30 de nov. de 2007

Há duas opções:
a democracia ou um regime comuno-fascista

Leiam ainda:
Forças Armadas são o último bastião da luta democrática, também do Aluízio Amorim.

Quem acompanha os meus artigos aqui sabe perfeitamente que busco analisar o comentar os fatos a partir de uma ótica democrática e eminentemente liberal. Aqueles que pela primeira vez passam por aqui podem imaginar, à primeira vista, que se trata de escrevinhador que implica com Lula e o PT por puro preconceito ou que talvez esteja comprometido com os partidos oposicionistas. Mas isto é um tremendo engano.

Não teria nada contra Lula e seus sequazes, a não ser eventuais críticas pontuais, se eles governassem como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como Itamar Franco e até mesmo como José Sarney.

Sim. É isto mesmo, porque não consta que esses governantes tenham, em algum momento, insinuado projetos continuistas de estilo comuno-fascista.

Por incrível que pareça tornou-se uma heresia para o oficialismo ressaltar as qualidades do governo FHC. Mas perto do que faz o PT o governo passado é um exemplo de boa governança.

Tenho restrições quanto o governo de FHC. A primeira delas é exatamente o seu viés esquerdizante e antiliberal em que pese o fato de que tenha tomado algumas medidas para diminuir o tamanho do Estado.

Em contrapartida criou o programa bolsa-família e deixou, como herança maldita, a CPMF. Sim, foi o governo do PSDB que engendrou esses dois monstrengos acreditando ainda, como os esquerdóides, que o Estado pode tudo.

O PSDB sempre foi e continua sendo um partido titubeante e que sequer tem coragem de assumir e alardear aquilo que fez de melhor quando esteve no poder, que foi privatizar as telecomunicações, fato que permitiu a universalização da telefonia, antes um equipamento de uso restrito das classes média e alta.

Entretanto a boa governança de FHC reside, mais precisamente, num aspecto que o diferencia fundamentalmente do PT: o respeito às instituições democráticas. Em nenhum momento, ao longo de oito anos de mandato, FHC e seu partido jamais esboçaram qualquer tentativa de alterar o regime democrático ou turbar a alternância do poder.

Nunca postularam o democratismo, que significa usar as liberdades democráticas para mais adiante assestar contra elas um golpe mortal. Nunca armaram milícias paramilitares como o MST ou açularam os bate-paus de centrais sindicais, como faz o PT com a CUT. FHC também nunca quis calar a imprensa ou censurá-la e, muito menos, implantar uma emissora de TV estatal.

Os mais ingênuos e desavisados poderão colocar objeções à minha análise. Dirão que estou exagerando, vendo fantasma ao meio-dia. Ocorre que a realidade fala alto, mas é sufocada pela ação anestesiante do rolo compressor da propaganda oficial e pelo aparelhamento de todos os órgãos públicos e empresas estatais.

Já se levantam suspeitas de que até mesmo as Forças Armadas estariam sendo aparelhadas pelo petralhismo à força de seu esvaziamento no que respeita à alocação de recursos necessários a essa importante instituição democrática.

Sim. As Forças Armadas são instituições democráticas como são nos países civilizados, submetidas aos mandamentos constitucionais e não sujeitas aos caprichos dos governantes do momento.

Chega-se, portanto, ao final de 2007 com o país numa encruzilhada. Há dois caminhos a tomar: a defesa intransigente das instituições democráticas, o que requer uma atitude firme dos dois maiores partidos de oposição, o PSDB e o DEM; ou então aceitar placidamente que Lula e seus sequazes sigam os passos do tirano-bufão da Venezuela e consagrem o 3º mandato, implantando definitivamente no Brasil um regime comuno-fascista.

O primeiro passo para garantir a sobrevivência das instituições democráticas será derrotar a CPMF. Esta ação terá dois efeitos: um é técnico-burocrático destinado a aliviar a asfixiante carga tributária que atravanca o desenvolvimento; o outro, é simbólico, porquanto resgata a independência do Legislativo e sinaliza que a Nação rejeita, de forma peremptória, manobras continuistas e esquerdizantes e, ao mesmo tempo, bendiz as liberdades democráticas.

Entrevista com Brasilóide

por Marcelo Scotton no Diego Casagrande

Estava visitando meus pais em minha cidade natal. Lá, acontecia uma micareta. Ia atrás de sossego e ele fugia de mim. Acabei indo embora no mesmo dia em que cheguei. Antes de ir, consegui entrevistar um folião – identificado apenas como "Brasilóide" – que brincava o carnaval fora de época rua afora. Foi a maior aula de sociologia que já tive.

Eu: Você ama o Brasil?

Brasilóide: Eu amo esse meu Brasil brasileiro! Sou capaz de dizer isso mesmo diante de um traumatizante assalto a mão armada ou de um arrastão no Túnel Rebouças!

Eu: E por que você ama o Brasil?

Brasilóide: Simplesmente porque aqui é o melhor país do mundo! E é onde eu nasci! Temos carnaval, calor, o melhor futebol do mundo e somos penta!

Eu: Além destas grandes expressões culturais, o que mais o país tem de bom?

Brasilóide: Nossas mulheres são as mais bonitas do mundo. As estrangeiras são todas feias, azedas, frias e sem graça! Temos santo, vice-miss mundo e astronauta! Além disso, o Brasil é o país do futuro e Deus é brasileiro! Quer mais ou chega? É verde e amarelo, minha gente!

Eu: Presumo que como bom brasileiro, você odeia os americanos.

Brasilóide: Não é americano, é estadunidense! Americano é quem nasce na América! Odeio sim os Estados Unidos, esse país imperialista e capitalista que tem inegáveis interesses no nosso dinheiro e recursos naturais! O povo deles é manipulado pela mídia! Nós brasileiros sim, sabemos da verdade, não somos enganados! Somos malandros, irreverentes e espertos!

Eu: Espertos? Você lê jornal? Sabe que somos um dos países mais corruptos do mundo, piorando a cada ano?

Brasilóide: Não leio jornal, ler é chato e me dá sono. Mas vejo Jornal Nacional! Podemos até ser abusados pelos políticos, mas levamos no maior bom humor e sambando. Onde você encontra um povo assim, me diz? E se quer saber, temos uma política evoluída graças ao voto eletrônico e ao nosso pai dos pobres, o Lula, em quem votei!

Eu: Você sabia que a violência urbana no Brasil mata muito, muito mais anualmente do que a guerra do Iraque, por exemplo?

Brasilóide: Não sabia, mas violência tem em todo lugar. Porque não aqui? Pelo menos não temos terremoto, terrorismo, Bin Laden, nem tsunami!

