28 de nov. de 2007

Deus Salve o PCC


“Tenho vergonha dos políticos brasileiros” diz o adesivo nos carros. Mas quem os elege? Melhor culpar o outro. Pensamento simplista e chinfrim que favorece o pilantra. Elegeu o corrupto? Ladrão? Mentiroso? Quadrilheiro? Cadeia! Mas, no máximo, o criminoso ameaça seus desavergonhados companheiros de denunciar seus delitos ou renuncia para se reeleger.

Para aprovar a CPMF na Câmara, imposto que Lula e o PT nunca se envergonharam de negar na era FHC, já foram liberados, por enquanto, R$ 514,3 milhões. Lula - que à época do mensalão via traição no PT, mas que hoje defende a legenda como a mais ética do Brasil! –, além de dar apoio a Renan Calheiros, denunciou a “morte anunciada do transporte aéreo” em 2002. Em 2007, após sete ultimatos com dia e hora marcados para o término do caos aéreo, declarou, sem vergonha, que fora pego de “surpresa” sobre o vergonhoso assunto. Mentiu em 2007 ou em 2002?

Na pesquisa do Ibope Opinião, 75% dos brasileiros “admitem ser capazes de cometer irregularidades em cargos públicos”. Mais: ligação de luz clandestina, suborno ao guarda, pirataria, sonegação e falsificação de documentos são alguns vergonhosos exemplos do dia-a-dia. Resultado: a “força do povo” reelegeu o traído e seus traidores mensaleiros Valdemar Costa Neto, Antônio Palocci, José Genoíno, João Paulo Cunha, Pedro Henry e Paulo Rocha.

Como mudar o Brasil dos 87% de jovens que aceitam a vergonha da corrupção? Entre os 50 anos ou mais, o índice baixa para 60%. Os canalhas também envelhecem. Pior: mais anos na escola, maior a tolerância com a desonra política. Os desavergonhados com nível superior são 85%; os de até a 4ª série são 62%.

Isso mostra que educação, apesar de importantíssima, não é tudo. Caráter acima de tudo! Mas esse caráter é o pregado por 30 anos pelo PT? É o do PSDB mensaleiro? É o que se acaba quando o pobre vê a chance de enriquecer desonestamente? O caráter dos partidos políticos? Sugiro outro partido: Partido do Caráter de Cristo (PCC). Cristo mostrou seu caráter ao não se envergonhar em desafiar e apontar os erros dos políticos, religiosos, falsos profetas, traidores do povo e toda a sorte de pilantras da época. Cristo é a verdade, o bem, o caráter exemplar, advertiu sobre o pecado, rechaçou a hipocrisia, combateu a desumanidade, a corrupção, assistiu aos necessitados e ensinou a vontade do Pai: retidão e amor ao próximo.

Deus salve o PCC!

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...A meu ver, 99% dos funcionários públicos são corruptos. Em alguns órgãos - Ibama, por exemplo -, chega-se a 110%.

Os patifes das Zaméricas

por Adriana Vandoni do Argumento & Prosa

Evo Morales chegou ao poder na Bolívia anunciando pagar uma "dívida histórica" com os povos de origem indígena, como ele. Tudo certo se para alcançar a presidência ele não tivesse pregado, no lugar de oportunidades iguais aos povos desiguais, um confronto entre um e outro. Ao estilo esquerdopata patife que quer estabelecer o caos para estabelecer sua primazia. Esse pensamento anódino é recorrente na esquerda latina, aquela que quando chega ao poder, chega com o objetivo de extravasar todo seu rancor e recalque. Esse modelo que reúne populismos, autoritarismo, uma dose de demência e muito, mas muito cinismo, não deu certo em nenhum lugar do mundo. Mas esta nova geração de esquerdinhas aprendizes de déspotas latino-americanos, parece que não ter percebido que são projetos falidos.

