9 de ago. de 2006

A Falência do Estado - por Denis Rosenfield, filósofo

O Brasil enfrenta um grave problema oriundo da confusão entre autoridade e autoritarismo. A autoridade é o exercício regrado do poder, em que este segue regras constitucionalmente estabelecidas, exercendo o monopólio no uso da violência. Atos de desrespeito ao estado de direito ou de uso particular da violência são severamente punidos, pois da impunidade pode nascer a luta de todos contra todos, onde ninguém está ao abrigo dos mais diferentes tipos de agressão. Se o Estado não exerce o poder que lhe é direito, ele entra em um processo de falência, com a generalização da violência, a corrupção e a impunidade. Já o autoritarismo encontra sua origem no uso ilimitado do poder, não seguindo as normas próprias do estado de direito. A violência é empregada indiscriminadamente por aqueles que detêm o poder, de tal maneira que o cidadão vive na insegurança, não sabendo como, nem a qual momento, o arbítrio governamental pode irromper em sua vida.

Já faz 25 anos que o Brasil saiu do regime militar e, no entanto, boa parte da opinião pública deste país ainda acha que nossos problemas atuais não são devidos à gestão de nossos próprios governantes. A culpa é, então, jogada para o passado, como se não fossemos responsáveis do nosso presente. Um vício daí derivado consiste, precisamente, na confusão entre o necessário exercício do poder estatal e o seu emprego desregrado. É como se, por exemplo, punir fosse um ato de autoritarismo, quando é, na verdade, o resultado da ação do Estado, que tira da impunidade criminosos e corruptos, que desrespeitam o estado de direito, usam recursos públicos em benefício privado ou utilizam a violência contra a propriedade privada ou contra a própria integridade física do cidadão.

As ações do PCC em São Paulo refletem essa situação em que o Estado não consegue preencher sua função. As autoridades estaduais e federais dão, ambas, mostras de como se prestam a um jogo eleitoral, quando deveriam se ocupar da paz pública. A paz pública é a função primeira do Estado. É lamentável observar, para além das cenas aterradoras de violência, como a ordem pública se torna objeto de negociação. Os cidadãos não podem, nem deveriam, ficar a mercê do uso indiscriminado da violência, nem de governantes que transferem responsabilidades. É particularmente deplorável, neste sentido, o surgimento de coincidências, como a de um ataque do PCC no mesmo dia em que o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aparece como presidenciável nas telas da Globo. Tal fato sugere uma utilização política de ações que deveriam ser condenadas por todos os partidos e candidatos, sem tergiversações, pois dizem respeito a uma tarefa própria do Estado.

As ações de deputados flagrados em atos de corrupção, como as dos envolvidos na operação dita sanguessuga, mostram como a impunidade está se alastrando. Depois do mensalão e do valerioduto é como se uma válvula de escape tivesse sido aberta, tudo valendo na apropriação privada dos recursos públicos, inclusive aqueles que deveriam ser os mais preservados, como ambulâncias, que são principalmente utilizadas pelas populações carentes. A falta de vergonha não tem mais limites, tudo sendo permitido. Ademais, tais figuras gozam de imunidades parlamentares, como se o Congresso fosse o lugar de proteção para corruptos. Urge, neste sentido, uma nova legislação que possibilite precisamente a punição de corruptos e criminosos. O atual governo, nesta perspectiva, não tem nenhuma autoridade moral para se colocar como legitimado na iniciativa de uma Assembléia Constituinte exclusiva para efeitos de reforma política, dado o envolvimento do PT com atos de corrupção. Além disto, membros do governo foram obrigados a deixar os seus cargos por exercício inapropriado de suas funções. O problema é que muitos deles pretendem agora voltar como deputados, visando à impunidade, como se o crime compensasse.

Ora, neste quadro, se torna compreensível o que ocorre no estado de Rondônia, onde os três Poderes aparecem comprometidos com a corrupção, num esquema propriamente mafioso de apropriação dos recursos públicos. Praticamente toda a Assembléia Legislativa está envolvida em atos criminosos. O Presidente do Tribunal de Justiça, que deveria zelar pela observância da lei, surge como o grande infrator. O exemplo se propagou por seu lado negativo, como uma epidemia que se alastra por todo o país. Bons exemplos produzem efeitos de emulação que fortalecem a coisa pública. Maus, a destroem. Se o Estado não recuperar a sua autoridade, nuvens ainda mais sombrias aparecerão no horizonte.

Reproduzido do Diego Casagrande

Burrice Esquerdista - por Paulo Leite

O número que me parece importante na última pesquisa CNT/Sensus não é a queda do candidato tucano, mas o número que se obtém somando a porcentagem dos que votariam hoje em Lula (60,5%) aos que votariam na senadora Heloísa Helena (11,7%).

O que o número mostra é que pelo menos 60% dos brasileiros ainda acreditam que as respostas para os problemas brasileiros estão na esquerda tradicional.

