagrande

A LUTA DE TIRADENTES - por Rodrigo Constantino

"A punição que os bons sofrem, quando se recusam a agir, é viver sob o governo dos maus." (Platão)

No dia 21 de Abril é celebrado o feriado de Tiradentes. Joaquim José da Silva Xavier transformou-se em mártir devido ao seu enforcamento em 1792 por causa da sua participação na Inconfidência Mineira, movimento de independência inspirado na revolução americana de 1776. O atual momento brasileiro é oportuno para refletirmos sobre a lição de Tiradentes.

Entre as principais causas internas da tentativa separatista, está o declínio da produção de ouro em Minas Gerais. Estava cada vez mais penoso atender às exigências impostas pela coroa portuguesa, que para piorar a situação, aumentou os impostos através da chamada “derrama”. Tal como nos Estados Unidos, onde o aumento de impostos pela metrópole britânica foi insuportável e levou à posterior independência da colônia, a medida portuguesa incitou a revolta popular no Brasil. Tiradentes era um dos ícones deste grito pela liberdade de uma colônia cansada de ser explorada. Infelizmente, o desfecho aqui não foi similar ao americano.

A Inconfidência Mineira foi desmantelada antes mesmo de mostrar suas garras. Informantes delataram os planos dos rebeldes para o governo, levando à prisão alguns conspiradores. Tiradentes foi julgado e condenado à forca. Chegava ao fim a luta pela liberdade, que mal começara.

Em A Marcha da Insensatez, a historiadora Barbara Tuchman descreve inúmeros casos de abusos das autoridades, sedentas por mais poder, que levaram a conseqüências catastróficas. A reação popular por conta de aumento de impostos não é algo novo. Roboão, rei de Israel, sucedeu a seu pai Salomão em 930 a.C. As dez tribos do norte se relatavam descontentes com as pesadas taxações impostas já no tempo do rei Salomão. Roboão foi procurado por uma delegação que solicitou o abrandamento da ríspida servidão imposta, dizendo que, em troca, haveriam de servi-lo como súditos fiéis. Roboão não aceitou a proposta, endurecendo ainda mais com as tribos. Estava declarada a guerra. As lutas prolongadas enfraqueceram os dois Estados, encorajando regiões vassalas conquistadas por Davi a reconquistar sua independência, além de abrir caminho para a invasão dos egípcios. As tribos jamais se reunificaram, acabando sob o domínio dos assírios, em 722 a.C. A insensatez de um governante, alimentada pela ganância por mais extorsão, abriu uma cicatriz de 2.800 anos no povo judeu.

O feriado de Tiradentes poderia estimular uma reflexão maior por parte do povo brasileiro. A passividade de um povo aturdido com tanta falta de vergonha por parte dos donos do poder, que avançam cada vez mais com sua volúpia para cima das liberdades individuais, é inadmissível. Brasília concentra um poder hoje que faria a coroa portuguesa morrer de inveja. Decisões sobre os mínimos detalhes individuais são tomadas de forma centralizada. A corrupção é tremenda, alimentada pela hipertrofia estatal e pela impunidade. Os abusos dos políticos que controlam este Estado inchado transformam, na prática, cidadãos em súditos. Entretanto, tais escravos não só aceitam passivamente tamanha exploração, como votam em partidos que pregam o aumento deste indecente poder estatal. Tiradentes deve estar se revirando no túmulo, por ter seu nome associado a uma data de comemoração em um país que vai na contramão do que ele desejava.

Não custa lembrar que a tal “derrama” jogou os impostos para um quinto do ouro produzido. Atualmente, o governo toma na marra quase 40% de tudo que é produzido. Nem mesmo o dobro da carga, ainda por cima utilizada para o “mensalão” de Ali Babá e seus quarenta ladrões, gera revolta. Pelo contrário. O povo mantém em alta a aprovação do presidente responsável por este seqüestro dos bens privados.

Dizem que cada povo tem o governo que merece. Mas o povo é formado por muitos indivíduos. Alguns são vítimas dessa escolha popular. Tiradentes sem dúvida não merecia o governo que tinha, e lutou para mudá-lo. A pergunta então é: será que esse povo que coloca no poder um corrupto defensor de mais Estado merece celebrar um feriado em homenagem a Tiradentes? Aguardemos a resposta nas próximas eleições.

Com autorização do autor

UMA GAIOLA DOURADA - por Ralph J. Hofmann

Consta que nosso Chefe de Estado Lula deseja convocar outra vaquinha de empresários para providenciar a recuperação de mais um dos prédios arquitetonicamente importantes de Brasília.

Seja qual for tal prédio, estou aqui alertando os Srs. Jorge Gerdau e amigos que há uma obra urgente, muito mais urgente, que os mesmos poderiam e deveriam patrocinar para o bem do país e o progresso futuro do mesmo. Creio piamente que esta obra desencadearia toda uma maré de bem estar e progresso para o país. Seria um verdadeiro divisor de águas.

Essa obra é um presídio de segurança máxima com alto nível de comodidade. Essa prisão seria para prisioneiros não-reincidentes condenados por crimes de colarinho branco, ou prisioneiros condenados por crimes cometidos enquanto ocupantes de cargos de confiança a nível federal, estadual ou municipal. Trata-se de um conjunto de edificações com bloqueadores de sinais de celular inclusive via satélite, cujos computadores não tenham acesso a redes externas, com amplas bibliotecas, cursos de aperfeiçoamento, capela ecumênica, quadras de tênis, basquete, futebol de salão e suíço, lavanderias modernas, catres de boa qualidade, uniformes claramente marcados como sendo de apenados, contudo de boa qualidade, uma biblioteca que inclua as principais publicações semanais do país. Quando da condenação destes prisioneiros seria incluída uma multa que cobrisse o custo da manutenção nessa instituição, digamos, apenas para fins de referência, do nível de R$ 100,00 por dia. Um apenado condenado a 5 anos teria de efetuar o depósito de cerca de R$ 20.000,00 quando de seu ingresso, para cobrir sua manutenção. Haveria cursos obrigatórios de moral e cívica assim como de reeducação para o patriotismo, de pelo menos 18 horas semanais que seriam ministrados por bons professores por rede TV. Esses cursos implicariam em provas baseado em leituras obrigatórias, entre as quais obras como as de Hélio Jaguaribe e Millor Fernandes. O custo destes cursos seria pago pelos próprios apenados à base de R$ 5.000,00 ao ano pagáveis com empréstimos estudantis a pagar após o cumprimento de pena, porém com assinatura de promissórias.