Eu: Sua ignorância é chocante. Se você não lê e não se informa, então o que faz da vida? Estuda, trabalha ou só faz hora extra no mundo?

Brasilóide: Não gosto de trabalhar e sempre matei muita aula. Gosto mesmo é de zoar com os amigos e beber, beber muito! Jogo bola bem como todo brasileiro! Durmo muito, umas 12 horas por dia! E no domingo fico ligado na TV o dia todo, adoro BBB, Faustão e Galvão Bueno!

Eu: Me diga o que você achou do filme "Tropa de Elite".

Brasilóide: O cinema nacional é sem dúvida o melhor do mundo, de longe! Não tem para Hollywood. Mas não vi esse filme pois me falaram para eu não ver, porque o filme é de direita! Odeio o capitalismo, que é coisa de direita! Amo Che Guevara, Cuba, comunismo, socialismo e tudo que vai contra o imperialismo estadunidense!

Eu: Quero publicar essa entrevista em um jornal e em um blog. Posso?

Brasilóide: Claro que pode! Eu não vou ler mesmo!
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Um país de Débis e Lóides

Sobre a extraordinária síntese do Supremo Apedeuta


Em visita às favelas da zona sul do Rio de Janeiro, o Supremo Apedeuta foi rápido no sofisma: "

Ouviu o galo cantar mas não sabe onde. Não é que pobre na favela seja vergonha. Pobreza é vergonha em qualquer parte do mundo. Além disto, as favelas ostentam uma vergonha a mais, a de serem territórios livres para o tráfico. De constituírem verdadeiros Estados dentro do Estado, sobre os quais não mais se exerce a autoridade do governo central. Nem mesmo do governo estadual e muito menos do governo municipal.

Brasileiro que um dia passou pela Costa Amalfitana tem uma estranha sensação de déjà-vu. Cidades como Positano, Amalfi, Ravelo, belíssimas e de alto padrão de vida, têm a mesma estrutura vertical de nossas favelas. Com uma diferença: lá só mora quem é rico. Serão certamente as mais caras cidades da Itália. Não é que rico seja chique quando mora no morro. Ser rico é ser chique. Seja no morro, seja no asfalto.

Em seu português arrevesado, continuou o Apedeuta: "Houve um tempo em que favela era uma coisa poética. Quem não lembra da Saudosa Maloca? Quem não lembra de Barracão de Zinco. Mas, hoje, favela, embora more uma maioria de pessoas honestas e trabalhadores, pelas dificuldades geográficas e pela degradação, a gente percebe que as favelas mais violentas são reprodutoras de mais violência, de jovens que não têm oportunidade".

Não disse água sobre o grande drama das favelas, o das drogas. Não é que a favela fosse poética nos tempos da Saudosa Maloca. Por um lado, o morro não estava tomado pelas drogas. Por outro, no mundo das artes nunca faltou quem gostasse de poetizar a miséria. Quem cantava as virtudes do barracão de zinco nunca morou em um barracão de zinco.

Lula tem uma grande virtude, a capacidade de síntese. Em pequenas frases, consegue sintetizar uma montanha de bobagens. Isso não é para qualquer um.

Caras emoções baratas

por Nelson Motta, na Folha de S. Paulo - Diego Casagrande


Por onde andam Darci Vedoin e seus amigos das ambulâncias? E Zuleido Veras, sumiu com seu iate na baía de Todos os Santos? E o pobre Freud Godói, que, mesmo inocente, teve que pedir para sair? E Waldomiro Diniz, réu confesso e ícone histórico do clePTopetismo? Onde andará churrascando Lorenzetti? Eles não telefonam, não escrevem, não dão notícias, já estamos todos com saudades de suas peraltices.

Este é o pior efeito colateral do épico pornopolítico de Renan Calheiros, que, durante meses, sugou todas as atenções para si, deixando na sombra e no esquecimento os escândalos anteriores. Agora que a novela está próxima do desfecho e, como vem acontecendo ultimamente, o vilão será perdoado, o público aguarda ansioso pelo novo escândalo. Já não conseguimos viver sem eles, estamos dependentes dessas emoções baratas, inebriados pelas ilusões de que os crimes estão sendo descobertos e está sendo feita justiça, acreditando nos paraísos artificiais em que os criminosos, especialmente os políticos, são presos e o dinheiro é devolvido.

Os militantes profissionais salivam na internet na expectativa de revelações, ou mesmo de mentiras, que levem os adversários ao pelourinho; a mídia corre atrás de carne fresca para o público ávido de sangue e de vingança; os políticos atingidos multiplicam os seus dossiês contra adversários, e até contra correligionários, para desviar o foco, em busca do esquecimento e da impunidade.

A guerra de lama está virando esporte nacional em nossos dias. Emporcalhados, chafurdando no lodaçal da ideologia, os combatentes só conseguem dizer: "foi ele que começou" ou "ele roubou e mentiu mais do que eu". Mas, no final, como sempre na história deste país, uma mão suja a outra, e salvam-se todos.

29 de nov. de 2007

Brasil está entre piores em Educação no mundo

O Brasil supera apenas Colômbia, Tunísia, Azerbaijão, Catar e Quirguistão em uma lista da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que avaliou o nível de educação de ciências para estudantes de 15 anos em 57 países. A organização testou os conhecimentos de aproximadamente 400 mil adolescentes em nações que são responsáveis por 90% da economia global.

Além das noções de ciências, o teste verificou a capacidade de leitura e de matemática, e como os estudantes utilizavam esse conhecimento para resolver problemas cotidianos. Os finlandeses obtiveram os melhores resultados, seguidos pelos jovens de Hong Kong e do Canadá.

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É a "Criatividade" em excesso.

28 de nov. de 2007

Deus Salve o PCC


“Tenho vergonha dos políticos brasileiros” diz o adesivo nos carros. Mas quem os elege? Melhor culpar o outro. Pensamento simplista e chinfrim que favorece o pilantra. Elegeu o corrupto? Ladrão? Mentiroso? Quadrilheiro? Cadeia! Mas, no máximo, o criminoso ameaça seus desavergonhados companheiros de denunciar seus delitos ou renuncia para se reeleger.

Para aprovar a CPMF na Câmara, imposto que Lula e o PT nunca se envergonharam de negar na era FHC, já foram liberados, por enquanto, R$ 514,3 milhões. Lula - que à época do mensalão via traição no PT, mas que hoje defende a legenda como a mais ética do Brasil! –, além de dar apoio a Renan Calheiros, denunciou a “morte anunciada do transporte aéreo” em 2002. Em 2007, após sete ultimatos com dia e hora marcados para o término do caos aéreo, declarou, sem vergonha, que fora pego de “surpresa” sobre o vergonhoso assunto. Mentiu em 2007 ou em 2002?

