5 de mar. de 2006

Copy/Past - Primeira Leitura

E agora? Nem assim se quebra o sigilo bancário de Okamotto?Reação das oposições será um índice do que vem em outubro
5h43 -
Quero agora uma boa razão para que não se quebre o sigilo bancário de Paulo Okamotto, ex-caixa do PT, amigo da família Lula da Silva — já pagou R$ 55 mil em dívidas desses sortudos com dinheiro do próprio bolso — e presidente do Sebrae, que é um cargo, na prática, público. Se, na última vez em que o STF se pronunciou a respeito, vetou-se a quebra porque não se especificou o período da abertura dos dados, que se especifique agora, tendo como referência os dias em que Okamotto quitou as dívidas de Lula e sua filha. Quanto ao outro amigo presidencial, Jorge Samek, de Itaipu, tudo indica que uma nova CPMI deveria ser instalada. Trata-se de outra frente de investigação. Vamos testar a disposição das oposições para dar relevo ao que interessa já a partir de segunda-feira. E essa reação que vai indicar com que disposição se caminha para outubro. — Reinaldo Azevedo
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Bastaram três dias para a vida de Lula se complicar muito
5h32 - Os petistas certamente vão começar a agir com mais prudência a partir de segunda-feira. Já se notava aquela velha e conhecida arrogância nos quadros partidários; já se dava, de novo, Lula como o imbatível. Conforme apontei aqui na sexta, as tropas de assalto até ensaiavam voltar à velha forma. Não! A vida do PT será um pouquinho mais complicada do que essa gente sonha. Em três dias, o fim da verticalização subiu no telhado; Lula disse a notável besteira sobre o Brasil não ter pressa de crescer, e a Veja veio com um coquetel de reportagens que, confirmadas, derrubam governos em qualquer democracia do mundo. — Reinaldo Azevedo
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Segunda onda do mensalão: as oposições vão brincar outravez de preservar Lula e Palocci ou vão cumprir a sua missão?
5h16 – Será que, agora, diante do segundo vendaval do mensalão exposto pela revista Veja, com acusações de ainda maior gravidade, as oposições brincarão de novo de blindar Antonio Palocci e Luiz Inácio Lula da Silva? É o que veremos nos próximos dias. E a bola, claro, está agora com Palocci. Ou ele processa Buratti ou está dizendo que há um homem na República com licença para desmoralizar o ministro da Fazenda, sem que nada lhe aconteça. A ser assim, é preciso, então, que se investigue de onde vem essa imunidade do ex-secretário. Suponho que o titular da Fazenda processaria qualquer outra pessoa que o acusasse de receber propina regularmente e, pior, guardando ainda um teço para si mesmo. Se não leva o ex-amigo à Justiça, deve saber muito bem por quê. — Reinaldo Azevedo
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Reportagens de Veja fornecem elementos para novas CPIs
5h07 - A CPI dos Correios praticamente encerrou os seus trabalhos, e há agora a disputa política por causa do relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). O governo quer impedir a todo custo que Lula seja citado. A CPI dos Bingos também já vai caminhando para a reta final. A revista Veja que está nas bancas fornece motivos, sabe-se lá, para umas três novas Comissões Parlamentares de Inquérito. O caso Itaipu (vejam abaixo) tem de ser investigado a fundo. Digamos que o amigo do presidente Lula seja mesmo inocente. Inegável é que ele andava em muito má companhia. Rogério Buratti continua a humilhar Antonio Palocci. Agora em depoimento à Polícia Civil de São Paulo. E é provável que o ministro, nem assim, o processe. Seu ex-amigo o acusa de receber mensalão de empreiteira mesmo depois de se ter assumido a Fazenda. E há, vejam vocês, mais um desembolso de Paulo Okamotto para atender a família Lula da Silva. Quitou, com recursos supostamente próprios, uma dívida de R$ 26 mil da Primeira Filha, Lurian. Também alega ter pagado uma outra, R$ 29 mil, do próprio Lula. Eu também quero um Okamotto pra mim, igualzinho a esse do Apedeuta. Eu vou fazendo dívida, e ele vai pagando — melhor de tudo: sem nem me avisar. São esses métodos que estarão em julgamento em outubro. — Reinaldo Azevedo

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