28 de mar. de 2006

Oposições. Pífias, chulas, nulas... insignificantes, etc.

Após o anúncio da demissão/afastamento(ou acordão?) do Paloffi ontem, o que se ouviu das oposições em uníssono, foram elogios ao italiano de Ribeirão Preto.

Tasso Jereissati - Blá, blá, blá...

Outro - idem
Outro - idem

Ao que parece, pelo que foi dito pelos caciques das oposições(?), ficou tudo 'limpeza' para Paloffi.
Vão elevá-lo, ungi-lo a salvador da pátria, o grande homem do governo do CleptoStalinista Apedeuta.

Primeira Leitura - 28/03/2006


Similia similibus curantur
“Os semelhantes curam os semelhantes” é o lema da homeopatia. Terei enorme prazer intelectual em ver Lula perder as eleições — se ele perder, é claro. E meu prazer será ainda maior porque, se isso vier a acontecer, a mistificação operária terá sido derrotada por um imigrante nordestino e pobre, mas com outra moralidade. Lula nocauteado por um trabalhador é fim de novela mexicana, de dramalhão de quinta categoria, de novela ruim. Por Reinaldo Azevedo

Mais um “ato espontâneo”: a dança da leviandade
O presidente presta tributo ao ministro que abandonou na porta da delegacia por afrontaro Estado de Direito. Faz sentido? Faz. Por Liliana Pinheiro e Silvana Melati Cintra
-----
"O Estado de Direito tanto elege como depõe. Com igual legitimidade." - RA.

ESCÁRNIO - por Ralph J. Hofmann

Com autorização do autor, no Diego Casagrande

(Zombaria, mofa, desprezo - Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa. “O Povo não tem pão. Pois que coma brioches” - Marie Antoinette – Rainha da França)

Madame Guadagnin, para uma deputada de partido de esquerda, parece estar muito à vontade no campo da Rainha da França, posteriormente decapitada por Mme. La Guillotine.

Fosse apenas a sua dança, sua “Guadagnera”, poderíamos até dizer que ela teria alguma amizade especial pelo absolvido da noite. Contudo, essa médica, essa mulher que um dia perante uma platéia repleta, em companhia de seus colegas, fez um Juramento Hipocrático, decididamente uma pessoa da elite brasileira, em termos de acesso à formação moral de um nível de consciência, transformou a política em algo semelhante à atividade de torcida de futebol. Nós contra eles. A um torcedor não interessa se houve mão ajeitando a bola para chutar a gol. Não interessam as entradas desleais. Não interessa se a vitória foi no tapetão. Interessa ganhar.

Soubemos na semana que passou que ela votou pela absolvição de todos quanto foram julgados. Que atrasou propositadamente todos os processos. Nunca avaliou o conteúdo das evidências apresentadas. Nunca admitiu avaliar a moralidade ou não de seus companheiros de partido.

Se uma médica, a princípio uma pessoa com uma porção de humanismo na sua formação é capaz de comportar-se assim quando atinge um alto posto nessa república, um posto que lhe permitiria zelar pela ética no seu partido consegue abandonar todo e qualquer sonho de serviço ao povo, o que podemos esperar da classe política como um todo? Madame Gudagnin pediu desculpas ao povo brasileiro pelo seu arroubo de emoção, tomou as dores do colega julgado. Hoje fica claro que jamais, enquanto o voto for secreto, qualquer culpado do PT e dos partidos de aluguel será cassado.

Madame Guadagnin se controlará em público da próxima vez. Dançará nalgum churrasco da Granja do Torto, ou em uma sala reservada de restaurante em companhia dos amigos, como se fossem vencedores do Oscar celebrando os louros merecidos.

O pior é que estamos vivendo um filme de baixa categoria sobre monstros e vampiros. E um dos vampiros é uma senhora de meia idade com ar angelical e sorriso de escárnio.