Na pesquisa do Ibope Opinião, 75% dos brasileiros “admitem ser capazes de cometer irregularidades em cargos públicos”. Mais: ligação de luz clandestina, suborno ao guarda, pirataria, sonegação e falsificação de documentos são alguns vergonhosos exemplos do dia-a-dia. Resultado: a “força do povo” reelegeu o traído e seus traidores mensaleiros Valdemar Costa Neto, Antônio Palocci, José Genoíno, João Paulo Cunha, Pedro Henry e Paulo Rocha.

Como mudar o Brasil dos 87% de jovens que aceitam a vergonha da corrupção? Entre os 50 anos ou mais, o índice baixa para 60%. Os canalhas também envelhecem. Pior: mais anos na escola, maior a tolerância com a desonra política. Os desavergonhados com nível superior são 85%; os de até a 4ª série são 62%.

Isso mostra que educação, apesar de importantíssima, não é tudo. Caráter acima de tudo! Mas esse caráter é o pregado por 30 anos pelo PT? É o do PSDB mensaleiro? É o que se acaba quando o pobre vê a chance de enriquecer desonestamente? O caráter dos partidos políticos? Sugiro outro partido: Partido do Caráter de Cristo (PCC). Cristo mostrou seu caráter ao não se envergonhar em desafiar e apontar os erros dos políticos, religiosos, falsos profetas, traidores do povo e toda a sorte de pilantras da época. Cristo é a verdade, o bem, o caráter exemplar, advertiu sobre o pecado, rechaçou a hipocrisia, combateu a desumanidade, a corrupção, assistiu aos necessitados e ensinou a vontade do Pai: retidão e amor ao próximo.

Deus salve o PCC!

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...A meu ver, 99% dos funcionários públicos são corruptos. Em alguns órgãos - Ibama, por exemplo -, chega-se a 110%.

Os patifes das Zaméricas

por Adriana Vandoni do Argumento & Prosa

Evo Morales chegou ao poder na Bolívia anunciando pagar uma "dívida histórica" com os povos de origem indígena, como ele. Tudo certo se para alcançar a presidência ele não tivesse pregado, no lugar de oportunidades iguais aos povos desiguais, um confronto entre um e outro. Ao estilo esquerdopata patife que quer estabelecer o caos para estabelecer sua primazia. Esse pensamento anódino é recorrente na esquerda latina, aquela que quando chega ao poder, chega com o objetivo de extravasar todo seu rancor e recalque. Esse modelo que reúne populismos, autoritarismo, uma dose de demência e muito, mas muito cinismo, não deu certo em nenhum lugar do mundo. Mas esta nova geração de esquerdinhas aprendizes de déspotas latino-americanos, parece que não ter percebido que são projetos falidos.

Na Bolívia está iniciando um confronte de classes. Para se proteger e por não confiar no exército boliviano, Evo Morales convocou sua própria milícia, o Ponchos Vermelhos. Um grupo formado por índios aymaras radicais (mesma origem de Evo), cerca de 100 mil homens, segundo seus dirigentes, que de tão primitivos, na semana passada, durante uma assembléia no planalto andino (com a participação de outros grupos milicianos pró-Evo), realizaram um ritual onde degolaram dois cachorros, como uma amostra aos opositores de Evo do que eles são capazes de fazer. Edgar Patana, dirigente da Central Operária Regional de El Alto, anunciou que "começou a batalha decisiva, a última que esperava o povo".

Morales não só legitimou esse grupo miliciano antes ilegal, como concedeu a ele status militar e comparou a missão do grupo à do exército boliviano. O ato aconteceu em janeiro, durante a comemoração do primeiro ano de Evo Morales na presidência, quando o grupo Ponchos Vermelhos, desfilou pelas ruas de La Paz empunhando fuzis. Foi sob as ordens de Morales que o Ponchos Vermelhos marcharam na semana passada até Sucre, capital oficial da Bolívia, para defender a Constituinte. O confronto matou quatro jovens.

A situação que Evo Morales e o seu partido MAS está criando na Bolívia fere de morte a democracia, por outro lado atende exatamente aos projetos expansionistas do "patife mor das Zaméricas", Hugo Chávez.

Perceba que existe uma simetria nos discursos dos neo patifes. Evo não faz um só discurso sem que jogue toda a culpa da miséria de alguns nas costas dos "fazendeiros", que são contra as alterações na constituição por serem contra o povo indígena oprimido, ou seja, querem continuar explorando o povo boliviano, esse é o discurso de Evo. Ao mesmo estilo, aqui Lula diz retoricamente que "rico não gosta de ver pobre melhorando de vida".

Chávez conquistou o direito de permanecer no poder. Evo propôs isso na sua nova Constituição. Lula está armando seu 3º mandato e só não conseguirá se não quiser.

Agora vamos perceber a movimentação do "patife mor das Zaméricas". Na Bolívia, existe a suspeita de que Chávez tenha financiado a modernização do armamento de grupos paramilitares. No ano passado Evo e Chávez assinaram um acordo autorizando, caso haja confronto na Bolívia, que Chávez faça uma intervenção no país. Na Colômbia este desequilibrado estava tentando uma manobra para se aproximar das FARC com a desculpa de intermediar a libertação de seqüestrados. Lá o presidente Uribe o colocou para correr. Disse de forma certeira o que muitos já perceberam, que enquanto Chávez fala de imperialismo americano, suas pegadas mostram que ele deseja expandir o território venezuelano, e usa discursos e ideologias para conquistar o seu objetivo. No Brasil o "patife mor das Zaméricas" costuma manter contato direto com João Pedro Stedile, que comanda uma organização clandestina, pois o MST não existe juridicamente. Chávez entra e sai do Brasil sem ser anunciado como chefe de estado, apenas para se reunir com o MST.

E assim a América Latina perde mais uma oportunidade de se desenvolver, atrapalhada mais uma vez pela recorrência de déspotas de mierda, só que agora de esquerda. Enquanto o mundo se moderniza e discute assuntos relacionados ao seu desenvolvimento, nossos "chefes latinos" ainda discursam sobre luta de classes, um discurso de um século atrás, e que ainda existe apenas nas cabeças desses fascistas. É, o continente asiático já sentiu na prática e na pele o que é o socialismo, e nem de longe vemos que o desejam de volta. Quem sabe é a hora da América Latina sentir o peso real do socialismo. Na Ásia, só na China 70 milhões de pessoas perderam suas vidas, quantos morreriam na América Latina?

