16 de ago. de 2006

Alckmin: “A corrupção se generalizou na máquina pública”

"Este governo é um descalabro sob o ponto de vista ético. Nesta gestão, a corrupção se generalizou na máquina pública, contaminando os poderes. O Brasil regrediu. O sonho deste governo é manter-se no poder." A afirmação contundente é do candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, o primeiro de uma série de entrevistas que o jornal Estadão fará com os melhores colocadas nas pesquisas sobre a corrida presidencial.

O tucano, sabatinado por jornalistas, afirmou não ver razão para um segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele justificou que um presidente só deveria ser reeleito quando fizesse um grande governo – o que, definitivamente, não seria o caso do petista. "Temos 34 ministérios, a carga tributária representa 39% do PIB e investe 0,4%. Há mais de duas mil obras paradas atualmente no País", disparou.

Alckmin ainda desconfiou de como o governo Lula conseguirá apoio parlamentar para um segundo mandato. "Onde está a base de sustentação o governo?", questionou. O ex-governador paulista lembrou que o deputado Ney Suassuna (PMDB-PB), Jader Barbalho (ex-senador, PMDB-PA) e Newton Cardoso (candidato ao Senado por Minas pelo PMDB), estão envolvidos em denúncias de corrupção.

Sobre a possibilidade de ser ultrapassado pela candidata Heloísa Helena (PSOL), Alckmin foi reticente e preferiu não entrar em atrito com a adversária. "Acho uma pessoa séria, corajosa, autêntica, por quem tenho grande respeito. Ela vai trabalhar para tentar chegar ao segundo turno, eu também. E nisso, nenhum problema. Ela ajuda o processo eleitoral, como eu também ajudo", amenizou.

O ex-governador comentou ainda a oscilação nas pesquisas. "Tem que comparar as circunstâncias. É um recall enorme. Eu não sou conhecido ainda, mas a campanha começou ontem (com o início do horário eleitoral gratuito). Zerou tudo". Ele lembrou que o ex-governador Mario Covas iniciou uma campanha com menos de 18% das intenções, contra Paulo Maluf, que nunca teve menos de 40% antes da campanha no rádio e TV ter se iniciado. Na ocasião, Covas foi ao segundo turno e venceu Maluf.

...Votarei no senhor Alckmin, por falta de opção. Mas é somente agora que o mesmo divisa o Oceano de Corrupçao em que se transformou este país?

O Oceano está aí há muito tempo. Somente agora que enxergaram a água.

Um comentário:

Anônimo disse...

Steve, bom dia.
O Alckmin não demonstra na camapanha a mesma garra que demonstrou para ser escolhido como candidato.
Seu discurso é apático, chato, incompreensível para os menos informados.
Não entendo que está pensando.

beijos