22 de mar. de 2006

Nova Independência


Mas não é do Brasil não.


Trata-se de Cidade do Estado de São Paulo em que a vítima de extorsão, um empreiteiro, denunciou (por patriotismo ou ética ????) o Prefeito, um ladrão que não compensa citar o nome, também porque esqueci. É só mais um ladrão.

Uma gota num oceano de corrupção.

Tudo continua piorando, ou melhorando, para alguns.

Este é um país que vai pra frente.

Um país de Merda. Merda Pura!

QUE PAÍS É ESSE? – por Giulio Sanmartini

Tudo corria bem para o Partido dos Trabalhadores (PT), no que diz respeito à ética e a honestidade, até que em 1995, o petista de “carteirinha” Paulo de Tarso Venceslau, denunciou a Lula que seu compadre Roberto Teixeira, vinha cometendo irregularidades nas prefeituras dominadas pelo PT. Resultado: Venceslau foi expulso do partido e Teixeira continuou com o caminho livre para a falta de ética e a desonestidade. Disso pode-se deduzir que o partido era honesto, pelo simples fato que não tinha acesso às falcatruas, quando essa surgiu mostrou sua verdadeira cara.
Os escândalos começaram mesmo antes da eleição com o assassinato de Celso Daniel. Inicialmente o PT tentou politizar o fato, mas depois ao perceber que a história envolvia “companheiros”, apressou-se em classificar o homicídio como “crime comum”. Depois surgiu o caso Waldomiro Diniz, a tentativa desesperada do governo em evitar as Comissões Parlamentares de Inquérito para apurar as denúncias sobre propinas dados aos deputados no sentido que votassem com a situação. Foram usados todos os métodos inclusive com a conivência do poder judiciário.
Os fatos foram acontecendo e tudo ficando por isso mesmo, só para citar uns poucos: o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luiz, recebe um aporte de R$ 5 milhões da telefônica Telemar; contas de Lula são pagas pelo amigo e caixa Paulo Okamoto, esse mesmo paga as dívidas da campanha eleitoral da filha de Lula, Lurian Cordeiro da Silva, o dinheiro para tal ninguém sabe ou explica de onde veio. O homem forte do governo, Antonio Palocci, ministro da Fazenda, se vê envolvido em negócios escusos desde sua passagem pela prefeitura de Ribeirão Preto, como se não bastasse freqüenta um grupo de amigos que fazem negociatas em detrimento do bem público, numa casa onde também rolam, como diria o jornalista Ancelmo Góis, “saliências”. O ministro nega o fato, mas é desmentido por um motorista e pelo caseiro do tal local, todavia o poder judiciário impede este último de dizer aquilo que sabe e viu. O Partido dos Trabalhadores, numa técnica bem “comunistóide”, tenta desmoralizar a testemunha, divulgando de forma ilegal seu saldo bancário, dando a entender que a testemunha teria sido paga por alguém para “desestabilizar” o governo.
Esse é o país que foi transformado em pocilga pelo “donos da ética e da moralidade”. Tudo faz lembrar uma cena do filme “Os Companheiros” (1963) de Mario Monicelli: um cidadão sai de uma reunião furibundo com a situação, está andando ao lado de um trem parado, nesse viajava um clandestino que acabara de acordar sem saber onde está, de porta pergunta ao zangado:
- Que país é esse?
A resposta é imediata:
- É um país de merda!

Editado por Adriana Vandoni Curvo, em 21/03/2006 - Blog Argumento & Prosa