E assim começa a nascer a nova "ditadura democrática" na América Latina, banhada de sangue e liderada por esses patifes.

Resposta a um jovem iludido

JOSÉ PIO MARTINS* - Instituto Liberal

Qualquer pessoa tem direito às suas próprias opiniões, mas não aos seus próprios fatos.

Foi assim que comecei a resposta a um jovem que dissera estar eu enganado sobre Ernesto “Che” Guevara. A reação do indignado jovem veio a propósito de artigo que publiquei na Gazeta do Povo em 14/12/2006, sob o título “O Triste Fim dos Carniceiros”. O jovem se indignara porque, segundo ele sabia, “Che” não teria comandado execuções de opositores e, portanto, ele não poderia ser igualado a ditadores sanguinários.

Reafirmei que Guevara foi membro da alta direção do governo de Fidel, após a tomada do poder pela revolução cubana e a deposição de Fulgêncio Batista, e que, de temperamento agressivo e sem habilidade política, logo no início do governo ele comandou, pessoalmente, a execução de aliados do antigo governo. Guevara ocuparia, posteriormente, a presidência do Banco Nacional e o Ministério das Indústrias e, para tristeza do “menino”, asseverei que “Che” foi, sim, sócio do “paredón”, nome dado às filas de pessoas que eram fuziladas e caíam para trás nas valas abertas onde eram enterradas.

De qualquer forma, esse jovem está apenas imitando artistas e intelectuais brasileiros que, estranhamente, se diziam contra ditaduras e torturas, mas bajulavam e visitavam Fidel Castro regularmente. É como afirmei no meu artigo: essas pessoas não agem em função de um princípio, qual seja o de serem contra ditadores e seus extermínios; eles são contra ditadores de direita, enquanto amam ditadores de esquerda, não importa se estes torturam e matam. Aquele que é defensor da liberdade e dos direitos individuais, o verdadeiro liberal, deve ser contra qualquer ditadura e qualquer ditador. É uma questão de valores e de princípio; não há meio termo.

Nunca entendi por que um juiz espanhol resolveu processar apenas Pinochet, enquanto há enorme tolerância mundial com carniceiros de esquerda como o próprio Fidel Castro e Kim Jong II da Coréia do Norte, para ficar em apenas dois. Todos deveriam ser submetidos à mesma regra. O planeta vive dias dramáticos. A ONU acaba de divulgar um relatório mostrando que o aquecimento global é muito pior do que se pensava e que, a continuar nesse ritmo, a humanidade corre sério risco de praticamente desaparecer em um século. Em termos de história, um século é um instante; não é nada.

Ninguém mais tem o direito de isolar-se do mundo, ignorar os problemas ambientais ou exercer o direito de atentar contra a vida humana por questões políticas. Esses ditadores fecham seus regimes, sonegam informações, poluem a natureza, rejeitam a integração internacional, matam seus opositores e não dão a mínima importância para o fato de seu país ser um pedaço do planeta Terra, que está pedindo para ser salvo, para que a raça humana sobreviva. Os tiranetes de quinta categoria, sejam de direita ou de esquerda, precisam acabar mal, para desencorajar aventuras similares. Aqui na América do Sul estamos assistindo um retrocesso lamentável em três países: Venezuela, Bolívia e Equador. Embora ainda não tenham começado a exterminar seus opositores, certamente o farão caso continuem por muito tempo no poder com suas mentes insanas e suas agressões à liberdade.

Sugeri ao jovem desiludido e desapontado que estude e se informe, para não ir na “onda” nem tomar como verdadeiras versões que ele nem sabe como chegaram à sua mente. O jovem me disse que tinha Guevara como um herói romântico, sensível, amante da liberdade, respeitador dos direitos humanos e preocupado com os problemas sociais. Talvez ele apenas tenha sido iludido por uma propaganda subliminar, que trata certos ditadores tidos como de esquerda como sendo bons moços humanitários, apenas porque travestem seus extermínios como sendo necessários para implantar um regime preocupado em erradicar a miséria e a pobreza. Nada mais falso e tolo.

* Professor de economia, vice-reitor do Centro Universitário Positivo – UnicenP
pio@unicenp.edu.br
Tel.: (41) 3317-3010.
Fax: (41) 3317-3030

25 de nov. de 2007

Doença Nacional - por Maria Lucia Victor Barbosa

Se você, caro leitor, não tem o hábito de ler jornais e sua informação deriva apenas do que é veiculado pelas redes de televisão, irá crer com fé inquebrantável que Deus é brasileiro porque nosso país é o próprio paraíso na terra depois que Lula da Silva ascendeu ao poder. A Saúde, disse o presidente, está perto da perfeição. O desemprego caiu. Os pobres comem três refeições por dia porque o programa Fome Zero deu certo. O mundo se curva para o Brasil, mesmo porque, ganhamos o jogo contra o Uruguai. Portanto, essa coisa de caos aéreo, caos da Saúde, caos do gás, impostos escorchantes, entre eles a famigerada CPMF apresentada como salvação nacional, falta de infra-estrutura, fracasso de políticas públicas, violência urbana chegando a níveis insuportáveis, violência praticada pelos chamados movimentos sociais ligados a Via Campesina, como o MST e congêneres, não existem. São intriga da oposição, mentiras dos que não aceitam que o Brasil deu certo. Tão pouco existe corrupção no governo, apesar da queda constante de ministros ou de casos escabrosos onde petistas, diante de montanhas de provas e evidências se declaram inocentes, enquanto seu líder afirma que nada vê, de nada sabe. Afinal, ele é apenas um pobre presidente da República.

Assim, idiotizados pela propaganda, enlevados pelo mito do "pobre operário" cuidadosamente construído pelo PT, aceitamos com naturalidade a total inversão de valores que aos poucos vai erodindo o que resta de nossa civilidade. Temerosos de infringir o politicamente correto damos por certo que elite é um termo pejorativo ao invés de significar produto de qualidade. Nos curvamos ao veneno destilado pelos seguidores dos novos donos do poder que, usando a velha tática de dividir para dominar, a qual por sua vez é indutora de simplismos maniqueístas, divide a sociedade entre maus (aqueles que não são do PT) e bons (os que são petistas); elites (ricos maus e exploradores, em que pesem as doações dos grandes empresários para as campanhas milionárias do mitológico pobre operário e do fato deste e de seus mandarins da cúpula petista terem chegado ao paraíso da burguesia) e pobres (classe majoritária que foi resgatada das garras do capitalismo selvagem por LILS, o iluminado salvador da pátria); brancos (transgressores dos direitos humanos e opressores dos negros) e negros (cujo direito de odiar brancos e agredi-los é algo natural, como disse uma ministra do bondoso pai Lula). E temos apenas dois partidos: PT e PSDB (quem não pertence ao Partido dos Trabalhadores fatalmente é tucano, ainda que não faça parte de nenhum partido).