A criação de penitenciárias modelo nestes moldes, conhecidas nos Estados Unidos por “Country Club Prisons”, devido ao coração mole da maioria dos jurados brasileiros. O jurado brasileiro fica com peninha do malfeitor. Vê aquele sujeito de cara lavada, parecido com um tio bem-amado e temeroso de enfiá-lo no xadrez comum, desumano e perigoso, no meio de estupradores, degoladores e outros facínoras acaba absolvendo-o ou condenando-o a uma pena que de forma alguma serve de lição aos que não foram pegos ainda.


Será muito melhor para o futuro do país que haja condenações por muitos anos, sem sursis imediato, com uma redução dos descontos por bom comportamento ou serviços espúrios, do que enviar uma mensagem de pouco pulso às pessoas que estarão ingressando na política ou que vierem a ocupar cargos de confiança nos anos futuros.

Além disto, se estes apenados forem misturados com a população geral das prisões, assim como no passado os prisioneiros políticos ensinaram aos bandidos comuns como se organizar em quadrilhas mais eficazes, como o “Comando Vermelho”, desta vez poderão instruir os bandidos nas finas artes dos crimes de colarinho branco, assim queimando etapas no aculturamento do banditismo nacional.

Cinco anos de condenação, bem cumpridos numa prisão rigorosa, mas decente, farão mais pela redução do custo-Brasil do que meses de prisão num poleiro de uma das atuais prisões. Outrossim, seria um modelo para a melhoria futura das prisões normais deste país.

Ante a situação atual e o ânimo do país, creio que a aprovação de leis que permitam instituir tais prisões possa ser aprovada pelo congresso a toque de caixa, ante o grande número de candidatos a celas nas mesmas que se encontra ocupando cargos eletivos, e que possivelmente não se reelegerá. .

Possivelmente as companhias de seguros possam vender apólices para cobrir os custos de internação dos mesmos, caso condenados em algum momento.

Em tempo. Deverão ser especificados colchões e roupas de cama com material retardante a chamas.

Com autorização do autor

16 de abr. de 2006

Não seja um canalha: jamais esteja 100% certo - por Reinaldo Azevedo

Há uma perspectiva nesse escândalo todo protagonizado pelo PT que não foi até agora observada e que, entendo, é, de todas, a mais preocupante: o sistema político que temos se mostrou absolutamente poroso ao tipo de invasão que o petismo promoveu. Estava e está despreparado para se proteger dessa forma de assalto à legalidade e à institucionalidade. Já se escreveu aqui e se vai repetir quantas vezes for necessário fazê-lo: não fossem as duas entrevistas de Roberto Jefferson a Renata Lo Prete, a crítica ao caráter autoritário do partido e à sua visão de mundo totalitária estaria restrita a alguns articulistas, a alguns círculos e a alguns veículos — este Primeira Leitura entre eles. Mas não teria chegado à grande imprensa com certeza. Embora este site tenha tido em março 2,2 milhões de page views e se possa amá-lo ou odiá-lo, mas não ignorá-lo, é certo que sua influência é mais forte num nicho de pensamento e do leitorado: o dos muito informados.

Lembro-me de que, nos dias que se seguiram à primeira entrevista, alguns coleguinhas jornalistas torceram o nariz: “Esse Jefferson não é de confiança”. Não duvido que muitos, se lhes fosse dado escolher, talvez tivessem até amoitado a entrevista. Devemos uma boa fatia da história que conhecemos à jornalista. Mas, é claro, a natureza do PT, mesmo sem o conhecimento daqueles casos escabrosos, já tinha sido abordada. E a reação era sempre a mesma: incredulidade, desconfiança e até um certo rancor, este também derivado da óbvia simpatia de boa parte dos jornalistas, ainda hoje, pelo partido. É um mal que carregam da universidade, onde praticamente só têm aulas com professores de esquerda (em nome da pluralidade, é claro!), para as redações. Até que se livrem da canga, vai um certo tempo.

Mesmo entre intelectuais e políticos que não gostam do PT, a crítica mais severa ao partido, precisamente aquela voltada para sua concepção totalitária, era repudiada. Encontrei em epígrafe no excelente The Captive Mind, de Czeslaw Milosz, um ditado atribuído a um velho judeu da Galícia: “Quando alguém está 55% certo, isso é muito bom e não há discussão. Se alguém está 60% certo, isso é maravilhoso, é uma grande sorte, ele que agradeça a Deus. Mas o que dizer sobre alguém estar 75% certo? Os prudentes já acham isso suspeito. Bem, e sobre estar 100% certo? Quem quer que diga que está 100% é um fanático, um facínora, o pior tipo de velhaco”.

O texto, claro, deve ser entendido na sua vertente irônica. Vivemos dias em que só a morte da convicção sobrevive, em que ter certezas é considerado um ato arrogante, quase criminoso. Para defender a democracia, é preciso antes relativizar a sua universalidade, quase pedindo desculpas por achar, vejam só, que é mesmo um modo superior e melhor de organizar a sociedade. Para apontar o caráter regressivo do islamismo, é preciso acertar as contas com o colonialismo europeu dos séculos 19 e 20; para censurar os ataques terroristas de palestinos, diga, antes, que você, obviamente, defende um Estado autônomo e a saída de Israel da Cisjordânia — reconhecendo, então, como um estúpido óbvio, que o terror é uma forma legítima de luta. Vale dizer: demonstre que você está, no máximo, 60% convicto de suas idéias. Não seja jamais um canalha, um velhaco: duvide sempre de si mesmo, não por método, mas porque a certeza ofende. Se debaterem eutanásia e você for contra, jamais diga de cara: “Sou contra”. Comece por buscar circunstâncias e situações em que ela seria admissível. Em suma, a regra é negar-se para ser aceito.