Na Bolívia está iniciando um confronte de classes. Para se proteger e por não confiar no exército boliviano, Evo Morales convocou sua própria milícia, o Ponchos Vermelhos. Um grupo formado por índios aymaras radicais (mesma origem de Evo), cerca de 100 mil homens, segundo seus dirigentes, que de tão primitivos, na semana passada, durante uma assembléia no planalto andino (com a participação de outros grupos milicianos pró-Evo), realizaram um ritual onde degolaram dois cachorros, como uma amostra aos opositores de Evo do que eles são capazes de fazer. Edgar Patana, dirigente da Central Operária Regional de El Alto, anunciou que "começou a batalha decisiva, a última que esperava o povo".

Morales não só legitimou esse grupo miliciano antes ilegal, como concedeu a ele status militar e comparou a missão do grupo à do exército boliviano. O ato aconteceu em janeiro, durante a comemoração do primeiro ano de Evo Morales na presidência, quando o grupo Ponchos Vermelhos, desfilou pelas ruas de La Paz empunhando fuzis. Foi sob as ordens de Morales que o Ponchos Vermelhos marcharam na semana passada até Sucre, capital oficial da Bolívia, para defender a Constituinte. O confronto matou quatro jovens.

A situação que Evo Morales e o seu partido MAS está criando na Bolívia fere de morte a democracia, por outro lado atende exatamente aos projetos expansionistas do "patife mor das Zaméricas", Hugo Chávez.

Perceba que existe uma simetria nos discursos dos neo patifes. Evo não faz um só discurso sem que jogue toda a culpa da miséria de alguns nas costas dos "fazendeiros", que são contra as alterações na constituição por serem contra o povo indígena oprimido, ou seja, querem continuar explorando o povo boliviano, esse é o discurso de Evo. Ao mesmo estilo, aqui Lula diz retoricamente que "rico não gosta de ver pobre melhorando de vida".

Chávez conquistou o direito de permanecer no poder. Evo propôs isso na sua nova Constituição. Lula está armando seu 3º mandato e só não conseguirá se não quiser.

Agora vamos perceber a movimentação do "patife mor das Zaméricas". Na Bolívia, existe a suspeita de que Chávez tenha financiado a modernização do armamento de grupos paramilitares. No ano passado Evo e Chávez assinaram um acordo autorizando, caso haja confronto na Bolívia, que Chávez faça uma intervenção no país. Na Colômbia este desequilibrado estava tentando uma manobra para se aproximar das FARC com a desculpa de intermediar a libertação de seqüestrados. Lá o presidente Uribe o colocou para correr. Disse de forma certeira o que muitos já perceberam, que enquanto Chávez fala de imperialismo americano, suas pegadas mostram que ele deseja expandir o território venezuelano, e usa discursos e ideologias para conquistar o seu objetivo. No Brasil o "patife mor das Zaméricas" costuma manter contato direto com João Pedro Stedile, que comanda uma organização clandestina, pois o MST não existe juridicamente. Chávez entra e sai do Brasil sem ser anunciado como chefe de estado, apenas para se reunir com o MST.

E assim a América Latina perde mais uma oportunidade de se desenvolver, atrapalhada mais uma vez pela recorrência de déspotas de mierda, só que agora de esquerda. Enquanto o mundo se moderniza e discute assuntos relacionados ao seu desenvolvimento, nossos "chefes latinos" ainda discursam sobre luta de classes, um discurso de um século atrás, e que ainda existe apenas nas cabeças desses fascistas. É, o continente asiático já sentiu na prática e na pele o que é o socialismo, e nem de longe vemos que o desejam de volta. Quem sabe é a hora da América Latina sentir o peso real do socialismo. Na Ásia, só na China 70 milhões de pessoas perderam suas vidas, quantos morreriam na América Latina?

E assim começa a nascer a nova "ditadura democrática" na América Latina, banhada de sangue e liderada por esses patifes.

Resposta a um jovem iludido

JOSÉ PIO MARTINS* - Instituto Liberal

Qualquer pessoa tem direito às suas próprias opiniões, mas não aos seus próprios fatos.