Acentua-se no Brasil, portanto, o etnocentrismo, ou seja, o julgamento que tudo o que é de alguns é bom e de outros é mau. É o radicalismo do "meu" e do "seu". Não temos meios termos. Não existem morenos, mulatos, cafusos. Ou se é negro ou se é branco. Ninguém se salva fora do PT e todos que pertencem ao PT são cidadãos acima de qualquer suspeita, façam o que fizerem.

A chamada base governista, ou adesistas de ocasião, capazes de se vender a qualquer preço, mesmo por um "chinelinho novo", não possuem tanta imunidade. São usados e depois jogados fora. Que o diga o PMDB, partido cujos integrantes, segundo uma amiga internauta, trazem na testa um código de barra, é só passar em qualquer maquininha que sai o preço. Aliás, os mais experientes políticos de diversos partidos nunca aprendem que o PT possui leis próprias, entre elas, esmagar os que não pertencem à casta dos companheiros, triturar os que ajudam o partido e ao seu líder máximo.

Caminhamos rumo ao atraso e a decadência, sob o comando do espaçoso Hugo Chávez, mas vamos felizes entre uma partida de futebol e outra. Afinal, não vamos sediar a Copa do Mundo? Querer mais o quê?

E enquanto o povo se alegra assistindo futebol, gesta-se nos bastidores do poder o terceiro mandato do amado avatar, Lula da Silva. Quem poderá impedi-lo? E que outro mito o PT possui para se perpetuar no poder? Como o próprio presidente afirma que seu comandante Hugo Chávez é um democrata, basta seguir seus passos, como, aliás, vem acontecendo de forma mais branda, conforme a marca registrada brasileira da dubiedade. Calmamente, cuidadosamente o PT fabrica sua ditadura sob aplausos gerais e toques de tambores de guerra de seus estridentes e fanáticos militantes e simpatizantes. Alertas parecem soar inutilmente enquanto triunfa a ignorância, a truculência, a incompetência, a corrupção. A decadência da nossa sociedade já é uma doença que parece incurável, pois progrediu muito. Perdemos nossa elite no sentido dos melhores, dos mais virtuosos e isso faz lembra o portentoso pensamento de José Ortega y Gasset em Espana Invertebrada: "quando a massa nacional chega a determinado ponto, são inúteis os argumentos racionais. Sua enfermidade consiste, então, no fato de que a maioria não se deixará influenciar, fechará freneticamente os ouvidos e pisoteará com mais força naqueles que queiram contrariá-la". A partir daí se segue o triste espetáculo dos piores suplantando os melhores".

É preciso chutar o pau da barraca

por Adriana Vandoni

Pra tudo nessa vida existe um limite. O amor e o ódio não são infinitos, um dia o sentimento acaba ou ao menos esmaece. A tolerância com os fatos corriqueiros da vida também é assim. Um belo dia você acorda e pensa: porque ainda não reagi? Porque aceito o que me incomoda sem iniciar uma mudança? Daí você começa a se questionar se merece ou não viver essa situação. E pode estar certo: a culpa é nossa. Nós sempre somos os responsáveis por cada coisa que nos acontece.

O que é preciso fazer para mudar? Infelizmente nada muda por si só. O processo de mudança é inerte, não acontece sem que antes tenhamos chutado o pau da barraca. É preciso iniciar uma revolução, desconstruir para construir algo novo. Não, não uma revolução ao molde dos fascistas, que utilizam a ignorância como massa de manobra, nem tanto, mas uma revolução de conceitos, uma revolução no modo de ver e sentir as coisas, construindo a coragem de defender a verdade dos fatos, sem se intimidar por fascistas travestidos de democratas defensores dos pobres. Sem essa coragem de revolucionar os conceitos, tudo permanecerá como está, e o Brasil, ah, o Brasil, continuará na mão desses neo-burgueses, os burgueses do dinheiro público.

Como é possível calar quando esses fascistas têm a coragem de defender a ideologia que já matou mais de 100 milhões de pessoas pelo mundo afora?, batendo no peito como orgulhosos defensores de genocidas. Como é possível ficar quieto ouvindo suas asneiras como se fossem verdades, intimidados para não sermos taxados de "reacionários" por esses fascistas. Como é possível aceitar declarações do tipo "desviei sim tal recurso, mas não foi para enriquecimento próprio, foi por uma causa", como se a causa legalizasse o crime. Esses antes "guardiões da ética" agora se lambuzam no dinheiro público pela "causa". Farsantes!

Não consigo me acomodar com isso. Não tenho dom para viver nem na ignorância, nem na mentira. Por isso, com muito orgulho, reajo contra essas atitudes e me lixo a essas pessoas que me chamam de golpista – não foram poucas. Esses que me chamam assim, estão incutindo na população que reagir é um ato golpista, querendo lembrar a ditadura militar, mas agora são defensores da ditadura militar na Venezuela. Daí a importância de uma revolução de conceitos, só ela será capaz de romper com essa mentira exaustivamente contada.

Sou parte daquelas que, como escreveu Reinaldo Azevedo, faz parte da mídia do contragolpe. Aliás, em seu texto ele mostrou bem que os verdadeiros golpistas são esses cínicos que estão fazendo do roubo uma ideologia, que estão usando a democracia para solapar a democracia e que separam o joio do trigo, mas escolhem o joio. Por fim ele acrescenta que "golpista é defender tiranias e ditaduras".

Felizmente ainda tenho as minhas palavras para gritar e combater esses atos vis. Mas, e daí?, as vezes me perguntam! Isso não leva a nada! Onde é que você vai chegar com isso tudo, com as denúncias e as batalhas que trava? Onde vou chegar, não sei, mas travo cada uma dessas minhas batalhas com as armas que possuo com o dom que Deus me deu. E faço de tudo para que a inquietação não deixe de me impulsionar a ação. Travo minhas batalhas pelo que acredito, contra o que julgo estar errado. Brigo por uma vida verdadeira e faço isso por acreditar que sempre podemos melhorar, sempre podemos nos superar, ou simplesmente, podemos perseguir uma vida mais plena, feliz e menos hipócrita.