Por que se escreve isso aqui? Você tem idéia, leitor, de quantas foram as vezes em que acusaram o nosso fanatismo e o nosso “antipetismo”? E sempre o fizeram justamente quando apontávamos, ainda sem ver e sem saber, o que o procurador-geral da República apontou porque viu e soube? A explicação foi dada aqui há dois dias: não existe ato criminoso se não existe uma idéia criminosa que lhe dê suporte. Ah, mas se criticava o nosso radicalismo, essa mania de, em muitos casos e temas, demonstrarmos não 55%, não 60%, nem mesmo os suspeitos 75%, mas os insuportáveis 100% de convicção. Se fôssemos ao menos mais humildes...

Porque muitos consideravam que o “petismo” era uma categoria de pensamento, achavam que o nosso suposto “antipetismo” era uma profissão. Não era. Não é. O PT é que é, isto sim, a manifestação mais saliente, importante e organizada para tentar dar um by pass na democracia. Isso estava e está em sua história, em sua visão de mundo, na descarada adoção do presente eterno como seu único norte ético. O truque retórico sempre foi o mais sujo possível. Quando se escrevia aqui que Lula se orgulhava (e se orgulha) de sua ignorância, então exercíamos preconceito de classe, como se o dito-cujo fosse “a” classe. Hoje, quando se fala em “organização criminosa”, alguns vêem uma forma de macarthismo — porque, claro, só se pode criticar o PT se você exerce alguma forma de intolerância.

Um monte de gente caiu e cai nessa conversa, especialmente na imprensa. Alguns, tentando reinventar o passado, dizem até que havia um enorme preconceito contra Lula e, na verdade, não é que defendessem a sua candidatura: combatiam era aquela má consciência. Que preconceito? Criticar em 1989, 1994 ou 1998 um partido que se dizia socialista e que defendia a “ruptura” com “a ordem vigente” (qual?) era preconceito ou sensatez? Claro, tudo dependia do entendimento que se tivesse da democracia.

Volto ao ponto. Continuo interessado em saber como é que podemos tornar a democracia brasileira impermeável à sanha dos que querem assaltá-la. Esse é o debate que me interessa.

Visitem o Primeira Leitura

15 de abr. de 2006

Primeira Leitura - Liliana Pinheiro e Reinaldo Azevedo

Quem vai apertar o próximo botão?
Não se fala da cassação do PT. É cedo. As instituições não são rápidas para apertar botões da democracia como foi o PT no comando da própria história. Por Liliana Pinheiro

Sobre democracias, ditaduras e totalitarismo
O petismo enxovalhou de tal sorte as instituições que Lula, num eventual 2º mandato, não teria a que apelar a não ser à mímica estúpida da luta de classes. Por Reinaldo Azevedo


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Itamar? Toc, toc, toc...
Eu jamais aceitaria para meu vice Itamar ou Sarney. Não dá sorte, hehe. Afinal, para que mesmo serve o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência? Por Reinaldo Azevedo

11 de abr. de 2006

Odete Roitman, Maria de Fátima, Laura Prudente, Nazareth e Suzane

O que se viu no Fantástico foi o choque entre atores stanislavskianos de quinta categoria e brechtianos interessados em provar que era tudo representação. A novidade, então, talvez para a própria equipe do Fantástico, é que ela também representava.
Por Reinaldo Azevedo no Primeira Leitura

Farei um texto em que, tenho certeza, serei voz quase isolada. É do jogo. Às vezes, corintiano, estou com a maioria. O mais comum é ficar entre poucos. Alguns acham que é por exibicionismo. Se for, é uma doença que só pode fazer mal a mim mesmo. É bom estar com a maioria se você não se sente moralmente obrigado a estar em outro lugar. Eu não sei — o direito brasileiro deve saber — o que Suzane von Richthofen, que participou do assassinato dos pais, fazia fora da cadeia. A lei lhe facultava que, tendo feito o que fez, vivesse como eu e você, leitor amigo (ou até melhor). Esperava julgamento.

Não houve uma só circunstância que atenuasse seu ato brutal. Mas estava na rua. Alguns poetastros do direito brasileiro acham um absurdo que a pena seja um castigo. Eles querem “ressocializar” o preso. Pode ser esse o núcleo humanista da pena. Mas, à sociedade, o que interessa é reprimir o crime e coibir a besta que há em nós. O que evita a barbárie é a certeza da punição. E o que a açula é a impunidade. Simples assim. E isso não implica que se ignorem nem digo “os direitos”, mas as condições humanamente aceitáveis do recluso. A desgraça é que o Estado brasileiro não consegue controlar os presídios. Só serve para perseguir caseiros incômodos.

Por mim, Suzane passaria 30 anos na cadeia refletindo sobre seus atos. Eu não dou a menor bola para a sua ressocialização. Os assassinos que se danem. Não têm de estar entre nós. Eu não dormiria, com a porta do quarto aberta, numa casa em que ela morasse. Duvido que o juiz que a soltou fizesse a mesma coisa. Ou os que respondem pela lei que lhe permitiu deixar a prisão. Até aqui, creio, há uma razoável maioria comigo. Agora começarei a me distanciar.

Achei lamentável a “entrevista-reportagem” do Fantástico.

No Estado de Direito, caseiros inocentes ou culpados — ATENÇÃO: INOCENTES OU CULPADOS — só podem ter seu sigilo bancário quebrado com ordem judicial. No Estado de Direito, um advogado, por mais canalha e vigarista que seja (que, então, sua canalhice e vigarice sejam punidas quando houver oportunidade), tem o direito de passar instruções em sigilo a seus clientes. A desmontagem da farsa, com auxílio de microfones, não me parece eticamente aceitável. Sem contar que, no caso da reportagem do Fantástico, era desnecessária. A uma farsa se somou, então, o roteiro de uma novela, em que a lourinha má era, finalmente, desmascarada: Laura Prudente da Costa (Cláudia Abreu) tomava, enfim, uma surra de Maria Clara Diniz (Malu Mader).