Para meu espanto noto que as pessoas estão com saudades dos militares. Toleravam bastante bem as piadas inócuas às suas custas, e seus líderes principais tinham dignidade. E mais do que isto, seu amor à pátria era indiscutível.

É uma vergonha! - por Boris Casoy, Folha de S. Paulo (28/03/06)

Jamais o Brasil assistiu a tamanho descalabro de um governo. Quem se der ao trabalho de esmiuçar a história do país certamente constatará que nada semelhante havia ocorrido até a gestão do atual ocupante do Palácio do Planalto. Há, desde o tempo do Brasil colônia, um sem número de episódios graves de corrupção e de incompetência. Mas o nível alcançado pelo governo Lula é insuperável.
Não se trata de um ou de alguns focos de corrupção. Vai muito além. Exibe notável desprezo pelas liberdades e pela democracia. Manipula a máquina administrativa a seu bel-prazer, de modo a colocar o Estado a favor de sua inesgotável sanha de poder. Um exemplo mais recente é a ação grotesca contra um simples caseiro, transformado em investigado por dizer a verdade depois de ser submetido a uma ação de provocar náuseas em qualquer stalinista.
Não se investiga o ministro Palocci, acusado de freqüentar um "bunker" destinado a operar negócios escusos em Brasília e de ter mentido a respeito ao Congresso. Tenta-se, a qualquer preço, desqualificar a testemunha para encobrir o óbvio. E o desespero da empreitada conduziu a uma canhestra operação que agora o governo pretende encobrir, inclusive intimidando o caseiro.
Do presidente da República, sob a escusa pueril de dever muito a Palocci (talvez pela conquista do troféu dos juros mais altos do mundo e pelo crescimento ridículo do PIB), só se ouve a defesa pífia dos que não conseguem dissimular a culpa. A única providência das autoridades federais foi um simulacro de investigação, com a cumplicidade da Caixa Econômica Federal.
Todos os limites foram ultrapassados; não há como o Congresso postergar um processo de impeachment contra Lula. Ou melhor, a favor do Brasil.
O argumento para não afastar Lula, de que sua gestão vive os últimos meses, é um auto-engano! A proximidade das eleições faz com que o governo use e abuse ainda mais do poder. Desde o início, este governo é envolvido na compra de consciências, na lubrificação da alma de órgãos de comunicação por meio de gigantescas verbas publicitárias e de perseguir os que lhe negam aplauso.
Outro argumento usado para não afastar Luiz Inácio Lula da Silva é a sua biografia, a saga do trabalhador, do sindicalista que chegou a presidente. Ora, aquele metalúrgico já não existe há muito tempo. Sua legenda enferrujou. Foi tragado por sua verdadeira figura, submetido a uma metamorfose às avessas.
As razões legais para o processo de impeachment gritam no artigo 85 da Constituição, que versa sobre os crimes de responsabilidade do presidente. Basta ler os seguintes motivos constantes da Carta Magna para que o Congresso promova o processo de impeachment de Lula: atentar contra o livre exercício do Poder Legislativo, contra o livre exercício dos direitos individuais ou contra a probidade da administração. Seguem alguns exemplos ilustrativos.
No "mensalão", fato que Lula tentou transformar em um pecadilho cultural da política brasileira, reside um grave atentado contra o livre funcionamento do Congresso Nacional. A compra de consciências não só interferiu na vida do Poder Legislativo como também demonstrou a disposição petista de romper a barreira entre a democracia e o autoritarismo, utilizando a máxima de que os fins justificam os meios.
Jamais as instituições bancárias estatais foram tão agredidas. O Banco do Brasil teve seu dinheiro colocado a serviço de interesse escusos; a Caixa Econômica Federal também, demonstrando que o sigilo bancário de seus depositantes foi posto à mercê da pilantragem política.
No escândalo dos Correios, mais que corrupção, foi posto a nu, além do assalto aos cofres públicos, um cuidadosamente urdido esquema de satrapias destinado a alimentar as necessidades pecuniárias de participantes da mesma viagem. Como costuma acontecer nesses casos, o escândalo veio à tona na divisão do botim.
Causa perplexidade, também, a maneira cínica com que o governo tenta se defender, usando todos os truques jurídicos para criar uma carapaça que evite investigações de suspeitas gravíssimas em torno do presidente do Sebrae, o generoso Paulo Okamotto, pródigo em cobrir gastos do amigo Lula -sem que ele saiba. Aliás, ele nunca sabe de nada...
Lula passará à história, além de tudo, como alguém que procurou amordaçar a imprensa com a tentativa da criação de um orwelliano "conselho" nacional de jornalismo e com uma legislação para o audiovisual, que tentou calar o Ministério Público pela Lei da Mordaça e que protagonizou uma pueril tentativa de expulsar do país um correspondente estrangeiro que lhe havia agredido a honra.
Neste momento grave, o Congresso Nacional não pode abdicar de suas responsabilidades, sob o perigo de passar à história como cúmplice do comprometimento irreversível do futuro do país. As determinantes legais invocadas para o processo de impeachment encontram, todas elas, respaldo nos fatos.
Mas, infelizmente, na Constituição brasileira falta uma razão que bem melhor poderia resumir o que estamos assistindo: Lula seria o primeiro presidente a sofrer impeachment não apenas pela prática de crimes de responsabilidade mas também pelo ímpar conjunto de sua obra.
Boris Casoy, 65, é jornalista. Foi editor-responsável da Folha de 1974 a 76 e de 1977 a 84. Na televisão, foi âncora do TJ Brasil (SBT) e do Jornal da Record (Rede Record).
Reproduzido do e-agora

