A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) é, com efeito, uma das personalidades mais raras que já apareceram no Senado brasileiro. Há um traço notável no seu caráter: ela não tem medo de parecer, reiteradamente, ridícula. E a constância faz com que a parecença vá se constituindo numa essência. De fato, senadora, onde já se viu a oposição “instrumentalizar” uma comissão do Senado, não é mesmo? A “instrumentalização” deveria ser um princípio garantido apenas ao governismo — desde que, é claro, o PT esteja no poder. Se um dia o partido migrar para a oposição, leva junto a prática.Não tem jeito. Eles não têm cura. Tarso Genro, o ministro da Justiça, afirma que fazer dossiês é parte da luta política, mas convocar uma ministra para falar aos senadores é, certamente, uma grave agressão à civilidade democrática. A delinqüência intelectual dessa gente é só um ornamento de sua delinqüência política.
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