Os advogados da garota, um deles apresentado como tutor, são, sem dúvida, patéticos; Suzane não passaria num teste para Malhação (mas também não está assim tão longe do desempenho médio...); toda a sua mímica do arrependimento compungido escorregava na falsidade; as pantufinhas infantis, o Mickey na camiseta... O conjunto gritava: “Olhem a menina desprotegida, vítima de facínoras pobretões e aproveitadores”. O parricídio e o matricídio estão um pouco além da tolerância média mesmo de uma sociedade como a brasileira, em que a ética coletiva é das mais lassas e em que os indivíduos nunca são convidados a investigar a moral dos próprios atos. Tudo se mostrava escancaradamente inútil. A catarse, no fim das contas, era desnecessária.

Não deixa de ser um sintoma de dias pouco salubres que uma assassina dos próprios pais seja oferecida em holocausto para purgar as maldades do mundo quando um criminalista, investido das funções de ministro da Justiça, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, está em palpos de aranha. Quando menos, ele silenciou sobre uma operação que constituía não um crime de indivíduos contra indivíduos, mas um crime do Estado contra um cidadão. Márcio Thomaz Bastos, Antonio Palocci ou Luiz Inácio Lula da Silva resistiriam a microfones na lapela ou a uma conversa pessoal ouvida por terceiros?

Esse tipo de “investigação” e de “truque” para apontar as contradições de criminosos ou suspeitos, quero crer, têm de ser privativos dos mesmos entes públicos que detêm o monopólio do uso da violência — no caso, para assegurar a lei e a Constituição. O que se viu no Fantástico foi o choque entre atores stanislavskianos de quinta categoria e brechtianos interessados em provar que era tudo representação. A novidade, então, talvez para a própria equipe do Fantástico, é que ela também representava.

Suzane é assassina confessa, e nem isso tira dela o direito de se defender. A farsa que seus advogados montaram, como se viu, não era do interesse só da criminosa (aliás, o tiro saiu pela culatra), mas também da emissora. Ela queria piedade. O Fantástico queria Ibope. Até um ponto da trajetória, tratava-se de um acordo. Ambos se uniam. Do outro lado, a opinião pública.

Não é a primeira vez que isso se dá. Lembro do episódio envolvendo Clóvis Sahione, advogado de uma máfia de fiscais do INSS, no Rio. Ele foi flagrado pelo Jornal Nacional recomendando a um deles, Carlos Eduardo Pereira Ramos, que fizesse uma letra diferente na assinatura de um documento porque queria fazer dessa burla uma peça de sua defesa — acho que era por isso. Ora, que a Justiça não acatasse a safadeza. O que censurei à época foi o uso de uma câmera e de microfones para denunciar a sua instrução. Notem bem: aceito debater e acho “debatível” (se me permitem o neologismo) se há pessoas que, dada a natureza do seu crime, devem ou não ter direito à defesa e, portanto, a um advogado. Até que as regras vigentes forem as que estão aí, os dois episódios contribuíram muito para a sociedade do espetáculo e nada para a do direito.

Quantos de nós, jornalistas, aceitaríamos microfones ou câmeras secretas para descobrir, afinal, quem passou à revista Época o extrato da conta de Francenildo? Um jornalista tem mais direito ao sigilo da fonte, mesmo quando ele esconde um crime, do que um advogado na relação com o seu cliente, ainda que ele seja um escroque? Não são bandidos, muitas vezes, os que passam informações a jornalistas? Não era um criminoso aquele que passou o extrato do caseiro à revista? Nessas horas, costuma-se alegar o chamado “interesse público”.

Aceito o critério: não vejo nada que possa interessar mais ao público do que manter as regras do Estado de Direito, que inclui a liberdade de informar, e não o contrário. Esta está contida naquele, e não aquele nesta. Essa minha prosa nada tem a ver com a cascata do sr. Luiz Gushiken quando defendia um Conselho Federal de Jornalismo — de fato, o PT queria um órgão de censura. Ele argumentava que a liberdade de expressão não é um direito absoluto. Usava uma obviedade para defender uma causa ruim. Não estou dizendo que o Fantástico deveria ter sido censurado. Eu é que o estou censurando com a minha opinião, sempre contestável. Nada mais. A questão não é de regulação, mas de auto-regulação.

E tem mais: não estou inferindo que o Fantástico usou de má-fé. Acho que foi um momento de mau pensamento. Um momento de confusão entre o show e o jornalismo, o show e a vida. O show da nossa vidinha besta se degradou um pouco.

Os advogados que condenaram a conduta dos colegas de profissão no caso Suzane, a começar do presidente da OAB-SP, Roberto Busato, lamento dizer, se deixaram intimidar pela mídia e pelo clamor público. Que condenassem o teatro armado por seus colegas, vá lá. Que dissessem que aquele não era o melhor modo de defender uma cliente, ok. Mas não lhes cabia ceder àquele triste espetáculo.

Vivemos tempos um pouco brutos, quase sempre estúpidos. Primeiro absurdo: Suzane estava fora da cadeia. Segundo absurdo: a entrevista armada por seus advogados. Terceiro absurdo: a novelização da assassina (Nazareth e sua tesoura...). Quarto absurdo: ter sido decretada a sua prisão horas depois de a entrevista ter ido ao ar.

Caso se despreze o motivo essencial por que ela nunca deveria ter deixado a cadeia (matou duas pessoas), os motivos alegados para a volta à prisão são patéticos: representaria risco ao irmão (antes do Fantástico era diferente?) e estaria se preparando para fugir. Entendi: matar duas pessoas pode não ser motivo o bastante para ficar trancafiado, mas ai da assassina se for uma atriz desastrada! Olhem aqui: acho que essa moça está no lugar certo. E seria conveniente que lá estivesse pelos motivos que ela deu, não por aqueles que tiveram de ser pretextados para saciar a nossa sede canibal de justiça.

Pois bem, dito isso, volto ao ponto. Vimos, na verdade, uma guerra de narrativas e de roteiros. Havia a “produção” dos advogados e havia a “produção” do Fantástico. Venceram os profissionais, como se viu. Depois de Odete Roitman, de Maria de Fátima, de Laura Prudente da Costa, de Nazareth, chegou a vez de Suzane von Richthofen. A exemplo das outras, sua punição também é merecida, claro. Mas o direito, acho eu, dado o conjunto da obra, se degradou um pouco mais. Como disse certo delegado, “Pelo amor de Deus, estamos no Brasil”.