O GÊNIO BURGUÊS - por Rodrigo Constantino

Em 1791, aos 35 anos apenas, morria um artista com talento suficiente para justificar o rótulo de “gênio”. A vida de Wolfgang Amadeus Mozart ilustra a situação de grupos burgueses numa economia dominada pela aristocracia de corte. Como diz Norbert Elias em sua biografia do músico, “Mozart lutou com uma coragem espantosa para se libertar dos aristocratas, seus patronos e senhores”. Um músico daquele tempo não tinha muita escolha, a não ser se submeter a um posto inferior nas cortes. Tal sina não conseguiria prender aquele que escreveu A Flauta Mágica.

Havia nitidamente um ressentimento por parte de Mozart com a sociedade de corte, fruto da humilhação imposta pela nobreza, que sempre o tratava como inferior. Por mais que freqüentasse os círculos aristocráticos, ele não cumpria seus rituais, tampouco bajulava os nobres. Seu pai, Leopold, era um serviçal do príncipe-arcebispo de Salzburgo, cargo obtido com muito esforço. Bom músico, mas não excepcional, sonhou através do filho um futuro mais promissor para a família. Deixou claro o objetivo principal do jovem artista, que era fazer dinheiro. Foi bastante exigente com Mozart, assim como controlador. Aos 3 anos, Mozart já aprendia a tocar, e com 5 estava compondo. O talento era impressionante, e aos 6 anos, o menino já fazia sucesso até mesmo com reis e rainhas. Para as ambições pessoais do criador de Don Giovanni, isso não era suficiente.

A decisão de Mozart de largar o emprego estável porém degradante, aos seus olhos, em Salzburgo, significava o abandono de um patrono, tendo que ganhar a vida como um “artista autônomo”, vendendo sua obra no mercado livre. Era algo bastante ousado e inusitado na época, cuja estrutura social ainda não oferecia lugar para músicos ilustres e independentes. O risco assumido por Mozart era extraordinário. Ele antecipou as atitudes de um tipo posterior de artista, com confiança acima de tudo na inspiração individual.