E digo “pelo menos 60%” porque na verdade essa porcentagem é ainda maior, se considerarmos que há certamente uma grande quantidade de esquerdistas entre os 20,9% de indecisos.

Por convicção ou por pura falta de informação, quem vota em Lula ou em Heloísa Helena está, em linhas gerais, expressando satisfação com o panorama que está aí: economia titubeante, carga tributária asfixiante, privilégios de todo tipo para o setor estatal, baixo nível de incentivo à livre iniciativa e ao pensamento independente (só para citar alguns poucos pontos).

O fato de que, em poucas décadas, a balança do Brasil tenha pendido de tal forma para a esquerda é, para mim, assustador.

Quando acordo otimista, chego a me entusiasmar com a explosão de blogs e sites liberais na Internet brasileira, com o surgimento de uma nova geração que, livre das amarras do jornalismo “oficial”, expressa um ponto de vista diferente, baseado na observação de que a esmagadora maioria dos países que “deram certo” no mundo seguem os preceitos da liberdade econômica.

Não há otimismo que resista, porém, à leitura da “grande” imprensa brasileira, ou – pior ainda – à chamada imprensa “alternativa”, dominada por uma esquerda que não faria feio na antiga Albânia, ou no paraíso socialista de Kim Jong-il na Coréia do Norte. Sem falar nos blogs esquerdistas, que são de doer.

A avalanche de conceitos pseudo-marxistas, infelizmente, não fica restrita aos veículos da esquerda. Quem vai às páginas reservadas a comentários em qualquer blog liberal depara com uma enxurrada de agressões e ataques totalmente isentos de argumentos cada vez que alguma crítica é feita à visão socialista do mundo.

Se você ainda tem um mínimo de paz de espírito e otimismo, recomendo evitar esse exercício, ou pelo menos evitar os comentários que se seguem a qualquer crítica a paladinos da liberdade como Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales ou Che Guevara.

O que choca na leitura dos comentários feitos pela turma da esquerda, além de seu primarismo intelectual, é a compreensão de que seus autores não fazem parte de uma minoria desvairada, simplesmente pensam igual à esmagadora maioria dos brasileiros.

Para essa gente, “mercado” ainda é palavrão, “livre iniciativa” é coisa de “burguês” e qualquer um que se atreva a defender o sistema capitalista é um “elitista” que tem algo de errado na cabeça ou está apenas defendendo seus próprios “privilégios”.

A tônica é a crença no poder do Estado para melhorar a vida das pessoas. A idéia de que existem “diferentes” formas de se organizar um país, e que todas seriam mais ou menos equivalentes.

E dá-lhe “dignidade humana”, “solidariedade”, “justiça social”, “luta contra a desigualdade” e outras pérolas. A defesa da “revolução” cubana, então, é reflexiva, imediata, a pobreza da população cubana, “fruto do bloqueio econômico dos Estados Unidos”.

Sem ter que buscar muito, é possível encontrar até quem defenda a “democracia” e as “eleições” cubanas. Ou quem tenha a cara de pau de alegar que a exigência de “visto de saída” para um cubano que deseje deixar o paraíso de Fidel é tão natural quanto a exigência de um visto de entrada pelos EUA.

A tristeza é que, ainda que eu não queira me equiparar aos que apenas ofendem sem argumentar, a única palavra que me vem à mente é “burrice”. E da grossa.

Mistérios Contemporâneos - por Glauco Fonseca

Dentro de alguns dias, o ataque às torres gêmeas completará 5 anos. Sabemos o que aconteceu, pois vimos pela TV com horror os choques sucessivos de duas aeronaves contra os prédios. Mais de 3 mil pessoas morreram e bilhões tiveram suas vidas mudadas para sempre, no atentado terrorista mais vergonhoso e chocante da história, que tomara jamais seja superado.

O que ainda incomoda, passados 5 anos, é que faltam dois elementos concretos no episódio: um motivo pontual e um autor comprovado. Quanto ao motivo (ou conjunto de motivos), nada é absolutamente conclusivo. Não se tem sequer uma declaração formal de qualquer grupo sobre o motivo do ataque. Falta também um autor que, mesmo confesso, realmente convença.

Supondo-se que tenha sido Osama Bin Laden o autor intelectual e estimulador do evento, tendo ele obtido pleno êxito em sua execução, nada mais natural seria se houvesse um vídeo declarando a “vitória” da Al Qaeda contra os “infiéis”. Ao contrário, Bin Laden declarou nada ter tido a ver com o atentado e, portanto, podemos estar diante de um fato histórico sem motivo objetivo e sem autor confesso ou descoberto.

Coisas do terceiro milênio.

Aqui também prosperam casos estranhos, em que falta pelo menos um elemento que configure um fato completo e juridicamente capaz de ser contemplado como previsto em lei. O mais famoso é o assassinato do Prefeito de Santo André, Celso Daniel.