Márcio Thomaz Bastos não o deixa mentir. E nem precisa de microfones ou câmeras secretas.

Se candidato fosse Serra, cenário seria outro

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse nesta terça que a vantagem obtida pelo presidente Lula na pesquisa CNT-Sensus deriva do fato de que ele está competindo com alguém cujo nome ainda não se firmou como alternativa ao PT. Segundo o pefelista, se o candidato do PSDB fosse o ex-prefeito de São Paulo José Serra, o cenário seria diferente. “Como Serra disputou com Lula em 2002, já havia se caracterizado como uma alternativa ao PT. Alckmin ainda não conseguiu se caracterizar em grandes espaços. Por isso a diferença entre Alckmin e Lula ainda é tão acentuada”, avaliou o senador.

VIVA O “MEU” CORRUPTO - por Clóvis Rossi, na Folha

Deu domingo na coluna de Elio Gaspari, publicada nos dois maiores jornais do Brasil (Folha e "O Globo", respectivamente): "São muitas as coisas que Lula não sabe, mas "nosso guia" sabe que, se o sigilo bancário de Paulo Okamotto for aberto, sua candidatura à reeleição será um capítulo encerrado".

Em um país minimamente sério, teria acontecido alguma das seguintes reações -ou todas elas:

1 - O presidente da República iniciaria ação judicial contra o jornalista, dizendo-se indignado com "a injúria, difamação e calúnia" insinuadas na nota;

2 - O Ministério Público também teria tomado providências, na medida em que está recebendo uma, digamos, "notícia-crime" de gravidade suficiente para impedir a recandidatura do presidente da República;

3 - A oposição, o Congresso Nacional e as entidades da sociedade civil se teriam mobilizado para esclarecer os fatos, seja estabelecendo que a nota não tem o menor fundamento, seja pondo à luz do dia, como convém na democracia, o que esconde Paulo Okamotto.

Como o Brasil, definitivamente, não é nada sério, não se tinha notícia, até o meio da tarde de ontem, de qualquer uma dessas reações.

O que, de resto, combina com a natureza do eleitor brasileiro, que, como já foi dito neste mesmo espaço, "sublimou" a corrupção. Provas?

1 - Na pesquisa Datafolha publicada domingo, 83% dos pesquisados dizem que o presidente da República tem muita ou, ao menos, alguma responsabilidade pela corrupção em seu governo (que, de resto, 79% dizem que existe). Mas, no mínimo, 40% votarão nele.

Prova 2 - Em 1998, a percepção de corrupção no governo FHC era bem similar. Foi eleito no primeiro turno.

É a aplicação prática da tese do "todos fazem" (trambique). E é também o habeas corpus para que cada um vote no seu "corrupto" sem rubor.

Fonte: Diego Casagrande

Além da marca d’água - por José Alan Dias

Exceto pelas grandes companhias, aquelas que, em razão do próprio porte e por decisões estratégicas, atravessaram a década de 90 e início dos anos 2000 promovendo reformas em sua estrutura administrativa, equacionaram dívidas e aumentaram o investimento produtivo, o quadro geral do setor industrial brasileiro pode ser resumido da seguinte forma: assim como o investimento, a produtividade também é pró-cíclica. Se a economia cresce, o investimento cresce e a produtividade acompanha. Se a economia patina, investimento e produtividade patinam.

É um comportamento absolutamente racional, não fosse um detalhe: o ideal seria que, em períodos cíclicos, como neste ano, a produtividade crescesse em ritmo maior que a economia. Confirmadas as expectativas, a economia brasileira terá expansão de 3,5% — o Banco Central prevê um número maior, de 4%. A produtividade, no entanto, crescerá cerca de 2%, segundo estimativas do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Dessa forma, não deveria causar nenhuma estranheza a constatação, em uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de que entre 2000 e 2005 a produtividade da indústria brasileira acumulou ganho de apenas 3,4%, resultado que só perde para a segunda metade dos anos 1980. A constatação da CNI e do Iedi é que a produtividade não avança, deixando o país quase na rabeira entre 23 nações analisadas, porque o investimento também se mostra insuficiente às necessidades da indústria.

O Brasil é um grande desincentivo ao investimento produtivo. Se uma empresa tiver interesse em investir US$ 100 no país, na verdade precisará “separar” US$ 120, estima Júlio Sérgio Gomes de Almeida, diretor-executivo do Iedi, usando como base números da ONU e do Banco Mundial. Os US$ 20 se referem aos impostos, custos financeiros muito acima da média mundial e burocracia, que também custa muito. Nos EUA, para fazer o mesmo investimento de US$ 100, o empresário desembolsa, na realidade, apenas US$ 95 — os US$ 5 complementares são oferecidos pelo governo por meio de renúncia fiscal. No Chile, o custo desse mesmo hipotético investimento seria inferior a US$ 90.

As causas do baixo nível de investimento no país estão todas vinculadas ao conhecidíssimo e pouco combatido custo-Brasil. O governo fez algum esforço para amenizar a situação, como reduzir de dez para cinco anos o prazo de depreciação dos bens de capital, e de quatro para dois anos a devolução do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para máquinas e equipamentos. Parou por aí. A reforma tributária se resumiu a um arremedo.

As taxas de juros reais, sinalizou mais uma vez o presidente do BC nesta segunda-feira, não devem retroceder abaixo do piso de 10%. Uma taxa de juros real de 10% pode até estar dentro da histórica média brasileira, mas é colossal quando comparada ao resto do mundo.

Grandes empresas conseguem se posicionar no primeiro nível em tecnologia e maquinário porque não dependem de financiamento interno e conseguem superar o custo-Brasil com ganho em escala. Os setores intensivos em mão-de-obra tornam-se mais vulneráveis aos efeitos do câmbio, da carga tributária e dos juros. Como alertou a CNI, “se não recuperar o crescimento da produtividade, o Brasil pode perder mercado em setores como o de vestuário, calçados e produtos têxteis”. Se esses setores já penam para se manter acima da marca d’água, como pensar que possam aumentar substancialmente os investimentos?