Tal rompimento com a corte não poderia deixar de causar profundo impacto no jovem artista, com 25 anos então. E este impacto seria claramente sentido em suas obras também, como é de se esperar. Sua capacidade de transformar fantasias e emoções em obras materiais era ímpar, exigindo profundo conhecimento técnico ao mesmo tempo que uma criatividade peculiar, combinação bastante rara. E após o arriscado passo de independência, essa genialidade floresceu com mais força ainda.

O gosto nas artes era ditado pelo consenso dos poderosos, e a música não existia primariamente para expressar ou evocar sentimentos das pessoas individualmente. A sua função precípua era agradar aos senhores da classe dominante. Tais amarras cortavam as asas do sonhador Mozart, cuja personalidade era fortemente marcada por sentimentos agressivos em relação aos aristocratas. O tratamento recebido do arcebispo de Salzburgo, que o encarava como um serviçal qualquer, era mortal para o espírito criador de Mozart. Ciente de seu próprio valor, passou a ser insuportável para Mozart permanecer em Salzburgo. Ele chegou a escrever para seu pai: “Não é Salzburgo, mas o príncipe e sua presunçosa nobreza que a cada dia se tornam mais intoleráveis para mim”.

Foi assim que o “gênio burguês” desafiou a música artesanal da corte e toda a concepção da profissão de músico daquele tempo. Um individualista contra uma prisão aristocrática. Um homem à frente do seu tempo, com um forte anseio por liberdade. E com as mudanças radicais que tal tipo de mentalidade iria produzir na frente, a nobreza ociosa seria profundamente ameaçada pelos conceitos de trabalho e individualismo da burguesia. Com o advento do capitalismo, essa aristocracia daria praticamente seu suspiro final. E atualmente, qualquer um pode se dar ao luxo de comprar, por cerca de dez reais, um CD de Mozart, tendo acesso às sinfonias e óperas deste grande compositor. É a massificação daquilo que antes era uma regalia de poucos nobres, que ainda por cima dominavam as formas de composição dos artistas.

Agora, é evidente que com a maior liberdade vem a maior diversidade, assim como a massificação não garante a qualidade das obras. Tem para todos os gostos! Portanto, assim como qualquer indivíduo hoje, por mais humilde que seja, pode se dar ao luxo de escutar uma bela sinfonia de Mozart, graças ao progresso capitalista, esse mesmo sujeito pode preferir escutar a Tati Quebra-Barraco. Mas quem sou eu para querer impor minhas preferências particulares?! Afinal, gosto não se discute. Apenas se lamenta...

http://rodrigoconstantino.blogspot.com - com autorização do autor

Pérola petista

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (RS), afirmou nesta terça-feira que o partido está preparado para enfrentar “uma guerra política de grandes proporções” com a oposição. A declaração foi dada logo após reunião da bancada petista na Casa. “Estamos preparados para qualquer ataque possível da oposição, que é desqualificada e irresponsável.
Henrique, a oposição brasileira, é omissa. Só foi irresponsável quando não pediu o impeachment de LuLLa, lembra Henrique, naquele dia que o Duda Briga de Galo contou ao Brasil todo que tinha recebido dinheiro sujo para fazer capanha do PT, você se esqueceu disso? A oposição foi omissa quando tratava o Palocci a pão de ló na CPI e no Congresso, permitindo que ele mentisse e negasse tudo o tempo todo.
Agora, oposição irresponsável e desqualificada Henrique, foi a sempre a oposição petista que conseguiu através das badernas, greves, queima de carros nas fábricas, sempre liderada pelo chefe do mensalão que ocupa hoje a cadeira de presidente do Brasil, atrasar o Brasil por muitos anos. Foram anos de ações irresponsáveis e covardes, que prejudicaram o Brasil em um todo. Palocci caiu e já foi tarde, agora esperamos que caiam, o LuLLa, o LuLLinha, o Okamoto, o Márcio Bastos, o Jobim, o presidente do STJ, todos que estão ajudando o bando dos PeTralhas. E o Brasil irá agradecer e muito.