Foi assim que comecei a resposta a um jovem que dissera estar eu enganado sobre Ernesto “Che” Guevara. A reação do indignado jovem veio a propósito de artigo que publiquei na Gazeta do Povo em 14/12/2006, sob o título “O Triste Fim dos Carniceiros”. O jovem se indignara porque, segundo ele sabia, “Che” não teria comandado execuções de opositores e, portanto, ele não poderia ser igualado a ditadores sanguinários.

Reafirmei que Guevara foi membro da alta direção do governo de Fidel, após a tomada do poder pela revolução cubana e a deposição de Fulgêncio Batista, e que, de temperamento agressivo e sem habilidade política, logo no início do governo ele comandou, pessoalmente, a execução de aliados do antigo governo. Guevara ocuparia, posteriormente, a presidência do Banco Nacional e o Ministério das Indústrias e, para tristeza do “menino”, asseverei que “Che” foi, sim, sócio do “paredón”, nome dado às filas de pessoas que eram fuziladas e caíam para trás nas valas abertas onde eram enterradas.

De qualquer forma, esse jovem está apenas imitando artistas e intelectuais brasileiros que, estranhamente, se diziam contra ditaduras e torturas, mas bajulavam e visitavam Fidel Castro regularmente. É como afirmei no meu artigo: essas pessoas não agem em função de um princípio, qual seja o de serem contra ditadores e seus extermínios; eles são contra ditadores de direita, enquanto amam ditadores de esquerda, não importa se estes torturam e matam. Aquele que é defensor da liberdade e dos direitos individuais, o verdadeiro liberal, deve ser contra qualquer ditadura e qualquer ditador. É uma questão de valores e de princípio; não há meio termo.

Nunca entendi por que um juiz espanhol resolveu processar apenas Pinochet, enquanto há enorme tolerância mundial com carniceiros de esquerda como o próprio Fidel Castro e Kim Jong II da Coréia do Norte, para ficar em apenas dois. Todos deveriam ser submetidos à mesma regra. O planeta vive dias dramáticos. A ONU acaba de divulgar um relatório mostrando que o aquecimento global é muito pior do que se pensava e que, a continuar nesse ritmo, a humanidade corre sério risco de praticamente desaparecer em um século. Em termos de história, um século é um instante; não é nada.

Ninguém mais tem o direito de isolar-se do mundo, ignorar os problemas ambientais ou exercer o direito de atentar contra a vida humana por questões políticas. Esses ditadores fecham seus regimes, sonegam informações, poluem a natureza, rejeitam a integração internacional, matam seus opositores e não dão a mínima importância para o fato de seu país ser um pedaço do planeta Terra, que está pedindo para ser salvo, para que a raça humana sobreviva. Os tiranetes de quinta categoria, sejam de direita ou de esquerda, precisam acabar mal, para desencorajar aventuras similares. Aqui na América do Sul estamos assistindo um retrocesso lamentável em três países: Venezuela, Bolívia e Equador. Embora ainda não tenham começado a exterminar seus opositores, certamente o farão caso continuem por muito tempo no poder com suas mentes insanas e suas agressões à liberdade.

Sugeri ao jovem desiludido e desapontado que estude e se informe, para não ir na “onda” nem tomar como verdadeiras versões que ele nem sabe como chegaram à sua mente. O jovem me disse que tinha Guevara como um herói romântico, sensível, amante da liberdade, respeitador dos direitos humanos e preocupado com os problemas sociais. Talvez ele apenas tenha sido iludido por uma propaganda subliminar, que trata certos ditadores tidos como de esquerda como sendo bons moços humanitários, apenas porque travestem seus extermínios como sendo necessários para implantar um regime preocupado em erradicar a miséria e a pobreza. Nada mais falso e tolo.

* Professor de economia, vice-reitor do Centro Universitário Positivo – UnicenP
pio@unicenp.edu.br
Tel.: (41) 3317-3010.
Fax: (41) 3317-3030