Fonte: Primeira Leitura

Somos um país de Ladrões e Corruptos.

8 de abr. de 2006

Ciao, Márcio Thomaz Bastos! - por Reinaldo Azevedo

Deu tudo errado. O combinado era que o Sapo Barburdo seria transformado em Príncipe; em vez disso, um príncipe do direito se transformou num sapo. A politização da Justiça é uma tragédia para os países; a “judicialização” da política é sempre sinônimo de crise ética e moral.

Leia ainda, do mesmo autor, em Primeira Leitura:

7 de abr. de 2006

PSDB e Opus Dei

Ontem eu estava lendo o blog do Aluizio, ele colocou um texto sobre a Opus Dei, de dar medo, o pessoal.
Eu li aquilo tudo, me lembrei da " Santa Inquisição", dos Jesuitas, de Inácio de Loyola, que virou santo. O Inácio de Loyola, quando não estava fazendo inquisição das pessoas ricas e roubando tudo que elas tinham, estava colocando alguém nos postes para queimar, e virou santo, imagina!
Todo aquele dinheiro que foi roubado pela Inquisição, parece que virou acervo da Opus Dei.
Quando ninguém entendeu a preferência do PSDB por Alckimin, deixando de lado um candidato que ganharia a eleição no primeiro turno e colocando o xuxú cheio de CPIs que não foram feitas porque ele impediu, corrupto; no lugar de Serra, eu tive minhas dúvidas, hoje tenho a certeza. Como não poderão ter caixa 2, quem irá bancar o PSDB? Claro que a milhionária Opus Dei. Eles já estão em alguns países e agora tentam o governo do Brasil. E como todos os fanáticos, são irredutíveis, a teimosia do xuxu em ser candidato é um exemplo disso.
Será que sairemos do fanatismo petista para entrar no fanatismo da Opus Dei?Ainda querem que votemos nesse homem. Para ser sincera, entre Alckinácio, fanático religioso, fico com qualquer outro candidato, mesmo para perder, não quero ser responsável por dar o Brasil de mão beijada à Opus Dei.

6 de abr. de 2006

“Se não agora, quando?” - por Reinaldo Azevedo

Recorro a uma frase do grande rabino Hilel para conclamar os decentes do Parlamento a pôr fim às votações secretas. O Congresso brasileiro está coberto por uma nuvem de vergonha. É preciso que as pessoas decentes que lá estão — e há muitas — sintam o mesmo nojo que estamos sentindo. E reajam ao Picareta-Chefe e seus mais de 40 ladrões de democracia.

Texto completo no Primeira Leitura

Ideli, a musa do PT

No PT é assim, a musa que não dança, grita. A Ideli deve ter uma ótima garganta, o que a mulher grita não é fácil. Feia, barulhenta, fofoqueira e petista, defeito demais em uma só pessoa.
No blog do Cláudio Humberto:

A queixa de Ideli

A senadora Ideli Salvatti(PT-SC) ficou inconformada com o vazamento do seu pedido para que o Senado demitisse o servidor Adriano Gomes, chefe do setor que opera as câmeras de vigilância. Ela se queixou ao presidente Renan Calheiros, aos gritos. Os colegas do demitido acham que Ideli foi induzida a erro pelo seu chefe de gabinete, que teria sido filmado recebendo caixas de uísque de um contrabandista preso há dias pela Polícia Federal.

Essa queixa dela sobre o chefe de setor que opera as câmeras, deve ter acontecido depois que a nossa musa denunciou o senador do PSDB por ter se encontrado com Francenildo antes da presença do mesmo na CPI, ela exigiu a verificação do tape para comprovar o encontro do senador do PSDB com o caseiro. O mais importante era que a câmera que fica ligada à porta do gabinete de Ideli não estava funcionando, agora sabemos o motivo disso. A câmera foi ligada, pegaram o chefe do gabinete recebendo caixas de uisque de contrabandista. Nossa musa pediu a demissão do ousado funcionário, descobriram quem pediu a demissão, claro que tinha sido a nossa musa e para não sair do figurino, ela aos gritos reclamou com Renan Calheiros. Esses PeTralhas!!!

5 de abr. de 2006

DIA DO PALHAÇO – por Ralph J. Hofmann

Há dias que surgem espontaneamente. Sete de setembro. Quis o acaso que nessa data o estafeta encontrasse D. Pedro de Orléans e Bragança, posteriormente D. Pedro I do Brasil à margem do Riacho Ipiranga. O 13 de maio, dia certamente escolhido devido ao fato de que a Lei Áurea ficou em condições de ser assinada naquela data.

Mas agora temos uma data lógica para homenagear os palhaços. Hoje faleceu o palhaço Carequinha, segundo a imprensa o maior palhaço do Brasil. Nada mais justo do que dedicar a data de cinco de abril aos palhaços. É quatro dias após o dia 1 de abril, dia dos burros, idiotas, néscios ou bobos (Fool’s Day), que realmente é um dia de pregar peças nos outros.

Mas hoje também é um dia em que se ratifica mais uma vez que o judiciário nos considera uma nação de néscios e palhaços. É o dia em que João Paulo Cunha foi livrado de ser cassado no Congresso nacional. Uma legítima palhaçada.

Ainda não ficou bem claro para mim se os palhaços somo nós ou os deputados, que afinal estão no picadeiro, mas decididamente, à vista dos fatos é muito importante que o Brasil tenha um “Dia do Palhaço”.

A SABEDORIA DAS MULTIDÕES - por Rodrigo Constantino

“Collective decisions are most likely to be good ones when they’re made by people with diverse opinions reaching independent conclusions, relying primarily on their private information.” (James Surowiecki)

No livro The Wisdom of Crowds, James Surowiecki defende a tese de que as multidões desfrutam de mais sabedoria do que se imagina. Para apresentar tal sabedoria, entretanto, um grupo de indivíduos precisa preencher quatro condições: diversidade de opiniões, independência de julgamento, descentralização e agregação. É uma idéia contra-intuitiva a princípio, mas a suposta sabedoria das multidões tem lógica, além de mostrar evidências empíricas a seu favor.

