14 de ago. de 2006

Marxismo e Criminalidade - por Percival Puggina

Resumo: No momento em que o mal do marxismo se instala na mente humana, o portador da enfermidade começa a delirar e passa a afirmar que o bandido é vítima e a bradar que, no fundo, a vítima é o verdadeiro agressor.

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O surgimento de eventuais viroses culturais no meio acadêmico é da própria natureza das instituições voltadas ao conhecimento. A abertura da mente faculta o ingresso de quaisquer idéias e cabe à Razão pôr em operação os mecanismos capazes de separar o joio do trigo. Isso é normal e sempre foi assim, desde a Idade Média, quando as academias nasceram em
berço católico.

No entanto, o que acontece no Brasil em relação ao marxismo se distingue da infecção eventual, que contamina aqui e ali. O que temos é resultado de um deliberado ataque bacteriológico, voltado ao extermínio e agindo sobre o próprio órgão cerebral capaz de produzir a seleção entre o certo e o errado. Através da universidade, a letal agressão atingiu seminários, comunicação social, pessoal recrutado para as atividades da administração e do Estado e produz danos em todos os espaços da vida social.

Um deles diz respeito à segurança pública. Na leitura mentalmente enferma do marxismo, a pobreza é causada pela riqueza e a criminalidade é produto do conflito entre as classes sociais. No momento em que o mal do marxismo se instala na mente humana, o portador da enfermidade começa a delirar e passa a afirmar que o bandido é vítima e a bradar que, no fundo, a vítima é o verdadeiro agressor. O ato criminoso se torna, assim, incontornável feito justiceiro e evidência das contradições do “sistema”. Não há mais o mal nem o bem em si mesmos. Tudo se torna relativo, a depender do lado onde se esteja. O único absoluto é a luta de classes, critério de juízo e chave de leitura de quaisquer acontecimentos, do estupro ao mensalão, passando pelo roubo de cargas e pelo refino de cocaína.

A moral evidentemente desaba e, com ela, a ordem pública. Os criminosos merecem mais zelos, atenções e garantias do que suas vítimas. As leis penais perdem três elementos determinantes de sua eficácia - o desestímulo ao crime, a punição do ato criminoso e o isolamento dos indivíduos perigosos - sob a prevalência de uma “justiça piedosa” que outra coisa não é senão a falência da própria justiça.

Todo esse cenário, que bem conhecemos, só poderá ser modificado se e quando o vírus da análise marxista reduzir sua atividade determinante. Se e quando abrandar a influência do “politicamente correto” como forma de dominação intelectual. Se e quando a febre ceder no próprio espaço onde ele se instalou: o espaço dos fazedores de cabeça.

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