25 de abr. de 2006

O zen-nadismo - por Liliana Pinheiro

“Lulinha paz e amor” fazia sentido. Era preciso apagar o estigma de homem hostil do ex-metalúrgico. Mas para que serve “Alckmin zen”?

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Não sei se estamos mais ferrados com os Petistas ou com os Pessedebistas.

Deixando a esperança do lado de fora - por Reinaldo Azevedo

A eventual reeleição de Lula e a possível eleição de membros da “quadrilha” apontada pelo procurador-geral põem o Brasil num patamar inferior aos tempos da ditadura. Naquele caso, até os ditadores sabiam que se vivia um período de exceção. O PT quer que seu modo de fazer política seja a regra. Nós, os brasileiros, por ora, aceitamos. Então é porque merecemos.

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O JOGO ESTÁ COMEÇANDO! – por Adriana Vandoni

Na década de 70 iniciou no Brasil um movimento que se opunha aos latifúndios. Naquele período de fato existiam latifúndios “improdutivos” no país, o que dava legitimidade ao movimento. Era composto por agricultores que se juntaram ao norte do RS. Essa foi a largada para a criação do MST, que ocorreu por volta de 1985, após a fundação do PT, que apoiou o movimento. De lá pra cá, além de contar com o indispensável apoio e orientação da Pastoral da Terra, o movimento recebeu recursos do exterior e inclusive do governo brasileiro. Hoje possui mais de 1.800 escolas onde são doutrinados mais de 160.000 alunos. Aderiu à globalização e se tornou uma multinacional. Aliou-se à La Vía Campesina, um movimento que coordena ações de invasão a propriedades rurais e agora a empresas privadas ligadas ao agronegócio, em 56 países. Ou seja, é uma globalizada multinacional.

O MST serviu de modelo para o projeto de reforma agrária da Venezuela e estreitou consideravelmente suas relações com Hugo Chávez que, através de uma parceria com o MST e a Frente Nacional Campesino Ezequiel Zamora (FNCEZ), criou em dezembro de 2004, a Escola de Formação Campesina Terra e Homens Livres, na Venezuela, com o objetivo de "fortalecer a organização do movimento campesino através da formação dos seus líderes".

A partir disso o movimento tem mudado sua concepção e seu modus operandi. Aliás, essa aproximação faz parte dos planos de Chávez, como bem escreveu Fernando Moraes em 2004 sobre a vitória chavista no referendo: “Com esse resultado, a revolução bolivariana comandada por Chávez entra em uma nova fase”. O delirante escritor paquistanês Tariq Ali disse que a oitava vitória de Chávez deveria servir de “lição para Lula e Kirchner”. Quem é Tariq Ali? É um “pensador” de idéias antidemocráticas que prega a radicalização como forma de independência e acha que o Brasil precisa ser salvo do capitalismo e do neoliberalismo maléficos. Para isso, segundo Ali, o Brasil precisa aprender com a Venezuela.

Pois sim! Um mundo melhor é possível, mas entre morar na "socialista" Caracas ou na "capitalista" Londres, adivinhe onde ele mora? Porque esse “pensador” não muda então para a Coréia do Norte? Lá viveria na prática seu ideal de sociedade.

Chávez tem urgência em consolidar a integração latino-americana para desencadear sua sui generis revolução bolivariana contra os norte-americanos. Aliás, para isso ele comprou cem mil rifles russos para armar seu povo contra uma delirante invasão americana. Armar seu povo !? Deve ter sido essa urgência que levou João Paulo Rodrigues (líder do MST em SP) a anunciar, logo após a vinda de Chávez ao Brasil, que o próximo passo do MST será articular ocupações urbanas. A intenção é unir as organizações do campo e das cidades e assim “fazer uma revolução no país”. É a urgência de Hugo. Seu mandato vai até janeiro de 2007 quando terão novas eleições na Venezuela. Hugo, que pode até ser louco, mas não é bobo, tem consciência de que precisa do Brasil para implantar seu projeto de integração. Do Brasil e de Lula. Mesmo não concordando com a política econômica adotada por seu amigo, como declarou, sabe que com Lula fora do governo ele e seu braço brasileiro não terão a mobilidade para agirem que só este governo frouxo permite. Qual outro governo seria tão complacente com ações ilegais e violentas como as cometidas pelo MST e a Via Campesina?

Aliás, não é só Chávez que vê Lula como útil. João Felício, presidente da CUT, disse em entrevista a Folha de SP que diante da ameaça de impeachment: “Não vamos [CUT, MST e UNE] aceitar isso pacificamente. Não seremos meros expectadores de ações golpistas, udenistas ou qualquer nome que se queira dar”. Apesar de serem contra a política econômica, João Felício (em nome das organizações) declarou: “Somos contra, por exemplo, o superávit fiscal do governo Lula. Mas achamos que, para chegar aonde a gente quer, o Lula é o mais adequado”...”O Lula, para o que a gente quer, é melhor do que o FHC ou o (Geraldo) Alckmin”.

