17 de out. de 2006

IMPOTÊNCIA SEM CURA - por Glauco Fonseca

As pesquisas indicam que Alckmin perderá a eleição para Lula. O que elas não indicam, entretanto, é que a perda maior, com a reeleição de Lula, será de toda a nação. Com algumas poucas exceções, a derrota de Alckmin não será a derrota de Geraldo. Será a derrota da lei, da mídia, da imprensa e de todas as pessoas deste país, mesmo as que insistirem em votar em Lula da Silva.

A vitória de Lula será o êxito da corrupção, do desmando, da impunidade. A provável posse de Lula será a posse da impotência na imprensa, a consagração da fraqueza na mídia que, em pleno século XXI, não chega aos cidadãos como gostaria. Será possível, com mais 4 anos de Lula, rasgar mais e mais códigos e, dentro em breve, as manchetes de jornal serão escritas assim:


“Meninos cometem erro em instituição financeira” (Assaltantes de banco foram presos em flagrante).

“Recolhido por grosseria com menina, alega que não sabia” (Estuprador se diz inocente)

“Aloprados são recolhidos por abordagem equivocada” (Ladrões presos por tentativa de roubo)

“Afastados companheiros por imbecilidade” (Corruptos processados por denúncias)


A mídia deve estar se sentindo mais ou menos como os EUA no Iraque, incapaz de eliminar o problema que tanto ajudou a criar. De nada adianta 20 minutos de pauleira no Jornal Nacional, todos os dias da semana. A crise de identidade, de poder e de funcionalidade recaiu sobre aquela parte da imprensa que, mesmo tendo denunciado, mesmo tendo escancarado, irá acabar amargando, com toda a população brasileira, um futuro nada alvissareiro para si própria como instituição.

Se a imprensa é insuficiente, o judiciário inerte e as oposições boazinhas, então se nos acomete uma impotência sem chance pra Viagra. Os “meninos” voltarão a mandar, a fazer “grosserias”. Os “aloprados”, hibernantes, voltarão a “cometer erros” e os “companheiros”, por mais “imbecilidades” que cometam, novamente comandarão a rapina. Esta será a síntese de Lula e seu novo “governo”.

A não ser que... Não. Agora é tarde. Não adianta agora tentar fazer o que deveria ter sido feito há um ano atrás. Não adianta o congresso nacional tentar manobras que não vão colar. Temos é que encarar pedagógica e terapeuticamente mais 4 anos de Lula. Só assim aprenderemos. Isto é, se Lula e os “meninos” não conseguirem finalmente o que estão tentando desde o início, ou seja, serem novamente flagrados e encaminhados para um congresso sedento de sangue e de prestígio, coisa que por lá está em falta há muito tempo.

Mesmo que se descubra que o dinheiro para comprar o dossiê “Tal” (eu chamo de Tal porque sempre se referem a ele como o “tal” dossiê) seja de um amigo pessoal, de um publicitário ou de um banqueiro, não será suficiente para um processo de impugnação. Aliás, nada mais é suficiente, uma vez que nós já fomos todos impugnados, cassados, e violados.

No Brasil é assim. O crime compensa, atriz pornô tem orgasmo e quanto mais corrupto, melhor.

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