Estou errada? Não acho. Errado é aquele que se acomoda. Aquele que corrompe sua própria vontade por conformismo. É perverso burlar nossas vontades de nós mesmos. Isso quem faz são apenas os covardes, os que se satisfazem com uma vida alicerçada na hipocrisia e no conformismo. Não, isso não é digno. Conformar-se com a ilicitude e com a mentira é o mesmo que acomodar-se na mediocridade.

Medíocres!, digo aos que se conformam. Dos que não vêem ou não querem ver que o bem estar seu e de sua família dependem do seu inconformismo! É, realmente estou de saco cheio. Estou mesmo de saco cheio dos medrosos, daqueles que se conformam com o discurso do "são todos iguais", e usam isso para justificar sua inércia e sua própria mediocridade. Estou de saco cheio desses que aceitam a mentira por preguiça de mudar, por medo de lutar.

Como começar uma mudança? Só há uma forma: chutando o pau da barraca, e isso quer dizer revolucionar os conceitos e se inconformar.

A Múmia, o Cínico e o Psicopata - por Ipojuca Pontes

Resumo: Eles são hoje, na América Latina, os agentes do mal. Os três atuam em conjunto, dia e noite, sem descanso. Eles são: a Múmia, o Cínico e o Psicopata.

© 2007 MidiaSemMascara.org
(O autor é cineasta, jornalista, escritor e ex-Secretário Nacional da Cultura.)

Eles são hoje, na América Latina, os agentes do mal. Os três atuam em conjunto, dia e noite, sem descanso. Eles são: a Múmia, o Cínico e o Psicopata. Embora muitos ignorem, o fato é que o casamento da Múmia com o Cínico - firmado durante a primeira reunião do Foro de São Paulo em 1990, logo depois da derrocada da União Soviética - gerou a figura do Psicopata, um tipo cujo estado mental, caracterizadamente doentio, transformou-se num completo Sociopata.

A Múmia, sobrevivente em estado de aguda morbidez, em vez de se decompor pela putrefação, enrijeceu os tecidos do corpo descarnado levado pelo desejo de contaminar o mundo à sua volta com o vírus do mal. Tal qual Satã na tradição primitiva, a Múmia procura há meio século, travestido de anjo, semear o ódio na alma dos seus contemporâneos, sempre querendo impor sua vontade insana. Seu vício predileto é o trovejar loas à “la revolución”, de per si um embuste falacioso, que serve, no máximo - em nome de um amanhã hipotético -, de ferramenta para tornar a escassa luminosidade do presente na absoluta escuridão do porvir.

Com efeito, prometendo ao seu povo um mundo de glória, riqueza e liberdade, a Múmia terminou por reduzi-lo ao mais lastimável patamar de desgraça, miséria e escravidão. Do seu reino, transformado em ilha-cárcere banhada de sangue por todos os lados, poucos podem sair, salvo os apaniguados da corte que se louva comunista. Os que procuram escapar do seu paraíso infernal, saturados de promessas que nunca se cumprem, logo se tornam parias ou prisioneiros levados à morte pela tortura, vergonha, inanição ou o “paredón”. Sim, com a Múmia, ao contrário do que ensina Jesus Cristo, não há remissão.

O “companheiro de viagem” mais antigo da Múmia é, no espaço continental, a figura do Cínico. De fato, os dois se entendem admiravelmente bem. Quando juntos, o Cínico chora nos braços da Múmia e a Múmia, por sua vez, sempre leva “algum” da algibeira do Cínico. E embora os métodos do Cínico, à frente do seu desditoso reino, sejam aparentemente menos virulentos, os seus objetivos são idênticos aos da Múmia. Pela ordem, o Cínico deseja: apropriar-se do aparelho estatal; permanecer eternamente no poder; “recuperar na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu”; aumentar a carga tributária; gozar à tripa forra os infinitos privilégios do poder sustentados pelo suor da patuléia ignara.

Para conquistar tais objetivos, que em parte já os atingiu, o Cínico tem se mostrado competente. Diga o que se disser, assessorado por uma trupe bem escolada, regado à Romanée-Conti (R$ 11 mil, a garrafa), ele topa qualquer parada: diz uma coisa agora, desmente amanhã, inverte, subverte, tripudia, fecha os olhos, os ouvidos - e vai adiante com o projeto de viabilizar, ao lado da Múmia e do Psicopata (vá lá, Sociopata), a Pátria Grande – que outra coisa não é se não a tenebrosa União das Repúblicas Socialistas da América Latina.

Malandro esperto, o Cínico proclama que é contra o exercício de um terceiro mandato presidencial e se diz solidário à ordem democrática. Mas, intramuros, por debaixo do pano, permite que cupinchas e aliados políticos articulem emenda constitucional que autoriza o presidente a promover plebiscito nacional para regulamentar mais de uma reeleição. Todavia, vez por outra, sem temer a oposição (da qual zomba às claras) no seu jogo de puxa-encolhe, o Cínico não se faz de rogado e mostra a que veio. Por exemplo: em entrevista concedida à imprensa argentina, foi explicito: “Eu e o Chávez estamos na mesma corrida. Ele corre numa Ferrari a 200 km enquanto eu corro num fusca a 60 km, tendo em vista as diferenças das relações surgidas em nossos países”.

Peça de um matreiro balão-de-ensaio, fiel cumpridor das resoluções aprovadas anualmente por 180 organizações esquerdistas no Foro de São Paulo (e na grana fácil que o petróleo lhe empurra), o Psicopata não mede palavras ou gestos ao executar o papel para o qual foi concebido: o de se portar como ponta-de-lança da nova revolução comunista na América Latina.

Herdeiro de Satã, o Psicopata passa o seu rolo compressor totalitário por cima de tudo e de todos. Em âmbito interno, dentro do próprio feudo, prende e arrebenta os antagonistas, aniquila a liberdade de expressão, controla a Assembléia Nacional, domina o sistema judiciário e cala a imprensa.

Sua última façanha, depois da pretensão de estabelecer o fim do limite para as reeleições presidenciais, é a criação de cinco novos tipos de propriedade, a vigorar na constituição “bolivariana” da Venezuela: 1) a social, pertencente ao povo e controlada pelo estado; 2) a coletiva, pertencente a grupos sociais ou comunitários, mas sob o controle do estado; 3) a mista, com participação do setor privado e do estado, mas sob o controle deste; 4) a pública, administrada pelo governo; 5) a privada, que poderá ser confiscada quando afetar os direitos de terceiros ou da sociedade. De quebra, a pretexto de enfrentar uma imaginária “invasão ianque”, o Psicopata parte para a corrida armamentista, com gastos acima de U$ 10 bilhões na compra de armas e aviões russos, cujo objetivo real é abastecer às FARC e desestabilizar a Colômbia.