Temos, no caso em questão, um conjunto de autores, uma vítima, uma trama que envolve requintes quase de literatura policial, mas faltam duas partes importantes, pelo menos para que nós, leitores, possamos fazer um juízo correto do episódio. Trata-se, ao contrário do que dizem os petistas, de um crime altamente incomum, por causa exatamente das duas “pernas” que faltam e passo a descrever.

Primeiro, o motivo: Afinal, mataram Celso Daniel porque ele era contra a corrupção ou porque ele estava contra alguns corruptores? Ele morreu (e outras 7 pessoas o sucederam no “crime comum”) porque estava sendo pressionado e não estava aceitando? Morreu, afinal, por ser muito honesto ou por ser muito desonesto?

Segundo: Quem matou? Os dados até agora comprovam que foi morto por um grupo de pessoas. Quem são essas pessoas, porque não foram investigadas a fundo por sua relação, direta ou indireta, com negócios envolvendo a prefeitura municipal?

Mistério, desta vez no submundo do terceiro milênio.

Mais recentemente, os ataques do PCC na capital paulista. Quais os motivos para tanta balbúrdia? Quais as reivindicações? Quais as motivações, pelo menos, para tamanha movimentação de bandidos? Há uma relação entre os ataques e o momento eleitoral que se vive hoje? Afinal, quais os motivos e, principalmente, QUAIS AS VÍTIMAS do PCC em São Paulo? Quem são o “alvo” dos ataques?

Este último caso se parece muito com os outros dois anteriores. Ao compararmos os ataques do PCC com os atentados do 11 de setembro, o que temos em comum é a atitude covarde e de molde terrorista. Mas há outros detalhes comuns. Os autores não comemoram seus êxitos e, pela não-comemoração, tornam os feitos menos importantes. A ausência de um responsável comprovado, definido e único é prejudicial à avaliação do fenômeno que se abate sobre os paulistanos, principalmente.

Outro detalhe importante é o motivo do crime, o objeto do desejo do malfeitor. No caso dos ataques do PCC não há nada claro nem definido sobre quais os resultados desejados do crime, a famosa “compensação”. O resultado desejável de um crime é que ele “compense” de alguma forma. Alguém tem como apontar a compensação para os crimes do PCC?

O novo milênio adentra quebrando paradigmas outrora previstos não só nos códigos penais como nos contos de Agatha Christie, de Maigret, de Raymond Chandler e tantos outros. Agora, para que haja um crime, basta a vítima. O autor e o motivo são cada vez menos importantes.

Que saudade dos tempos em que o bandido era só um cara ruim, mas conhecido no fim do livro.

O Petróleo e a Inflação - por Rodrigo Constantino

Com o preço do barril de petróleo chegando perto de US$ 80, as lembranças dos tempos de estagflação vividos durante os choques na década de 70 voltam a assombrar os investidores. A crença é de que a alta no preço do “ouro negro”, importante insumo para toda a cadeia produtiva, gera um efeito dominó, pressionando todos os outros preços, além de reduzir a atividade econômica. A combinação explosiva teria como resultado, portanto, o pior dos mundos, com inflação acelerando e crescimento desabando. A própria ata do Fed incita tal medo, ao afirmar que “elevados níveis de utilização de recursos e dos preços de energia e outras commodities têm o potencial de sustentar pressões inflacionárias”. Mas será que faz mesmo sentido econômico isso?

O petróleo é, de fato, mais uma commodity, como o níquel, cobre, alumínio ou aço. E com certeza ele é utilizado como matéria-prima básica para diversos setores industriais, além do consumo final para transporte e energia. Mas por que um aumento no seu preço, causado, por exemplo, por um choque de oferta, iria gerar inflação? Vamos supor que um oleoduto gigante se rompa, causando uma interrupção importante no fornecimento de petróleo. Qual seria o efeito disso? Ora, ceteris paribus, a alta no preço do petróleo teria que ser compensada pela queda em algum outro preço, causada pela redução na demanda, fruto da substituição na alocação de recursos, ou então levaria a uma redução na demanda pelo petróleo mesmo, forçando novamente os preços para baixo. Com uma quantidade fixa de moeda na economia, a elevação dos preços de um produto é compensada pela queda dos preços de outros produtos ou pela queda na demanda do próprio produto. Ocorre uma mudança nos preços relativos, mas não uma alta generalizada de preços, i.e., inflação.

Para que isso fique mais claro, basta pensarmos em termos micro, no orçamento de um indivíduo. Caso a gasolina que ele consome suba de preço, ele terá basicamente duas opções: reduzir seu consumo de gasolina; ou deixar de consumir algum outro produto para manter o mesmo consumo de gasolina. Se a primeira opção é tomada, haverá uma queda da demanda por gasolina, pressionando novamente para baixo seu preço, após a alta causada pelo choque de oferta. Se a segunda opção é escolhida, algum outro produto terá queda na demanda, tendo os preços pressionados para baixo.