O segredo é que os erros das estimativas individuais, quando se satisfazem as condições apontadas, acabam se anulando em um grande número de opiniões. Caso tais requisitos não sejam preenchidos, não há erros aleatórios, mas sim um viés, onde as opiniões não são realmente independentes e individuais; estaríamos diante de um grupo monolítico, com pura emoção e nenhuma razão, adquirindo um senso de invencibilidade e irresponsabilidade incontroláveis -- como dizia Gustave Le Bon, ao se referir à "psicologia das massas".

Surowiecki reconhece que, na maioria das coisas, média quer dizer apenas mediocridade. Mas no processo de tomada de decisão, freqüentemente pode significar excelência, quando satisfeitas as condições necessárias. Ele cita como exemplo a ferramenta de busca Google, cujo algoritmo baseia-se justamente na sabedoria das multidões, dando maior peso para as páginas mais visitadas na hora da pesquisa. A enciclopédia Wikipidia também seria baseada no princípio da sabedoria das multidões. Na verdade, o livre mercado é justamente isso, um processo onde as multidões, com suas escolhas individuais e independentes, selecionam as melhores alternativas de acordo com suas preferências.

No começo do século XX, centenas de empresas disputavam para ver quem ofereceria a melhor alternativa para os consumidores em termos de automóveis. Havia uma gama enorme de variedades, inclusive com diferentes tecnologias. Poucas, entre essas centenas, sobreviveram. Eram as que melhor atendiam à demanda. As multidões de consumidores tinham decidido. O mesmo padrão se repete em diversas outras indústrias.

Para o melhor funcionamento deste processo, devemos ter a maior diversidade de alternativas possível, com novas idéias surgindo o tempo todo. Claro que, desta maneira, a maioria irá se tornar um fracasso. Mas as poucas vencedoras são as que farão a diferença. A habilidade de rápido reconhecimento e freio das idéias perdedoras é que torna o sistema eficiente.

A premissa adotada na teoria da sabedoria das massas é bastante atraente e sólida. Diz respeito ao conhecimento disperso, contido de forma totalmente pulverizada na sociedade. Nenhum ser ou pequeno grupo de pessoas poderia absorver todas as informações espalhadas entre milhões de indivíduos. O economista austríaco Hayek defende tal tese com perfeição, e sua influência não passa despercebida pelo autor do livro. Ela vai contra a visão platônica de um grupo de "sábios iluminados" que poderão escolher melhor pelo resto todo. A informação está totalmente dispersa, além das preferências serem subjetivas.

Um processo de livre escolha individual, em um ambiente de regras básicas e bem definidas, pode apresentar, portanto, resultados infinitamente melhores que aqueles oriundos de poucos "sábios". Até mesmo na natureza, observando animais irracionais, vemos uma certa ordem espontânea surgir sem a figura do líder "iluminado". Seria fazer muito pouco caso do homem, animal racional, supor que cada indivíduo é um completo mentecapto que necessita da direção traçada por um ser "clarividente". Na livre interação entre indivíduos, respeitando-se as regras definidas previamente, há um claro incentivo à cooperação, assim como a confiança mútua passa a ser um valioso ativo. Preservando-se a diversidade, independência, descentralização e agrupamento cooperativo, não há porque acreditar que o resultado não será superior àquele obtido por um processo centralizado nas mãos de poucos "especialistas". Há sabedoria nas multidões. E o livre mercado é o mecanismo de sua expressão.

Autorizado pelo autor

70 CPIs

Incrível isso, ontem a turma de Alckimin conseguiu chegar a 70 CPIs que não foram abertas, ele ganha de LuLLa em muito. LuLLa impediu algumas CPIs, o Alckinácio ganha de goleada.

"A tentativa de criar uma CPI para investigar irregularidades na Nossa Caixa sofreu outro revés ontem na reunião parlamentar da Assembléia. A bancada que apóia o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, esvaziou a reunião da Comissão de Finanças e Orçamento e impossibilitou a convocação dos nomes citados pelas investigações da empresa, como seu presidente, Carlos Eduardo Monteiro, e o ex-assessor de comunicação de Alckmin.(O Globo)

E vejam só a petulância do Alckinácio:

Em sua primeira reunião com a Executiva Nacional do PSDB, o pré-candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, pediu aos dirigentes do partido que saiam da defensiva e reajam "com dureza à postura do governo Lula", em uma referência à onda de denúncias que vem sofrendo.

"Temos de ir para a ofensiva, dar respostas imediatas a cada denúncia que surgir durante a campanha", completou o ex-governador paulista, segundo um dos participantes do encontro, deixando claro que, a seu ver, a estratégia do PT nesta campanha será o denuncismo.

Eu não sou cientista política senhor Alckimin, mas o único modo de ficar tudo claro é fazer todas as CPIs que o senhor conseguiu evitar. Outro modo, esse muito melhor para o Brasil é que o senhor, dona Lu, os 400 vestidos, a fazenda da Opus Dei, seu médico de acumpultura, aquele de 1milhão de reais para dar cursos de meditação, voltem todos para Pinda, viagem só de ida, fiquem por lá. O Brasil agradece!!!

4 de abr. de 2006

FÉ CEGA - por Ralph J. Hofmann

Há um momento em que se percebe que os clichês dos famosos não valem nada. São pura figuração.

Uma semana atrás o ator Lima Duarte praticamente colocou as coisas em perspectiva. Não chegou a detalhes, mas lembrou que a filha dele Paloma Duarte à época das eleições quase exorcizara a Regina Duarte por dizer que considerava uma pessoa como o Lula impossível como presidente por, entre outras coisas, falta de cultura, estatura e capacidade. Venceu a corajosa Regina contra toda categoria dos artistas e músicos.

Nem mesmo aqueles entre nós que não somos figuras públicas, tivemos coragem de falar essas coisas ditas pela atriz muito alto ante a enxurrada de críticas de que estávamos sendo muito esnobes intelectualmente.

Os atores e escritores do país fecharam com o PT. Os professores universitários idem.

