13 de mar. de 2008

Tá tudo muito quieto


Vocês lembram o que acontecia depois do caubói dizer que estava tudo muito quieto. De não sei aonde uma flecha acertava e matava alguém do grupo.

Pois é isto que me preocupa. O governo se propõe, em um arroubo de hidrofobia, a não só voltar à década de cinqüenta como também voltar de uma forma ainda pior.

Refiro-me à proibição de despedir sem justa causa. Antigamente tinha os limite de 10 ou sei lá quantos anos (reduziram o limite várias vezes). O empresário não podia dar-se o luxo de continuar com empregados sob pena de no futuro não poder reagir a contingências de mercado.

Aí os governos militares acabaram com este abuso e criaram um substituto justo. O FGTS. Pena que os juros sobre estes valores sejam bons apenas para o governo.

Agora os parasitas da sociedade decidiram voltar com isto. Puro capital eleitoreiro. Pensam que no fundo é uma lei que não vai pegar. Só vai dar voto.

Mas como não vai pegar. Se alguma coisa funciona neste país é a arrecadação e fiscalização de obrigações trabalhistas.

Um amigo me pediu o que podia fazer com seus 15 funcionários se a nova lei fosse aprovada. Acho que só resta a ele pedir autofalência por não poder fazer frente ao Passivo Trabalhista e Potencial.

Não pode trocar de tecnologia, não pode reagir a uma queda de mercado.

Parece um país vizinho onde um conhecido tinha uma clínica com máquinas de hemodiálise. Seus honorários eram pagos pelas instituições de saúde pública que mandavam os doentes renais fazer seu tratamento semanal ou bimensal ali.

Um dia o governo parou de pagar. Quando a conta já estava na estratosfera ele reclamou, e foi informado de que o Ministério estava contingenciando os gastos.

Sem ter mais recursos ele voltou para sua clínica, e informou aos doentes de que, tendo esgotado suas reservas, na empresa e pessoais estava fechando e não mais atenderia.

A semana seguinte foi preso e enfrenta agora processo por “omissão de socorro”.

Assim suponho será o que ocorrerá com o empresário que não tiver mais recursos, negócios e crédito. Vai preso.

E o que acontecerá com os empresários que possuem dezenas de milhares de empregados? Por que estão tão quietos?

Tá tudo muito quieto. Daqui a pouco alguém leva uma flechada.
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A EXORTAÇÃO

por Ralph J. Hofmann
Companheiras e companheiros!

Quero aproveitar esta reunião privada (creio que não estamos em mais de duzentos aqui), para alterar, digo alertar, digo avisar pr’ocês dos perigos do consumo irregular de certos produtos.

Veja por exemplo o Romanée Conti. Pega mal gente mal, fica todo mundo reparando. Se precisam tomar este vinho telefonem na frente e mandem passar para garrafas de “Sangue de Boi” da vinícola Aurora.

De forma alguma quero ver alguém cheirando of fumando uma ervinha onde puderem ser vistos. Vou pedir à ABIN que providência uma sala designada em cada prédio público. Mas não vão oferecer pros amigos senão vamos ter de construir fumódromos maiores que a catedral de Brasília. Charutos podem fumar. Desde que cubanos.

Este negócio de parceria com as FARC e solidariedade com Chavez e aquele indiozinho de quem esqueço o nome sempre, sabem, aquele com aqueles blusões engraçados. Aquele que a Petrobrás vive dizendo que afanou umas bufunfa da gente, tá ficando estranho. Acho melhor alguns pararem de cheirar o pozinho deles quando temos reunião com eles. E talvez largar a 51 e experimentar uma Pitú. O pessoal da 51 tá ficando cheio dos guéri-guéri.

Do cartão corporativo. Mas será que eu tenho de ensinar tudo? Será que eu vou acabar sozinho no meu bunker com vocês me olhando com cara de tacho? Que nem aquele cara lá nas Lemanha? Como se chamava? Adolfo? Adolfo Celli? Não este é carcamano. Ah, já sei, Adolfo Idler!! Esse mesmo.

Bom, do cartão corporativo. Cês não sabe usar. Colocar pão e carne no cartão? Só podia dar caca. Tem de tirar a nota dizendo que é a compra de uma maçaneta nova pro aerolula. As notas de consertos e Floripa? Troca da biruta da base aérea de Florianópolis. Santa ignorância! Não sabem fazer nada sozinhos?

É por isto que ser presidente dá tanto trabalho. São uns incompetentes. E eu, um aposentado por invalidez tenho de fazer t-u-d-o!

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