6 de fev. de 2006

Mamonas Assassinas

jornalista José Negreiros, do Blog do Noblat

"O governador do Paraná, Roberto Requião, é um dos mais atrasados políticos brasileiros. Não tem idéias, discurso ou programa. Elege-se um ano para o Legislativo, quatro anos depois para o Executivo, graças à práticas condenáveis, como fisiologismo e populismo. A única coisa pela qual se destaca é a voz de locutor de serviço de alto falante, estilo Alberto Roberto, personagem de Chico Anísio.

Atualmente, com o presidente Lula transitando entre a reprovação popular e uma recuperação na qual só os amigos fazem tanta fé, não se sabe de que lado está Requião. Há algumas semanas, era possível ouvi-lo falar como adversário do governo; hoje, quem o vê ao lado do presidente, na TV, imagina-o um aliado de primeira hora.

A propósito, foi durante uma reunião com Lula que Requião pagou o mico da semana passada. O presidente abriu um vidro cheio de caroços de mamona, encheu uma das mãos e em seguida ofereceu a Requião, num lance de efeito, para mostrar sua devoção pelo combustível produzido a partir do óleo da planta nordestina.

A propósito, foi durante uma reunião com Lula que Requião pagou o mico da semana passada. O presidente abriu um vidro cheio de caroços de mamona, encheu uma das mãos e em seguida ofereceu a Requião, num lance de efeito, para mostrar sua devoção pelo combustível produzido a partir do óleo da planta nordestina.

Requião quis ser mais ufanista que o rei e reagiu como de costume: sem pensar. Encheu a boca com aquela azeitoninha e aprovou o gosto. Foi interrompido por Lula, preocupado. “Não é de comer”. O governador cuspiu fora o factóide, mais tarde levado ao ar no Jornal Nacional. Poucas vezes o eleitor brasileiro pôde testemunhar um ícone tão acabado de oportunismo político. Para aparecer bem na foto, o sujeito faz qualquer coisa. Até comer óleo diesel.

Requião nada sabe sobre combustível, matriz energética ou meio ambiente. Suspeito que Lula também. Um marqueteiro deve lhe ter dito que um gesto inusitado qualquer é garantia de preferência eleitoral e ele resolveu comer mamona.

Quer dizer, se um homem com tantas responsabilidades como esse governador é dado a bravatas gastronômicas com balinhas de combustível, onde recrutar gente preparada para nos representar em outubro? Existe. Eu sei que existe. Me dêem um tempo. Deve estar longe da ridícula cena Lula X Requião que parece letra dos Mamonas."

Um comentário:

Anônimo disse...

rsssssss.
Desculpe-me, sei que isso e sério, mas não deixa de ser ridiculamente engraçado.

Estaos realmente no mato sem cachorro, como se diz aqui em Goiás, em matéria de governantes!
Ou são corruptos, ou são oportunistas, ou são moscas mortas.