Quem é Paulo Betti para endossar quem seja tecnicamente? O ter feito o papel do Mauá não o faz ser Mauá. Aliás, sempre que faz declarações sobre economia se vê que se leu o "Mauá, Empresário do Império" não entendeu nada. O Ziraldo declarou no programa do Jô que a turma do PT estava governando o país bem. E continua dizendo isto.

Quem é o LF Veríssimo? A opinião dele vale mais que a minha?

Ou seja, a fama não faz bons analistas. O sujeito é um bom escritor, ator, cronista, músico, mas ainda é prisioneiro de seus pressupostos. Assim uma Marilena Chauí ou uma Maria da Conceição Tavares podem ser convincentes, mas infelizmente ao longo prazo sua opinião técnica não vale mais do que as nossas, de pessoas vividas e que pagamos o pato quando aparece a conta do restaurante.

No fim, essas pessoas de destaque são torcedoras desportivas. Interessa o time. Não se é justo o time ganhar. Interessa ganhar por sermos seus torcedores.

BURROS DE CARGA

por Paulo Leite, de Washington, DC - reproduzido do Diego Casagrande

Em meio às notícias todas sobre os escândalos do momento, uma notícia das mais importantes passou meio despercebida semana passada. Falo do fato da carga tributária brasileira ter batido um recorde histórico, chegando a 37,82% do Produto Interno Bruto, conforme cálculos do IBPT, Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.

Com base em números do IBGE, o Instituto avalia que a carga tributária em 2005 tenha crescido 1,02% em relação a 2004. Pior, a arrecadação tributária per capita teve um aumento real de 11,72% de 2002 até o ano passado. Depois, tem gente que ainda pergunta por que o Brasil teve um dos índices mais baixos de crescimento da América Latina no ano que passou...

O governo, que prometeu não aumentar os impostos, disputa os cálculos do IBPT, e jura que a carga tributária não é tão grande assim. Então tá.

O governo só pode continuar agindo desta forma, ignorando solenemente notícias como a divulgada pelo IBPT, porque o impacto dessas notícias sobre a opinião pública é mínimo. Uma discussão honesta sobre o impacto da carga tributária sobre a atividade econômica no Brasil é o debate que está faltando em nosso país. Quanto antes comece, melhor.

Não é de hoje que se sabe que uma carga muito elevada de impostos elimina qualquer incentivo para trabalhar, poupar e investir na criação de novos negócios. Quando os impostos são altos demais, os empresários tomam decisões baseadas não no melhor caminho para seu negócio, mas na melhor maneira de minimizar seus recolhimentos ao fisco.

Isso, na verdade, quando não decidem simplesmente ignorar o recolhimento de impostos e trabalhar por baixo do pano. A experiência de países como a Rússia mostrou na prática o acerto da chamada "Curva de Laffer", que preconiza que a partir de um certo ponto, aumentos da carga tributária diminuem a arrecadação de impostos ao invés de aumentá-la.

O Brasil só consegue aumentar a arrecadação de impostos porque sufoca cada vez mais a atividade econômica privada. Por quanto tempo mais vai ser possível manter essa tática?

O país precisa crescer. Os jovens que se formam a cada ano em nossas universidades precisam de empregos. Os trabalhadores que estão no mercado informal, condenados a viver "da mão para a boca", merecem uma vida melhor. Os brasileiros que levam seu talento e seus conhecimentos para o exterior por motivos puramente econômicos necessitam de perspectivas concretas para permanecer no país.

O Brasil não pode mais continuar a tratar a questão tributária com tanta indiferença. O fato do país ter a maior carga de todos os países emergentes é um recorde nada lisonjeiro se pretendemos manter um mínimo de competitividade num mundo cada vez mais integrado.

Infelizmente, um governo que trata seus cidadãos como tratou o caseiro Francenildo com certeza não vê nada demais em tratar seus cidadãos como simples burros de carga.

Do Blog: "Beast of Burden", só dos Stones

3 de abr. de 2006

PSDB e PT

Está acontecendo algo bem interessante na disputa de corrupção entre PSDB e PT, por quê se Dona Marisa recebe 32 conjuntos de roupas é considerado corrupção, mas de Dona Lu recebe 400 vestidos, nem o PSDB, nem o PFL falam nada?
Alckimin, fez mensalão no governo de São Paulo, tem 69 CPIs travadas por ele enquanto governador de São Paulo, também, nem um pio dos 2 partidos.
Uma fazenda de 83 alqueres de terra foi doada a Opus Dei, 500 fornos entraram na lista de corrupção de Alckimin que aos poucos vai aumentando. Onde está o trio maravilha que o escolheu com corrupção e tudo para candidato a presidente do partido. Está vendo sr. Tasso às vezes vinganças bestas como a que o senhor fez com Serra, apoiando Alckimin faz o tiro sair pela culatra.
LuLLa nunca soube de nada, e o candidato do PSDB está com uma desculpa bem esfarrapada, esses assuntos são velhos, diz ele.
Hoje Alckimin chegando em Brasília, jornalistas tentaram saber dos 400 vestidos, resposta do candidato do PSDB:
- Isso é assunto velho.
Como velho senhor Alckimin, se nunca foram pagos, é assunto bem atualizado, concorrendo sua corrupção com a do seu adversário. Um nunca soube de nada, o outro coloca assunto de corrupção no passado, e lá vamos nós saindo do sujo, caindo no mal lavado???

1 de abr. de 2006

Novo governador de São Paulo

Começa bem o picolé de xuxú light, apesar de dezenas de CPIs que foram para a gaveta do Alckimin, o novo governador já chega não aceitando que se apure o que ocorreu com Nossa Caixa, sai um lullista, entra outro. E querem chegar à presidência da República.

CRISTINA FIBE - Folha de SP
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), 71, assume o cargo prometendo seguir à risca o estilo de seu antecessor. A exemplo de Geraldo Alckmin, Lembo acha que as suspeitas de ingerência do governo nas verbas de publicidade da Nossa Caixa não devem ser investigadas.Lembo diz que a gestão tucana foi "impecável" e que a transparência é "total", embora todos os 69 pedidos de CPIs tenham sido arquivados. Por isso pretende dar continuidade a obras e projetos de Alckmin, com "simplicidade".