O filho do escritor peruano Vargas Llosa, Álvaro, numa entrevista concedida à Veja, divide entre “carnívoros” e “vegetarianos” os integrantes da esquerda revolucionária na América Latina. Para ele, a Múmia e o Psicopata seriam “carnívoros”, enquanto o Cínico, mais light, não passaria de “vegetariano” – um risco, portanto, tolerável. Bobagem. Álvaro Llosa, como o próprio pai, está por fora. O Psicopata, rebento dileto da Múmia e do Cínico, funciona no esquema como um chamariz. Como diria a Múmia, não se faz revolução no pedaço sem se contar com a adesão do Cínico e seu país continental.

20 de nov. de 2007

Sobre Negros, Negritude, Quilombolos, Racismo e afins

ARMADILHA PARA NEGROS - por Janer Cristaldo

(Em homenagem ao feriado racista celebrado hoje no país, reproduzo artigo que publiquei originalmente em abril de 2003, na revista Brazzil, de Los Angeles, com o título A Trap for Blacks, por ocasião de um debate com ativistas negros americanos)

Ainda há pouco, os movimentos negros brasileiros reivindicavam a eliminação do item cor nos documentos de identidade. Com a malsinada lei de cotas que hoje assola o ensino superior, os negros insistem em declarar a cor na inscrição no vestibular. Estes mesmos movimentos negros sempre consideraram que qualquer critério supostamente científico para determinar a cor de alguém é racista. Quem então é negro para efeitos legais? No caso da lei estadual no Rio e do projeto de lei federal, o critério é o da auto-declaração. Pardo ou negro é quem se considera pardo ou negro, mesmo que branco seja. Ora, neste país em que impera a chamada lei de Gérson, não poucos brancos se declararam negros no último vestibular da UERJ, a primeira universidade pública brasileira a estabelecer o sistema de cotas. Grita dos líderes negros: vamos determinar cientificamente quem é branco e quem é negro e processar os brancos que se declaram negros. Ou seja, as palavras de ordem da afrodescendentada são mais cambiantes que as nuvens. Mas mudam num só sentido, na direção de obter vantagens para os negros, não só dispensando méritos como também passando por cima dos eventuais méritos de quem se declara branco.

O atual presidente da República está longe de ser o primeiro apedeuta a assumir o poder neste país. Câmara e Senado estão repletos de analfabetos jurídicos, que nada entendem da confecção de leis nem sabem sequer distinguir lei maior de lei menor. Embalados por palavras de ordem estúpidas, em geral oriundas dos Estados Unidos, criam leis irresponsáveis, com a tranqüilidade de quem não precisa prestar contas a ninguém. É o caso da lei de cotas. Só agora, após o vestibular da UERJ e de uma enxurrada de ações judiciais, argutos analistas descobriram que a famigerada lei fere o artigo 5º da Constituição: "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza".

Não bastasse esta tremenda mancada jurídica, que daqui para frente só servirá para entupir ainda mais os já entupidos tribunais - gerando grandes lucros aos advogados, os reais beneficiados pela lei de cotas - o presidente da República, mal assumiu o poder, sancionou lei que obriga a inclusão da temática História e Cultura Afro-brasileira no currículo oficial da rede de ensino Fundamental e Médio. As aulas abordarão desde a história da África e dos africanos até a luta dos negros no Brasil. A medida é de um racismo evidente. E por que não a História de Portugal e a luta dos portugueses no Brasil? Ou a história da Itália e as lutas dos italianos? Ou a história do Japão e a luta dos japoneses? O Brasil é um cadinho de culturas e a contribuição africana a seu desenvolvimento está longe de ser a única ou a mais importante. O estudo da história afro-brasileira tem no entanto suas complicações.

Para os próceres do movimento negro, não basta historiar a cultura afro-brasileira. É preciso embelezá-la. É o que se deduz da proibição do livro Banzo, Tronco e Senzala, de Elzi Nascimento e Elzita Melo Quinta, na rede pública do Distrito Federal por ordem do governador Joaquim Roriz, em acatamento ao pedido do senador petista Paulo Paim. Um garoto teria ficado impressionado com as informações contidas no livro dizendo que os "negros perdiam a condição humana assim que eram aprisionados na África para se tornarem simples mercadoria à disposição dos brancos""e que aprisionar os negros não era difícil. "Principalmente, depois que os traficantes passaram a contar com o auxílio de negros traidores que prendiam elementos de sua própria raça em troca de fumo, cachaça, pólvora e armas".

"Qual é a auto-estima de uma criança negra quando recebe um livro que diz que, se seu povo um dia foi escravo, os culpados foram os negros, e não os europeus da época, mercadores de escravos?" - pergunta Paim. O deputado parece ignorar - ou propositadamente omite - o fato de que a escravidão não é invenção dos europeus. Ela já está na Bíblia e em momento algum é condenada pelos profetas ou patriarcas. Nem mesmo Paulo, reformador do Livro Antigo, a condena. Foi norma na Grécia antes de a Europa existir. Séculos antes de o primeiro navio negreiro europeu aportar no continente africano, ela lá já existia, sem a interferência do Ocidente. O presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, que o diga. Comentando as reivindicações dos movimentos negros, identificou-se como descendente de uma rica família de senhores de escravos e perguntou se alguém iria pedir-lhe indenização. Ainda bem que não o fez em jornais do Distrito Federal, ou seria censurado pelo governador Joaquim Roriz.

Que os chefes tribais negros facilitavam a tarefa dos negreiros, vendendo escravos de outras tribos, isto tampouco é ignorado. Vendiam e continuam vendendo até hoje, em pleno século XXI. Na Mauritânia, Sudão e Gana, no Benin, Burkina Fasso, Mali e Niger, a escravidão ainda persiste como nos tempos dos navios negreiros. Ano passado, a GNT mostrava brancos europeus comprando escravos no Sudão. Não que fossem negreiros. Eram representantes de Ongs européias, que compravam negros para libertá-los. O propósito pode ser nobre. Mas toda procura gera oferta e os dólares dos ongueiros só serviram para estimular o tráfico de escravos. Esta é a história da África. E se algum autor relega a escravidão para tempos passados, o livro está desatualizado.