Portanto, a alta nos preços de algum produto específico, qualquer que seja, não é, por si só, inflacionária. A inflação é sempre um fenômeno monetário. O que está por trás então da percepção de que uma alta no preço do petróleo gera inflação? Na verdade, o esquecimento do termo ceteris paribus. O problema é que os governos dificilmente aceitam um ajuste necessário na demanda de um produto importante quando seu preço sobe por conta de um choque de oferta. A queda na atividade é bastante impopular. Tentando evitar uma ressaca natural, o governo oferece mais álcool para o bêbado. Ele monetiza a economia, injetando mais moeda no sistema, buscando assim evitar uma queda na atividade. Com mais moeda em circulação, há uma ilusão momentânea de aumento na demanda. Porém, trata-se apenas de uma ilusão mesmo. Com o tempo, o único resultado é um aumento generalizado no nível dos preços, sem a contrapartida na atividade econômica. Afinal, não ocorreu aumento algum de produtividade que levasse a um crescimento maior da produção. A demanda estava crescendo apenas na aparência, graças ao estímulo artificial do governo.

Espero ter deixado claro que o aumento isolado do preço de um produto qualquer, por mais relevante que ele seja para a economia, não é gerador de inflação. O que causa a inflação é a monetização exercida pelo governo, que aumenta a quantidade de moeda em circulação para evitar a queda da atividade. Além disso, devemos ter em mente que o petróleo já não tem mais a mesma importância que tinha no passado. As economias dos países desenvolvidos são bem mais concentradas em serviços atualmente. A participação do petróleo na economia global vem despencando nas últimas décadas. Eis mais um fator que deveria acalmar os mais desesperados com o aumento no preço do barril de petróleo.

Na verdade, o grande problema que vejo nesta escalada do preço do petróleo é de outra natureza. Grande parte da oferta de petróleo está concentrada em poucas ditaduras no Oriente Médio, ou em estatais sujeitas aos caprichos de políticos poderosos em outros países. Os principais produtores são Arábia Saudita, Irã, Rússia, Venezuela, Nigéria, enfim, países onde o livre mercado não funciona direito e o setor público domina a cena. Ora, sabemos que a alocação de recursos será sempre mais eficiente se realizada pelo setor privado, que busca as melhores alternativas disponíveis de investimento. O mesmo não acontece no setor público, ainda mais quando temos ditaduras ou quase-ditaduras. A fortuna arrecadada pela venda do “ouro negro” vai parar em palácios luxuosos, financiamento de grupos terroristas islâmicos, compra de caças e fuzis russos para oprimir o próprio povo etc. Ou seja, a alta no petróleo acaba funcionando como um imposto, transferindo riqueza do setor privado para o setor público. E este costuma sempre gastar mal o dinheiro arrecadado, sem levar em conta custos de oportunidade ou retornos esperados. Assim, a alta do petróleo tem transferido bilhões de dólares para figuras pitorescas como Chávez ou Ahmadinejad. Não dá para esperar nada de bom vindo dessa turma...

Com autorização do Rodrigo Constantino

O BOBO DA CORTE - por Ralph J. Hofmann

O bobo da corte, nas cortes medievais tinha a mesma função de um chargista hoje. Dizia o que não podia ser dito. Dizia as coisas tão exageradamente que parecia estar brincando. “ Majestade, o povo está porta agradecendo seus novos impostos. Perguntam se o senhor não quer sua última gota de sangue. Doarão com prazer. “

Na década de sessenta, nosso “Menestrel Maldito”, Juca Chaves (o Chaves Bom): “Caixinha, Obrigado!”.

Em muitos casos era o último elo do rei com a realidade, cercado que estava de cortesãos concordando com tudo, os aspones de hoje.

Um dos maiores atores de nossos tempos, um ator dramático, mas também um comediante acaba de assumir a função do Bobo da Corte ou do Menestrel. Trata-se de Robin Williams.

Vestiu uma camiseta com um texto em árabe e um coração e subiu num pódio. O texto da camiseta traduzido. “Eu amo Nova Iorque!”

O discurso:


Vejo muitas pessoas gritando, pedindo paz. Aqui vai um plano!

1) Os Estados Unidos pedirão desculpa pelas muitas interferências nos assuntos mundiais. Sabe como é, Hitler, Mussolini, Stalin, Tojo, Noriega, Milosevic, Hussein e o resto da turma. Juramos nunca mais interferir.

2) Vamos retirar nossa tropas do mundo inteiro, Alemanha, Coréia do Sul, o Oriente Médio e as Filipinas. Não nos querem. Nossas tropas vão guarnecer nossas fronteiras. Ninguém vai conseguir entrar por buracos nas cercas.

3) Todos os ilegais dos Estado Unidos tem 90 dias para colocar em dia seus assuntos e ir embora. Pagamos até a passagem. Depois de 90mdias juntamos o resto e despachamos, sejam quem sejam. Quem sabe a França os receba

4) Todos os visitantes futuros terão visto de 90 dias salvo com permissão especial. Nenhum visitante de país terrorista terá entrada. Se você não gosta das coisas no seu país mude-as você mesmo. Não venha se esconder aqui. Ninguém receberia asilo. Temos bastantes motoristas de taxi e caixas de loja de conveniência.

