18 de fev. de 2006

Chaui e outro momento nada raro do pensamento asqueroso

7h53 - Vocês estão vendo? Aí eu proponho a internação de Marilena Chaui por uma questão de segurança pública — afinal, ela dá aulas... — e me chamam de representante da “nova direita”. Vejam numa nota abaixo o que disse Madame. Ela não quer avaliar os governos “por meio da pessoa dos governantes”... Ah, não isso seria moralista e pequeno burguês! Ela quer criar uma “ética pública” para servir de metro e critério. Aí, obviamente, desde que o sujeito a siga, ainda que seja pessoalmente um amoral, tudo bem. Madame acredita que os indivíduos não têm importância na história. Vocês entenderam, queridos, por que o stalinismo foi tão violento e durou tanto tempo? Por isso. E depois ela se diz, claro, uma spinoziana... De fato, tentou ser uma seqüestradora do filósofo para atribuir a ele as suas próprias perturbações. Dá para entender por que os petistas querem banir Kant da universidade. Em trecho tão curto, Marilena justifica as ditaduras: afinal, elas são a definição de uma ética pública. Uma vez definida, não cumpre interrogar o sujeito. Ele apenas cumpre a sua função. Como Eichmann. Como o olhar de Hannah Arendt em Eichmann em Jerusalém. O pensamento de Madame é asqueroso. — Reinaldo Azevedo