21 de fev. de 2008

Credibilidade


Nossa TV anuncia uma entrevista com um ministro, um secretário geral de ministério, um senador ou um deputado.

Prontamente procuramos um filme noutro canal ou vamos ouvir música . Simplesmente não agüentamos mais ouvir promessas, avaliações, projetos ou estudo apresentados pelo governo.

Particularmente porque estamos amplamente conscientes de que neste [período gastos essenciais, que deveriam ser cumpridos anualmente são deixados de lado enquanto se propões projetos novos a gerarem gastos. Evidências são igualmente; postas de lado. O governo alega não haver perigo de febre amarela enquanto as baixas se acumulam e a Organização Mundial de Saúde alerta que nossa situação já representa uma ameaça.

A União Européia recusa nossa carne, ficamos revoltados com a União Européia e logo mais descobrimos que se o governo se tivesse dedicado nestes últimos anos a orientar os pecuaristas a implantar critérios de rastreabilidade em conformidade com o mercado europeu não haveria problemas. Outra função do governo seria a de inspecionar as empresas que implantam sistemas de rastreabilidade. Os europeus alegam que a maioria não executa um trabalho sério. Talvez seja verdade.

A admissão do erro brasileiro feita pelo Ministro Reinhold Stephanes foi como colírio nos nossos olhos cansados. Uma lufada de ar fresco. Pela primeira vez em muito tempo vimos a honestidade no pódio. Um homem que prefere manter alguma integridade mesmo que isto signifique talvez abrir mão do cargo. E ainda mais, se penitenciou pelo Brasil antes que os fatos viessem à tona trazidos por outras pessoas. Uma atitude inteligente.

O contraste é maior ainda porque para onde olharmos veremos casos em que o poder público serve de ornamento ao ocupante, mas o ocupante diminui o cargo.

A verdade é que este governo não possui credibilidade nenhuma. Aquela população que sabe escrever mais do que seu nome só acredita neste governo se estiver recebendo vantagens do mesmo, ou se, por sua natureza estiver se negando a encarar a realidade.

O problema é que quando olhamos para os que deveriam zelar pelo bem estar o país e vemos que não há no que acreditar nem esperar, que tudo de bom que é realizado neste país é feito à margem do governo. Somos arrastados para o desânimo. No que deverão acreditar as próximas gerações? Nas gerações anteriores sempre houve elementos impolutos nos governos. Agora só vemos uma planície árida à nossa frente e se houver um ou outro homem de consciência no governo está cuidadosamente e covardemente oculto é imóvel sob pena de ser considerado um traidor pelos seus companheiros.

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