5) Nenhum “estudante” estrangeiro de mais de 21 anos. os mais velhos são os homens bomba. Se você não for às aulas ganha nota baixa e vai de volta pra casa “Baby”!.

6) Os Estados Unidos farão um esforço para se tornar auto-suficientes em petróleo. Isso incluirá fontes de energia não-poluentes, mas exigirá perfurações temporárias de petróleo no Alaska. A sobrevivência do Caribu vai ter de esperar.

7) Oferecer aos Saudi Árabes e outros US$ 10 por barril de petróleo. Se não quiserem vamos para outras soluções. Uma semana deve ser o suficiente para esgotar o poder de compra dos importadores restantes

8) Se houver fome e/ou outras catástrofes no mundo não “interferiremos”. Podem rezar por sementes, chuva, ou cimento, seja o que precisarem. Além disto, a maior parte do que damos vai ao exército deles ou é roubada. O pessoal necessitado recebe muito pouco do que vai.

9) Vamos mandar a sede da ONU para uma ilha isolada em algum lugar. Podemos fazer um belo abrigo para necessitados no prédio deles. Dá muita mão-de-obra abrigar os espiões e amigos das boas horas aqui.

10) Todos os americanos devem freqüentar cursos de charme e beleza. Não queremos mais ser chamados de “Americanos feios”.

Robin Williams está louco? Não. É o Menestrel, o Bobo da Corte. Pode dizer o indizível.

Com autorização do Ralph J. Hofmann - fonte: Argumento & Prosa

A SORTE ESTÁ LANÇADA E CHAVEZ É O COMANDANTE DO BLOCO LATINO-AMERICANO - por Christina Fontenelle

O presidente da Venezuela, Hugo Chavez, fez uma viagem de duas semanas pela Europa e Ásia para confirmar alianças comerciais e ideológicas da Venezuela com países como Bielo-Rússia, Rússia, Catar, Irã, Vietnã e Mali. Chavez pretendia visitar também a Coréia do Norte, mas a Assembléia Nacional da Venezuela não aprovou, já que o país é um dos que estão no centro das atenções da comunidade internacional, por causa dos testes com lançamentos de mísseis.

Tramando uma espécie de aliança mundial dos países "antiimperialistas", contra os EUA, Chavez visitou, primeiramente, a Bielo-Rússia, para se aproximar do Presidente Lukachenko, a fim de cultivar sua imagem antiamericana. O Presidente da Venezuela disse que a Bielo-Rússia lhe pareceu "um monumento" ao líder da revolução bolchevique.

De lá, na quinta-feira, 27 de julho, Hugo Chavez seguiu para a Rússia, onde esteve com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou. Chavez reiterou suas críticas aos EUA, país que definiu como "a maior ameaça para o mundo atual", e elogiou Lênin, que, segundo ele, "permanecerá sempre em nosso coração e em nossas idéias, pois sua motivação era o desejo de criar um mundo de justiça e enquanto não há justiça, não haverá paz nesta Terra". E continuou: "Depois de quase 200 anos, podemos dizer que os Estados Unidos foram criados para semear a pobreza em todo o mundo em nome de uma suposta liberdade, como acontece no Iraque, no Oriente Médio e na América Latina". Vê-se que Chavez conhece bem seus parceiros e por isso sabe o que eles gostam de ouvir – sem falar na sua incrível capacidade de mentir.

Putin, por sua vez, disse que a Venezuela e a Rússia são parceiros naturais por conta de seus grandes potenciais energéticos, já que os dois países estão entre os maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo. Hugo Chavez mostrou-se satisfeito com o andamento do projeto conjunto realizado na área de extração de petróleo com a companhia russa Lukoil e com a atuação da "Gazprom", que ganhou a concorrência para prospecção e extração de gás natural no golfo da Venezuela. "Temos planos de construir um grande gasoduto no sul do país. Espero que a Rússia também possa estar envolvida nisso", disse Chavez, após elogiar os investimentos russos já feitos no setor de gás e petróleo venezuelano. Insistiu ainda no tema, na coletiva que ele e Putin concederam após o encontro privado: "O apoio da Rússia ao nosso projeto de gasoduto no sul da América Latina é de grande importância para nós... Seu comprimento será de cerca de 8 mil quilômetros, e os investimentos necessários são de US$ 20 bilhões".