Parece que a sina de Lula é servir a interesses que ele nem consegue entender quais são. Foi dessa forma, forjando a verdade, que ele foi transformado de líder sindical a presidente do PT, depois a Presidente do Brasil e dessa forma poderá permanecer. Nino, editor do blog Minuto Político classificou José Dirceu de “El Cagón Falsário”. Baseada nessa definição, digo então que Lula é “El cagón maquinado por el cagón falsário”.

Com autorização da Adrina Vandoni Curvo. Visitem o Argumento & Prosa
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Verena disse...
E você já decidiu se apoiará uma ditadura vermelha ou uma ditadura militar???
E ainda há elementos para atacar a ditadura militar. Se os militares realmente tivessem sido DUROS, hoje estas quadrilhas polítiqueiras e 'sociais' criminosas não existiriam. Parece que não fizeram um servico bem feito, que pena... Agora, resta-nos resar para que deus os convenca a reagirem outra vez quando a hora chegar porque é só questão de tempo, pode ser alguns meses, alguns anos, mas com certeza esta quadrilha não parará por aí ainda mais agora que até já tem o braco armado e forte do MST. E o MST já anunciou a revolucão no campo e na CIDADE para 2007 e Chavez já declarou q Stédile é seu homem forte no Brasil!!!
O Estado Democrático de Direito está em estado terminal, meus caros, e não há volta e o único caminho será a luta armada outra vez para por ordem na casa com os militares ou a Nacão ser exterminada pelos vermelhos, com um agravante, os vermelhos hoje estão mais armados e contam com o apoio dos 'politicamente corretos', destas famigeradas ong's de 'direitos humanos' esquerdistas internacionais e de Chaves, Fidel, FARC e toda uma raca de criminosos.
Estão subestimando estas quadrilhas e suas intencões. Realmente, o problema é o que escondem...

UM DIA... - por Glauco Fonseca

...Vieram e quebraram o sigilo bancário de um vizinho caseiro. Como eu moro em apartamento, não sou caseiro e nem tampouco tenho um caseiro não me importei. Ninguém foi demitido do banco onde o crime foi cometido, mas não me importei. Afinal de contas, nem conta eu tenho lá.

Outro dia, um presidente boliviano levou a minha estatal que estava lá no país dele. Eu não dei bola, porque afinal de contas meu carro é a álcool.

No outro dia, veio um presidente venezuelano num estado vizinho ao meu tramar, nas minhas barbas, a tomada do poder com um dirigente de um movimento dos sem terra. Eu, que não sou fazendeiro e não planto nem bananeira, não dei importância e nada fiz a respeito.

Aí um dia veio o presidente do meu país tentar subjugar os jornalistas que eu leio, os articulistas da revista que eu assino e os caras que escrevem nos blogs , portais e sites que eu visito, através de uma “entidade”. Eu novamente achei que o problema não era comigo, pois nem jornalista eu sou.

Dia desses, tentaram levar o revólver do meu vizinho da frente. Eu, que tenho pavor mesmo é de bandido, mesmo assim, me restringi a votar “não”, correndo o risco de ficar totalmente à mercê de todos os tipos de bandidos, quadrilhas e bandos que hoje se proliferam no Brasil.

Aí apareceram uns sujeitos com cara e sobrenome oriental. Um deles participou de prejuízos ao fundo de pensão de meu vizinho próximo. O outro, é presidente de uma entidade que recolhe dinheiro compulsório de um outro vizinho. Um dos “japas” foi indiciado e o outro é alvo de investigações que ainda nem começaram direito. Como eu não tenho dinheiro investido em fundo de pensão nem tampouco sou microempresário, deixei pra lá e nada fiz.

Assim, mês a mês, sucessivamente, vizinhos meus foram levados no bico, um a um. Num sábado, apareceram várias pessoas com bandeiras vermelhas com estrelas amarelas, pedindo votos. Desta vez, nenhum vizinho foi levado no papo. Nenhum vizinho colocou a bandeira na janela, nenhum vizinho colou o adesivo, vestiu a camiseta e o boné. Novamente, achei que o assunto não era comigo, pois jamais votei no partido dos trabalhadores.

Aí eles acharam que o eleitor era amnésico, que roubar era comum, que cassar estava fora de moda, que o que era público era mais deles do que meu. Aí eu fiquei preocupado.

Eu escrevo todo dia, eu discuto todo dia, eu informo a todos, sempre que posso, sobre o que está acontecendo no Brasil. Hoje eu descobri que o problema é, sim, todo meu.

Eu e meus vizinhos não levamos mais desaforo pra casa.