28 de jan. de 2006

Economia brasileira "envergonha" empresários em Davos

07h11 — Por Clóvis Rossi, na Folha: "Alain Belda, brasileiro nascido no Marrocos, 62 anos, é o presidente mundial da Alcoa, o maior produtor de alumínio primário. Jorge Gerdau Johannpeter, brasileiro, 69 anos, é o presidente do grupo Gerdau, um dos maiores exportadores de produtos de aço. Os dois foram juntos, ontem, a um debate sobre recursos naturais no contexto do encontro anual 2006 do Fórum Econômico Mundial. Ouviram um indiano falando em números portentosos. Depois um chinês vertendo números ainda mais portentosos, como sempre acontece quando se fala de China. Até um russo mostrou dados importantes. 'A gente não tem o que falar. Dá vergonha', desabafa Belda, relatando um sentimento que era também o de Gerdau. (...) Tanto mais grave quando se sabe que tanto Belda quanto Gerdau são dois vencedores, não dois empresários falidos ou eventualmente frustrados com os juros, o câmbio ou o que seja no Brasil. A frustração é assim expressa por Belda: 'A China decide o que quer fazer nos dez anos à frente. E faz. No Brasil, há um monte de economistas debatendo por que não dá para fazer'. O presidente da Alcoa, um homem do mundo por vocação e por função, olha para China, Índia e outros países ditos emergentes, vê que eles de fato emergem, olha para o Brasil, vê que tem até mais recursos que eles, mas, no fim das contas, 'anda sempre com o freio de mão puxado'."

fonte: Primeira Leitura

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