Como se pode perfeitamente observar, Chavez já decidiu que vai construir um gasoduto que atravessa o território brasileiro e que levará o gás da Venezuela até a Argentina, a Bolívia e a outros países, como Chile e Uruguai. Pior: sai anunciando seu projeto megalômano pelos quatro cantos do mundo, sem que nada sobre o assunto tenha passado nem ao menos pelo Congresso Nacional brasileiro. Para o presidente venezuelano "Estamos propondo aos nossos países-irmãos do sul a cooperação sul-sul. Cooperação, solidariedade e complementaridade. E mais adiante de integração e união". Está tudo muito claro: o Brasil será engolido pelo bloco latino-americano e Hugo Chavez está muito, muito mesmo, decidido a ser o comandante deste bloco. E não é de hoje que eu digo que os planos do Foro de São Paulo vão acabar, ao contrário do previsto - que seria a unidade sem fronteiras -, provocando a primeira guerra continental latino-americana, por causa das disputas pela liderança do bloco.

Voltando à visita de Chaves, a passagem pela Rússia serviu para que o presidente venezuelano assinasse o contrato de compra de 24 caças Sukhoi (Su-30), cujos primeiros exemplares devem chegar à Venezuela antes do fim de ano, e de 53 helicópteros militares – um investimento de mais de US$ 1 bilhão. Chavez encontrou-se com o projetista russo Mikhail Kalashnikov, o inventor do fuzil automático que leva seu nome – o Kalashnikov AK 103. A Venezuela já comprou 100 mil deles no ano passado, sendo que 30 mil já estão em território venezuelano desde junho, quando Chavez começou a entrega-los para 15 mil jovens que integram a frente governista Francisco de Miranda, criada há três anos.

Os jovens da frente são formados e treinados em Cuba. Vão e voltam da ilha, em grupos de 5 mil. Ainda há um outro grupo que está na Bolívia, junto com cubanos e bolivianos, "lutando contra o analfabetismo e que devem estar prontos para ir a qualquer parte do mundo que precise deles... Se o império americano quiser invadir nossa pátria, para tentar cercear nossa revolução, os jovens da frente Francisco de Miranda pegarão em armas. Nós iremos às armas" diz Chavez. Segundo o líder venezuelano, a Venezuela precisa de 1 milhão de homens e mulheres bem armados.

Hugo Chavez investirá 300 milhões de dólares para instalar na Venezuela duas fábricas de munições e de fuzis Kalashnikov AK 103. O contrato com os russos prevê a capacitação de funcionários venezuelanos na Rússia e a transferência de tecnologia de produção dos fuzis para a Companhia Anônima Venezuelana de Indústrias Militares (Cavim, estatal), que, em três anos, já dominará o processo produtivo. As fábricas terão capacidade para fabricar 50.000 fuzis por ano, embora a licença obtida pela Venezuela seja para apenas a metade disso. Os contratos assinados entre os dois países chegam a três bilhões de dólares, segundo Serguei Chemezov, o diretor da Rosoboronexport (a agência russa de exportação de armamento) - o triplo da soma inicialmente anunciada. De acordo com o jornal Vedomosti, Moscou e Caracas também teriam acertado a venda de mísseis russos terra-ar TOR-M1, um modelo que a Rússia já vendeu ao Irã.

As compras venezuelanas não são vistas com bons olhos pelos Estados Unidos, porque vão além das necessidades defensivas da Venezuela. Os EUA também não concordam com a candidatura da Venezuela a um assento não-permanente no Conselho de Segurança da ONU. A Rússia apóia a Venezuela e Putin, sem fazer alusões ao antiamericanismo de Chavez, afirma que compartilha de sua visão de um mundo multipolar. Os países árabes também apóiam a candidatura da Venezuela, já que o país passará a ser membro-observador da Liga Árabe, a partir de setembro de 2006.

Precisa ser algum gênio para entender que Hugo Chavez pretende usar as armas que está a comprar e que isso é uma ameaça explícita à integridade do território brasileiro. Quem ficar parado e pagar para ver, verá!

Próxima parada de Hugo Chavez nessa sua rápida e objetiva viagem internacional: Irã. "Um irmão e parceiro de trincheira". Foi assim que Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã, descreveu Hugo Chavez. Os dois países são aliados próximos, ambos críticos ferozes dos Estados Unidos e membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). O presidente venezuelano disse que seu país e o Irã são parceiros na luta contra o "imperialismo". Ahmadinejad disse à televisão estatal iraniana que ele e Chavez "têm que apoiar um ao outro". E afirmou: "Chavez é o centro de uma corrente progressiva e revolucionária na América Latina e sua posição de restringir o imperialismo é tangível"

Hugo Chavez convidou os iranianos a aumentarem seus investimentos no setor de energia venezuelano, buscando ajuda para o desenvolvimento de gás e petróleo. As empresas iranianas já investiram 1 bilhão de dólares na Venezuela, principalmente nos setores de energia e de construção. A fábrica de tratores Venlran, no Estado de Bolívar, com uma produção de 40 unidades por semana, é uma das provas dessa crescente presença iraniana na Venezuela. Em seguida virão uma fábrica de ônibus e outra de cimento. A fábrica de tratores é um empreendimento que faz parte de um programa venezuelano de desenvolvimento programado, que pretende levar trabalhadores ociosos dos grandes centros urbanos para os confins da Venezuela. Em recente visita à Venezuela, o Vice-Ministro da Indústria do Irã, disse que seu país pretende investir 9 bilhões de dólares em 125 projetos. Entre eles está a já citada fábrica de cimento, já em construção, no Estado de Monagas, juntamente com mais 2.500 casas destinadas aos trabalhadores da fábrica.

