16 de ago. de 2006

O Truque da Ciranda Financeira e do Dinheiro de Plástico

No final da década de 1980, um grupo de intelectuais do Institute for International Economics reuniu-se para discutir o ajuste das economias latino-americanas à chamada Nova Ordem mundial. As formulações ali estabelecidas foram sistematizadas por John Willianson e ficaram conhecidas como Consenso de Washington. Muitos dizem que os estudiosos estavam a serviço de instituições financeiras (que hoje sabemos ser a esquerda internacional globalista) e do governo dos Estados Unidos. Outros dizem que somente aos primeiros. Mas, o fato é que, para as instituições financeiras internacionais, os recursos destinados aos países em desenvolvimento estavam sendo desperdiçados, porque muitos deles estavam primando pela inadimplência. Para evitar o agravamento desses problemas, ficou, então, decidido que os destinatários desses recursos teriam que se sujeitar às regras da formulação de Willianson: 1) Disciplina fiscal; 2) Redução dos gastos; 3) Reforma tributária; 4) Juros de mercado; 5) Câmbio de mercado; 6) Abertura comercial; 7) Investimento estrangeiro direto, com eliminação das restrições; 8) Privatização das estatais; 9) Afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas; e 10) Direito de propriedade.

Os dez mandamentos do Consenso deram origem à adoção de modelos econômicos que primavam pela subordinação do Estado ao Mercado – é o que muita gente chama de liberalismo econômico e que induz a um engano provocado pela proposital confusão entre liberalismo e liberdade. Não é uma subordinação do Estado a um mercado surgido das relações naturais cotidianas entre oferta e procura dentro das sociedades (liberdade), mas a subordinação do Estado a um mercado monopolizado (não aparentemente, é claro) pelos grandes conglomerados financeiros unidos em torno do objetivo de construir uma sociedade universal sob suas rédeas, onde, independentemente de voto, exercerão seu poder sobre os destinos de homens e nações.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Que idiotice.