A nova lei assinada pelo presidente da República acrescenta ao calendário escolar o dia da morte de Zumbi (20 de novembro) como o Dia Nacional da Consciência Negra. Esta ambição patrioteira de ter heróis, típica de países subdesenvolvidos, levou políticos negros a elegeram Zumbi como herói da raça. Ora, o herói negro também era proprietário de escravos. Como é que ficamos? Irão as autoridades censurar qualquer livro que ateste esta condição de escravagista de Zumbi?

Ao defender os sistemas de cotas na universidade, os negros caíram em uma tosca armadilha. Podem hoje ter facilidades na obtenção de um diploma. Mas quem, amanhã, irá contratar os serviços de profissional que entrou na universidade pela porta dos fundos? Ao exigir a inclusão da história africana nos currículos, caíram em armadilha mais sofisticada. A história da África é a história das guerras tribais e da escravidão, da lapidação por adultério, da mutilação física como punição e da mutilação sexual como costume. Democracia, direitos humanos, liberdade de imprensa, emancipação da mulher, são instituições desconhecidas no continente. Seis mil meninas têm o clitóris extirpado, diariamente, em vinte países do Oriente Médio e da África. Por barbeiros locais ou parteiras, com instrumentos não esterilizados.

A África, até hoje, está mais para Idi Amin Dada do que para Mozart. Mais para Bokassa que para Einstein. Estudar sua história, seja a passada, seja a presente, não leva criança alguma a nenhuma auto-estima.


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Feriado Racista - por Rodrigo Constantino


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16 de nov. de 2007

Falta o Rei de Portugal

CALA A BOCA, CHÁVEZ - por Maria Lucia Victor Barbosa

No encerramento da 17ª Cúpula Ibero-americana, em Santiago do Chile, o falastrão Hugo CHÁVEZ disse o que quis e, pela primeira vez, ouviu o que não quis, inclusive, foi surpreendido por um cala-boca real que, ao que parece, o está perturbando até agora. Desta vez o falso democrata venezuelano resolveu, ao invés de atacar, como costuma fazer, os Estados Unidos, seu maior parceiro econômico, partir para uma fanfarronada contra a Espanha. Seu alvo foi o ex-primeiro-ministro espanhol, José Maria Aznar, que por sinal foi um excelente governante, homem de mentalidade moderna e dotado de visão de estadista, ou seja, o avesso do caudilho populista.

Acostumado ao mando, O boquirroto DITADOR DE FATO, chamou Aznar de fascista, acusando-o de ter apoiado o golpe ocorrido na Venezuela em abril de 2002.

A resposta veio rápida. O atual premiê espanhol, José Luis Rodrigues Zapatero. por sinal adversário político de Aznar, deu uma lição ao venezuelano, que seria impensável como reação brasileira. Recorde-se que quando Chave disse que Congresso brasileiro era o papagaio de Washington, as cabeças se abaixaram humildemente sem a menor reação. Diferentemente, Zapatero reagiu e disse: "Senhor Chávez, podemos discordar radicalmente da idéias de uma pessoa. Mas para respeitar e sermos respeitados, não podemos nunca desqualificar essa pessoa". Imagina se Zapatero conhecesse os métodos de ataque petistas, que sempre começam com o achincalhamento dos que não rezam por sua cartilha. Como Chávez insistia em sua arenga, ouviu do rei Juan Carlos I da ESPANHA um incisivo :" Por que não te calas?"

De todo modo, o ataque gratuito dirigido a Aznar chegou a ser grotesco na boca de um golpista como Chávez, o criador das milícias bolivarianas que são arremedos das milícias fascistas de Mussolini. E bem nesse momento em que acusa ao rei da Espanha de golpista, Chávez está reinventando a Constituição venezuelana que, aliás, já tinha moldado conforme seus interesses golpistas. Agora quer leis que o dotem de poderes ilimitados, portanto ditatoriais, que incluem o fim da propriedade privada. e permitem sua perpetuação no poder através de eleições sucessivas. Isso significa que ele sempre poderá dizer que é um democrata, pois obedece às leis, mas se o estratagema legal pode retratar o Estado de Direito, jamais traduzirá o Estado democrático de Direito. Mesmo porquê, Hugo Chávez vem enxovalhando todos os requisitos da democracia em seu país. Vejamos como fez isso: Ele dominou O Legislativo e o Judiciário, rompendo com o equilíbrio dos Poderes constituídos, extinguiu a liberdade de expressão, de organização de opinião e fala diretamente às massas na forma de governar que chamam de democracia direta, idéia, aliás, que sempre foi cara ao PT e característica do mando dos tiranos. Portanto, Chávez tem mais de Mussolini dos trópicos do que de Simón Bolívar. Este, ao final da vida, frustrado por suas tentativas de unificar parte da América na Grande Colômbia partilhada entre Colômbia, Venezuela e Equador, profetizou: "Este país, a Grande Colômbia, cairá infalivelmente nas mãos da populaça desenfreada para passar em seguida para a dominação de obscuros tiranetes". E concluiu: "Entregues a todos os crimes e esgotados pelos nossos cruéis excessos, os europeus não procurarão sequer reconquistar-nos". Depois de suas grosserias é possível que Chávez não tenha mais facilidades com os europeus, especialmente com a Espanha.

Nosso grande problema na América Latina se concentra na nossa mentalidade do atraso que pode ser traduzida da seguinte maneira: buscamos respostas às nossas necessidades no passado ao invés de procurá-las no futuro. Dotados de um anti-americanismo xenófobo preferimos a ALBA de Chávez à Alca norte-americana, nos ufanamos de ser de esquerda e permanecemos no século XIX a cultivar um marxismo requentado. Odiamos a globalização mesmo sem entender o que é isso, enquanto a China comunista, sem o menor pudor ideológico, entendeu muito bem e caminha para ser a próxima potência mundial. Para culminar, o Brasil, através de seu chanceler de fato, Marco Aurélio Garcia que se notabilizou não pela nossa desastrada política externa da qual é mentor, mas por gestos obscenos, não abre mão de incluir Chávez no Mercosul. Pior, a Câmara já aprovou a entrada do ditador, ignorando que a Venezuela não se enquadra nas regras do organismo que exige de seus membros a prática da democracia e da economia de mercado. Como disse o embaixador Sérgio Amaral: "com Chávez e seu confuso socialismo do século XXI o Mercosul terá o beijo da morte".

Seria, pois, interessante, nosso governo, que inclui nossos parlamentares, pensarem bem sobre isso, caso contrário, Chávez, e seus seguidores como Evo Morales que além de expropriar a Petrobrás na Bolívia, fechou a torneira do gás, chegarão à conclusão que, se não somos propriamente uma República das Bananas, estamos nos tornando uma República dos bananas. E viva o rei Juan Carlos I.