O Governo norte-americano tem suspeitas de que o Irã esteja comprando urânio da Venezuela - que possui reservas deste mineral no Estado da Amazônia. Há suspeitas, também de que haja membros do Hezbollah no país, acobertados pelas representações oficiais iranianas, inclusive pela Embaixada do Irã. (
http://www.latimes.com/news/nationworld/world/la-fg veniran24jun24,1,553347.story?ctrack=1&cset=true ).

Sobre o conflito entre Israel e o Hezbollah, sabe-se que a Rússia vem apoiando logística e estrategicamente o Irã, e que este é o fornecedor de armas para o Hezbollah que, do Líbano, ataca Israel. Os terroristas deram início aos conflitos, lançando mísseis sobre Israel e seqüestrando soldados israelenses. Hugo Chavez, para demonstrar seu apoio ao Irã e ao Hesbollah, retirou o embaixador da Venezuela de Israel. Não que isso vá fazer alguma diferença para Israel; mas, o sucessor de Fidel, demonstrou claramente a quem apóia: "Posso repetir esta idéia mil vezes, os israelense estão condenados no espírito das nações, e deste espírito se levantará um poder que aniquilará o imperialismo e a seus sequazes".

As palavras do presidente da Venezuela têm o mesmo tom das de uma carta-manifesto divulgada pelo Simon Wiesenthal Center (*), supostamente assinada pelo Hezbollah da Venezuela (
http://www.nuevasion.com.ar/sitio/nuevasion/MostrarNoticia.asp?edicion=58&seccion=7¬icia=3510 ). A carta conclama os muçulmanos que residem na América Latina a deixarem a indiferença de lado, frente ao drama que vivem o Islã e os muçulmanos espalhados pelo mundo, dizendo que isto faz com que sejam aliados daqueles que tentam destruí-los, numa atitude de covardia e de cumplicidade. O manifesto chega a perguntar: "Será que a sem-vergonhice dos muçulmanos latino-americanos os permitirá assistir a mais este ataque ao Islã com a costumeira indiferença? Será que vamos tolerar o ataque contra a uma nação governada por Deus?" E termina convocando os muçulmanos da América Latina a travarem a guerra santa (Jihad) contra os EUA e seus aliados, no território latino-americano.

Pode ter passado despercebido para muitos, mas, no dia 6 de agosto, uma bomba explodiu na porta de uma sinagoga em São Paulo. Parece que nosso país já importou a guerra santa – ou pelo menos demonstrou isso com as mensagens enviadas pelo presidente Lula aos libaneses, condenando os ataques de Israel no Líbano. Mas, ele não enviou nenhuma mensagem a Israel. Entenda-se como quiser.

O Hezbollah é financiado por doações de particulares e pelo imposto religioso cobrado pelas mesquitas espalhadas pelo mundo. Soma-se a isso a ajuda de nações estrangeiras "amigas", como a Síria e o Irã, por exemplo, cujo governo envia ao grupo cerca de 30 milhões de dólares por ano, através de transferências feitas pela Fundação Mostazafan–Janbazan - um dos Bancos mais importantes do oriente Médio. O Líbano é um país controlado pela Síria, desde 1975 – de modo que o Hezbollah não poderia controlar nem governar o sul daquele país e nem os guetos xiitas de Beirute, sem o consentimento do governo sírio. O Hezbollah hoje conta com uma rede de restaurantes, fábricas de alimentos, construtoras e imobiliárias que lhe permite manter uma rede de centros de assistência, escolas, hospitais e até uma cadeia de televisão chamada "Manar". Essa rede assistencialista, somada aos empreendimentos "culturais", assegura ao Hezbollah apoio político e militar. O salário que os militantes recebem é cerca de três vezes maior do que o de um trabalhador convencional no Líbano. Constituem um exército fantasma do qual só se conhecem os mortos. O grupo terrorista dispõe de um eleitorado fiel que apóia o movimento desde 1992, quando o Hezbollah resolveu conquistar poder no Líbano pelas vias eleitorais, elegendo 9 deputados para a Câmara de Beirute (hoje, são 11).

Qualquer semelhança com o que anda acontecendo em vários países da América Latina não é mera coincidência. Foi por isso que eu dediquei dois parágrafos ao Hezbollah, para poder elucidar um pouco da gravidade que é ter um homem que se auto intitula porta-voz da América Latina como aliado de um grupo radical como esse e de países que o financiam e o armam. Além disso, é bom que se percebam as semelhanças no "modus operandi" de grupos radicais organizados, sejam eles de criminosos comuns ou de terroristas (se é que ainda haja diferença entre eles). Em investigações da Polícia federal e do Ministério Público brasileiros sobre o crime organizado, divulgou-se a informação de que o PCC estaria preparando candidatos a Deputado e a Senador. Uma outra informação diz que o dinheiro do crime estaria sendo investido em imóveis – o que explicaria o fato de que, apesar da crise financeira da classe média, não há um só lançamento imobiliário nas grandes cidades brasileiras que não seja quase totalmente vendido em questão de 2 a 5 dias – alguns até em questão de horas. Entretanto, quando ficam prontos, leva até dois anos para que as unidades sejam ocupadas – sabe-se que muitas delas por inquilinos e não por proprietários.

Voltando à excursão ideológica (e bélica) de Hugo Chavez pelos países do "eixo do mal", tendo deixado o Iran, o presidente da Venezuela foi para o Vietnã, onde manteve a mesma postura antiamericana e anti-semita. Fez elogios ao líder revolucionário e ditador Ho Chi Minh, comparando-o a Simão Bolívar, e destacou o regime comunista vietnamita como modelo de revolução socialista: "O Vietnã, com sua bravura, derrotou o imperialismo, não só no campo de batalha. O Vietnã também manteve o socialismo no campo ideológico", disse o líder venezuelano, em entrevista coletiva, ao final da reunião com o presidente vietnamita, Nguyen Minh Triet.

Hugo Chavez retornou à Venezuela, na terça-feira, 4 de julho. Na bagagem, acordos (incluídos aí os de compra de armamentos), propostas, e uma indubitável solidificação da América Latina com as alianças da esquerda internacional, que responde pelo atual processo de globalização. Nesse sentido, ainda que sem aparente autorização, o presidente venezuelano carrega consigo a imagem de líder do bloco latino-americano, que pretende unificar, sob seu comando, como herdeiro de Fidel Castro nos planos de espalhar a revolução socialista pelas Américas. Hugo Chavez fala ao mundo como se fosse dono dos governos e das terras dos países da América Latina.

Chavez tem planos para o Brasil. Muitos planos. Ele faz visitas ao nosso país sem ter que passar pelo Palácio do Planalto. Participa de reuniões e emite opiniões sobre nossas questões internas com a maior sem-cerimônia. Há pouco tempo, esteve em Curitiba e disse que apostava em Lula nas próximas eleições, porque ele abriria as portas para a ascensão do líder do MST, João Pedro Stédile, à presidência do Brasil, em 2010. Esteve também em uma cidade do Nordeste e levou brasileiros à Venezuela para fazer cirurgia de catarata, com tudo pago. A experiência no Carnaval deste ano, financiando a escola de samba Vila Isabel, campeã de 2006, mostra que com um pouco de dólares tudo se arranja. Chavez está disposto a gastar, e muito.

O homem é o eleito de Fidel Castro (e seu sucessor, inclusive em Cuba) para espalhar a revolução socialista pela América Latina. Hugo Chavez tem dinheiro, está se armando. Vale lembrar que a Venezuela está ao norte da linha do Equador, o que, tecnicamente, lhe confere o "direito" de possuir armas nucleares (quem lê a série CAI O PANO sabe do que eu estou falando -
http://christina-fontenelle.blogspot.com/). O que a esquerda não conseguiu fazer quando Cuba era o território comunista nas Américas (Kennedy x Castro – os mísseis de Cuba), está se consolidando na Venezuela: base inimiga perto dos EUA, capaz de atingir o território norte-americano, bem como o que se salve na América do Sul como zona de retaguarda ocidental.

Pergunta: Por que os EUA simplesmente não param de comprar o petróleo venezuelano, já que o dinheiro que provém de sua venda é que alimenta o poder e os planos de Hugo Chavez? Se pudesse, os EUA certamente o teriam feito. O problema é que a Venezuela venderia seu petróleo para a China – que está precisando loucamente dessa fonte de energia inclusive para tocar sua indústria bélica (inclusive e principalmente a nuclear e a nanotecnológica) com maior velocidade. Além disso, as grandes corporações transnacionais – que representam a esquerda internacional nos EUA – trabalham no sentido de transformar o mundo numa aldeia global formada por blocos continentais unificados (ainda que os países que componham esses blocos conservem uma fachada de Estado independente e com fronteiras determinadas), o que faz com que o trabalho de Fidel, de Hugo Chavez e do Foro de São Paulo seja fundamental (mesmo que isso vá de encontro aos reais interesses do Estado norte-americano).

(*) O Simon Wiesenthal Center é uma organização judia internacional de direitos humanos (creditada pela ONU e pela UNESCO), que se dedica a preservar a memória do Holocausto, discutindo importantes questões sobre racismo, anti-semitismo, terrorismo, genocídio e disseminação do ódio pela Internet. Criado em 1977, o Centro conta com a adesão de 400 mil família e tem sedes em Nova York, Toronto, Miami, Jerusalém, Paris e Buenos Aires.